Fortaleza da Escrita: Técnicas de um Autor
Ideias (Part I)
A porta dourada se abriu com um leve estalo, e uma brisa suave tocou o rosto dos três enquanto entravam na nova sala da Fortaleza. Era uma espécie de jardim interno, com árvores feitas de papel, flores que pareciam dobraduras, e pequenos vaga-lumes de tinta flutuando no ar. No centro, uma mesa circular com cadernos, penas e blocos espalhados, como se aguardassem por mentes sonhadoras. Felipe olhou para os dois jovens ao seu lado e sorriu.
Felipe (Autor)
Bem-vindos ao primeiro passo de toda grande história… o nascimento da ideia.
Mia, encantada com o lugar, se sentou perto de uma fonte que jorrava palavras em vez de água.
Mia (Aprendiz de escritor)
Então é aqui que tudo começa?
Felipe (Autor)
Exatamente... Mas antes de falar como eu faço, quero saber de vocês. Como vocês costumam desenvolver suas ideias?
Tsuki foi o primeiro a falar, meio tímido medo de não estar seguindo a regra das criações de idéias das histórias
Tsuki (Aprendiz de escritor)
Eu geralmente tenho uma cena forte na cabeça. Tipo uma batalha, um momento de virada, algo marcante. Aí escrevo essa cena solta e tento imaginar o que aconteceu antes e depois… mas na maioria das vezes, não consigo ligar tudo. E acabo desistindo.
Mia (Aprendiz de escritor)
O meu é quase o oposto. Eu invento personagens primeiro. Dou nome, idade, traumas, até signo! Mas quando vou tentar colocar eles em uma história… trava. Parece que falta o mundo pra eles viverem.
Felipe ouviu com atenção e assentiu, pensativo.
Felipe (Autor)
Interessante. Vocês têm pontos de partida diferentes, e isso é ótimo. Mas… por que vocês acham que não conseguem avançar?
Tsuki (Aprendiz de escritor)
Perfeccionismo. Se não fica do jeito que imaginei na cabeça, eu desanimo.
Mia (Aprendiz de escritor)
Medo. De parecer bobo, de não ser bom. Às vezes acho que tô brincando de escrever.
Felipe sorriu com compreensão.
Felipe (Autor)
Isso é mais comum do que vocês imaginam. E por isso estamos aqui.
Querem saber como eu tenho minhas ideias?
Os dois assentiram com os olhos brilhando.
Felipe (Autor)
Eu tiro inspiração de tudo que me toca de verdade: animes, filmes, jogos, séries, músicas… Às vezes, é só uma imagem, uma palavra ou até uma música que me faz sentir algo. Eu anoto no bloco de notas do celular, mesmo que pareça sem sentido na hora. Depois, quando releio, tento encaixar essas anotações em um enredo. Às vezes uma palavra vira uma cena. Um trecho de letra vira o nome de um personagem. Um anime me inspira o sistema de um mundo. Eu vou conectando tudo como se montasse um quebra-cabeça.
Tsuki (Aprendiz de escritor)
Então… não existe uma fórmula?
Felipe balançou a cabeça com um sorriso.
Felipe (Autor)
Nenhuma. Cada autor tem um caminho. O que funciona pra mim pode não funcionar pra vocês. E tá tudo bem. O segredo está em descobrir como sua mente funciona, e construir seu próprio jeito de pensar histórias.
Mia (Aprendiz de escritor)
Então… escrever não é sobre acertar tudo, mas sobre se descobrir no processo?
Felipe (Autor)
Exato... E aqui, na Fortaleza, vocês vão ter o espaço e as ferramentas pra fazer isso. Cada ideia de vocês vale ouro. E o nosso trabalho é lapidá-las, não enterrá-las com medo.
A pena dourada brilhou no centro da mesa. A jornada havia começado de verdade. Felipe caminhou até a pena dourada flutuando no centro da sala. Com um leve toque, ela se iluminou e apontou para uma nova porta, ainda fechada.
Felipe (Autor)
Agora que vocês entenderam como as ideias nascem... é hora do nosso primeiro desafio.
