Capítulo 4

Joana receberia sua parte da empresa, afinal seu pacotinho tinha esse direito e ela queria deixá-lo seguro no futuro. Talvez um dia falasse sobre seu pai biológico, mas não tinha certeza sobre isso.

Conversou com a irmã, organizou suas roupas.

Joana: Sabe mana, comprarei um carro novo, pois o outro faço questão de deixar com o Cris.

Nada lá na casa a faria bem. Pediu para sua irmã buscar alguns itens esquecidos. Depois disso, o laço se romperia para sempre. Entregou para ela a chave da casa e combinou onde deixaria após pegar suas coisas. Falaria com Luiz e diria onde a chave estava.

Quando Laura, irmã de Joana chegou na antiga casa dela, tocou a campainha. Como ninguém atendeu, entrou com a chave de Joana. Encontrou um cenário de horror. Tudo quebrado e bagunçado na sala e no quarto. No quarto, pegou o álbum de família que ela guardava na cômoda, a corrente presente da sua mãe, alguns objetos pessoais e uma pasta de documentos.

Quando Laura chegou de volta no hotel, conversou com Joana e contou o cenário que viu.

Laura: Mana, aquilo lá está uma loucura. Deixei também a chave na caixa de correspondência como você pediu.

Joana: Obrigada. Estou ainda zonza com tudo isso.

Ela chorou, mas estava firme em sua decisão. Mudaria no outro dia. Agora sim, sairia dali para sempre.

Laura: Joana, assim que você chegar lá me avise. Eu e Marcos vamos final de semana lhe ajudar.

Joana: Obrigado maninha, vocês são agora o que tenho de mais valioso. Sairei bem cedinho e aviso quando chegar. São umas 3 horas de viagem.

Laura: Te amo minha irmã. Você e o meu afilhado ou afilhada são meus tesouros também.

Ainda emocionadas se abraçaram e prometeram que logo estariam juntas novamente.

Cris acordou novamente com uma loira e parecia perdido mais uma vez. O toque do celular era insistente e teve de atender.

Dilan: Bom dia. Onde você está? Cadê a Joana? O que aconteceu? Desde ontem não consigo falar contigo.

Cris: Não me fale o nome dessa qualquer.

Dilan: Como assim?

Cris: Estou indo agora assinar o meu divórcio e acabar com essa palhaçada que era o meu casamento.

Dilan: Meu Deus, cadê a Joana? Repetia ao telefone.

Cris: Quando sair do escritório do Luiz vou para casa. Daí conversamos.

Dilan: Certo. Vou te esperar. Tomara que a Joana chegue logo.

Cris: Não se preocupe ela não voltará nunca mais. Falou e desligou.

Dilan tinha acabado de voltar para casa do irmão. Sua garota passou mal e precisou sair correndo com o carro da cunhada mesmo, deixando tudo fora do lugar no quarto do irmão. Ele aproveitou que a cunhada havia ido cuidar da irmã no hospital e foi se deliciar com a garota no quarto deles, afinal com seus 19 anos preferia a cama maior e mais confortável. Não contava com o que aconteceu com Manuella, sua garota . Daí teria de se explicar. Mas, quando chegou, não conseguia falar com nenhum dos dois e isso estava lhe preocupando demais.

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