No dia seguinte.
Quando Jun-Lie abre os olhos, percebe a maciez do lugar em que está deitada.
"Que gostoso....bem diferente da cama de palha que costumo dormir! Espera aí, que lugar é esse?
Nesse momento, uma voz feminina exclama:
---Finalmente acordou, bela adormecida!!!!
Assustada, a jovem arregala os olhos e senta rapidamente na beirada da cama.
---Neo nuguya? Nae os eodi iss-eo? AA, meolinga neomu apa...Seulgi ssi baee ollataseo supeuleul jwossneunde, masigo nani jeongsin-eul ilh-eossdeon ge gieogna! ( Quem é você e onde estão as minhas roupas? AAAiiii! Minha cabeça dói.... A única coisa de que me lembro é de ter entrado no barco do sr.Seulgi...ele me ofereceu uma sopa e depois que a bebi, eu simplesmente apaguei!)
Verônica, que está de braços cruzados, não entende uma única palavra do que foi dito . Então ela anda até o armário, pega uma blusa com uma saia e joga sobre a cama.
--- Vista-se!!!!
Mesmo sem entender, a jovem se veste rapidamente e volta a questioná-la.
---Igos-eun eotteon gos-ingayo? Geuligo jeoneun eotteohge igos-e oge doeeossnayo? (Que tipo de lugar é esse? Como vim parar aqui?)
Verônica revira os olhos e suspira:
---Acho melhor chamá-lo de uma vez!
Dito isso, ela pega o celular e liga para Rafael.
📲 A sua koreana já acordou!!!!!
Rafael : 📲 Tudo bem!
Em instantes, o homem entra no quarto, deixando Jun-Lie ainda mais confusa e amedrontada.
"Carambas como os olhos dela são lindos!E esse rostinho meigo e confuso, me deixa ainda mais sedento!" Ele pensou, com os olhos vidrados na moça.
Sem entender nada do que está acontecendo, a jovem cobre o corpo com o lençol e pergunta com uma voz trêmula:
---Nahante mwol wonhaneun geoya? ( O que vocês querem de mim?)
Verônica: Affff! Quanto falatório!!! O senhor entende o que ela diz?
Ele sorri e senta numa poltrona que fica de frente para a cama.
---Nos deixe a sós!!!!
---Tem certeza? Acho que isso vai assustá-la ainda mais!!!!
---SAIA de uma vez!!!!!
---Sim, senhor!
A mulher sai e quando a porta se fecha, Jun-Lie sente arrepios por todo o corpo. Completamente assustada, ela se esconde debaixo dos lençóis. Rafael se aproxima e pergunta num tom calmo:
---Igeol mwolago buleujyo? (Como se chama?)
Nesse momento, Jun-Lie se surpreende ao ouvi-lo.
"Ele.... sabe falar a minha língua! Como isso é possível?"
---Eu perguntei qual o seu nome!!!! Rafael disse, puxando o lençol
Ela engole seco e sussurra
---Jun-Lie! Significa...Lua da meia-noite!!!!
---A caridade da lua combina com a sua pele e a escuridão da meia-noite, combina com os seus olhos e cabelo, certo?
---S-Sim...
---Eu me chamo Rafael Carter!!!
Visivelmente intrigada, a mulher olha-o de cima a baixo e pergunta:
Jun-Lie: C-Como consegue falar coreano?
Rafael: Fui ensinado desde muito cedo a falar vários idiomas, principalmente, os dos países asiáticos! Tenho várias empresas nesses lugares, não posso apertar as mãos de um parceiro de negócios sem saber o que ele diz!
Jun-Lie : O...que vai fazer comigo?
Rafael : O que eu quiser, afinal de contas, você é minha!!!!
Jun-Lie : Sua...?
Rafael : Sim! Paguei um preço bem alto por você!!!
Aquelas palavras lhe causam um medo mortal e a deixam desesperada. Jun-Lie começa a chorar baixinho.
---Eu.....Eu não sou esse tipo de mulher! Isso é um grande mal entendido! Chame o senhor Seulgi, ele explicará tudo...
---E quem é esse?
---Um amigo da minha família!