Mia se ajeitou no banco, curiosa.
Mia (Aprendiz de escritor)
Desafio?
Tsuki arregalou os olhos.
Tsuki (Aprendiz de escritor)
A gente vai ter que lutar contra monstros de tinta ou algo assim?
Felipe (Autor)
Não, ainda não. Esse desafio é interno.
Para avançarmos para a próxima sala da Fortaleza, cada um de nós vai precisar criar uma ideia de história. Não precisa estar pronta. Não precisa ter começo, meio e fim. Só precisa existir. E o mais importante: até o fim da jornada aqui na Fortaleza, cada um de nós vai desenvolver essa ideia até virar um projeto real. Uma história completa.
Mia (Aprendiz de escritor)
Uma história... inteira?
Felipe (Autor)
Sim vocês sim eu vou criar a minha história no futuro completa mas os leitores já terão mais ou menos as minhas ideias da história
Tsuki (Aprendiz de escritor)
Tipo... um livro?
Felipe (Autor)
Exatamente... E ao final, vamos apresentar nossas criações uns aos outros… e aos leitores da Fortaleza.
Mia cruzou os braços, pensativa.
Mia (Aprendiz de escritor)
Mas... e se eu não tiver ideia nenhuma?
Tsuki completou, cabisbaixo:
Tsuki (Aprendiz de escritor)
Nem eu. Minha mente ainda tá em branco.
Felipe sorriu, compreensivo.
Felipe (Autor)
Vocês vão ter tempo pra pensar. Esse é o começo. Enquanto isso, eu vou montar nosso acampamento aqui no jardim das ideias. Afinal, eu já sei sobre o que vai ser a minha história.
Mia levantou os olhos, surpresa.
Mia (Aprendiz de escritor)
Já?!
Tsuki (Aprendiz de escritor)
Sério? Que história?
Felipe deu alguns passos até uma pilha de livros flutuantes, puxou um deles, e falou com entusiasmo
Felipe (Autor)
O nome da minha história vai ser Super Campeões.
Mia (Aprendiz de escritor)
Hã... tipo aquele anime antigo de futebol?
Felipe sorriu com o olhar brilhando.
Felipe (Autor)
Sim e não. Vai ser uma história emocionante sobre futebol, inspirada em animes que me marcaram, como Super Onze, Onze da Disney, o novo anime BLUE LOCK… e até um pouco da vibe do Aomine, do anime Kuroko no Basket.
Tsuki levantou a mão como se estivesse na escola.
Tsuki (Aprendiz de escritor)
Aomine é aquele jogador talentoso mas rebelde, né?
Felipe (Autor)
Exato! Eu quero capturar essa paixão intensa pelo esporte, o esforço, os sonhos impossíveis, a superação. Vai ser uma história sobre amizade, rivalidade, e coragem em campo.
Mia e Tsuki se entreolharam, claramente impressionados.
Mia (Aprendiz de escritor)
Uau... Você realmente vive suas histórias, né?
Felipe assentiu com um meio sorriso.
Felipe (Autor)
Porque eu acredito nelas. Mesmo antes de existirem.
Tsuki (Aprendiz de escritor)
E eu aqui, sem nem saber o nome do meu protagonista...
Felipe se aproximou e colocou a mão no ombro de cada um.
Felipe (Autor)
Muito bem, meus pupilos… pensem no que move vocês. O que gostariam de contar? O que vocês amariam ler?
Essa é a única pergunta que precisam responder agora.
Ele apontou para o céu de papel sobre o jardim.
Felipe (Autor)
Só assim vamos dar o próximo passo. Só assim a próxima porta se abre. Esse… é o primeiro desafio da Fortaleza da Escrita.
Dias dos livros
Segunda:
Vida celestial e Sobrevivência Mortal
Terça:
Filho do terror e Saw
Quarta:
Motor Revengers e spy love
Quinta:
Mystery story e Aminimigos
Sexta:
Filho do submundo e Filho do mar
Sábado:
The Princess'Guardian e Supernova
Domingo:
Skyunderworld e Love and Guns
E se repete o Ciclo
Pelo menos uma por dia
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