---Amigo.... Ainda não se deu conta de que esse tal "amigo" a vendeu?
---Isso não pode ser verdade! Ele conhece a minha mãe há anos. O senhor deve estar me confundindo com outra pessoa, eu vim para a Coréia do Sul, porque ele prometeu que conseguiria um trabalho!
"Vê-la assim só confirma as minhas suspeitas! Ela deve ter fugido da Coréia do Norte com a ajuda desse tal de Seulgi! No entanto, o canalha a drogou para vendê-la! Mas o pior de tudo é que eu a comprei como se fosse uma mercadoria! De início, a minha intenção era só passarmos a noite juntos, pensei que fosse era mais uma prostituta como as outras, mas agora, as coisas mudaram completamente! Há um limite para tudo nessa vida, eu não quero e nem vou financiar esse mercado sujo! Em contrapartida, não posso abandoná-la à própria sorte.
Jun-Lie : Por favor, chame o senhor Seulgi!!!!
---Linda, esse homem é o responsável por você estar nessa situação! Além disso, não estamos na Coréia do Sul, e sim nos Estados Unidos da América!
Com um semblante confuso, ela pergunta:
---Que...tipo de lugar é esse?
---Nunca ouviu falar do nosso país?
---NÃO! Na aldeia em que vivemos, só podemos aprender coisas do nosso próprio país!
---Estudou até que ano?
---Ano...? Aprendemos o Hangul, isso já é mais que o suficiente!!!!
"Ela se refere ao alfabeto coreano"
----Você...tem quanto anos?
---Vinte!!!
---Suponho que não tenha nenhum documento, certo?
Ela balança a cabeça em negação.
---O que é isso?
Rafael esfrega os olhos e respira fundo. Em seguida, murmura.
---Que situação inusitada! Isso nunca me aconteceu antes...
Jun-Lie: Eu já posso ir embora?
Rafael : NÃO! Se sair por aquela porta será deportada !!!!!
Jun-Lie: De...o quê?
Rafael: Olha não precisa ter medo...eu não vou te machucar! Por enquanto, é mais seguro ficar aqui do que se arriscar nessas ruas cheias de drogas e aproveitadores!
---Drogas, aproveitadores.........isso é bem diferente do Vilarejo onde morava!
Rafael : Mais um motivo para você ficar, certo?
Jun-Lie : Mas você disse agora pouco que tinha me comprado, isso significa que aqui também não é seguro!!!!
Rafael : Peço desculpas por ter dito tais coisas, esqueça tudo o que ouviu, pode ser?
Mesmo desconfiada, ela consente com a cabeça. Rafael, por sua vez, tira o celular do bolso e pergunta.
----Já viu um desses antes?
A mulher olha para o objeto como se fosse de outro mundo.
---Pegue-o!
Ela hesita por alguns instantes e depois pega com receio.
---Que tipo de troço é esse?
---Se chama celular!!!
Nesse momento, ambos escutam o ronco que a sua barriga faz.
---Eu sinto muito!!!!! Jun-Lie disse, sentindo-se constrangida.
Rafael: O que costumava comer na sua aldeia?
Jun-Lie : Sapos, caramujos, bichos de tronco e lagar...
----Já chega!!!! Isso é demais pra mim! O homem resmungou, saindo do quarto. Quando entra no corredor, Verônica se aproxima.
----O que ela disse?
---Nada de mais! A propósito, peça para a empregada servir o almoço, ela está com fome!!!!
---Como assim? O senhor irá permitir que ela fique?
---SIM!
---Isso quer dizer que fez um contrato temporário! Nesse caso, devo acertar o preço com ela?
Rafael deixa escapar uma risadinha irônica.
---A Jun-Lie não é uma prostituta, é apenas uma jovem que foi enganada! Leve-a até a cozinha, preciso resolver alguns assuntos no meu escritório!
Ele disse, se afastando, Verônica, por sua vez, abre a porta do quarto e leva um susto ao ver a janela escancarada.
---Ela FUGIU!!!!!
Rafael para imediatamente de andar e corre para averiguar.
---Droga! Essa janela é muito alta....ela pode ter se machucado!!!!!
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Atualizado até capítulo 26
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