O céu escureceu. A lua tingida de vermelho assistia em silêncio.
Alice, com sua pequena mão ainda ensanguentada após destruir o círculo de sacrifício, olhou para os seis demônios restantes. Seus olhos — agora totalmente prateados, sem pupilas — refletiam o medo deles.
O ar mudou.
> “Vocês fizeram a pior escolha possível.”
“Mexeram com o que restava da minha paz.”
Foi então que a névoa negra emergiu dos seus pés. A alma anterior, de Jack, sussurrava por dentro — não para tomar o controle, mas para servi-la como lâmina.
🔔 [Nova Habilidade Ativa: Sede de Sangue – Olhar do Predador]
💠 Efeito: A presença de Alice em campo cria pressão sobrenatural.
> Inimigos de nível inferior ao usuário tremem de medo e têm 50% de chance de congelar por 3 segundos.
Inimigos de nível superior perdem 30% da concentração.
Habilidade escala com raiva emocional.
Cura-se com cada inimigo abatido.
Os demônios se entreolharam. Até Drekthar, o ceifador cego, hesitou.
Alice ergueu a mão. Feitiço ativado:
> “Dança Lunar... variação Jack.”
“Modo: Execução Silenciosa.”
Ela desapareceu.
O primeiro demônio, Belmora, sentiu um frio atrás do pescoço. Quando se virou, já estava decapitada, sua alma selada com Espelho das Almas – Corte Final.
O segundo, Ghalem, o Manipulador, lançou correntes sombrias para prendê-la. Alice usou Muralha de Gaia para redirecionar o ataque, então invocou Flecha de Luz Lenta no ar. Ele riu — até perceber que a flecha estava dentro do próprio corpo, teletransportada com Espelho das Almas.
> "Dois."
O terceiro, Vellarn, o Carniceiro de Ossos, correu para os aldeões. Erro fatal.
Alice ativou Chamado da Floresta, invocando trepadeiras de espinhos que o prenderam. Então, usou a habilidade Espinho Refletor, recém-copiada da druida Emerin — o corpo do demônio explodiu de dentro para fora.
Em poucos minutos... restavam dois.
Drekthar e Asheram, o Executor, caíram de joelhos.
O medo era real.
Alice, ensanguentada, respirando fundo, mas ainda com os olhos prateados, caminhou até eles com calma.
> “Vocês tocam as mães dos outros como se isso fosse só parte de um plano.”
“Mas agora vocês vão entender o que é o ódio de uma filha.”
Com Sede de Sangue ativada no máximo, ela paralisou os dois por completo, então executou cada um com sua própria habilidade copiada.
Drekthar morreu com sua foice usada contra ele.
Asheram teve o coração espiritual selado dentro de um espelho negro, deixado como aviso: "Nunca mais voltem para esta terra."A batalha havia terminado.
A clareira onde o ritual demoníaco ocorreu estava destruída, o chão coberto por brasas, terra partida e vestígios de magia antiga. Os aldeões salvos tremiam, abraçando uns aos outros, muitos ainda em choque. Todos estavam vivos — graças a Alice.
Ela, no entanto, não sentia alívio.
Ainda faltava algo.
Faltava ela.
Alice correu entre as árvores, com os pés descalços tocando a terra quente. O vestido branco de babados que usava agora estava manchado de vermelho, o sangue de demônios e a poeira da luta misturados como tinta maldita.
> “Mamãe… onde você está…?”
Ela a encontrou sob uma árvore caída, deitada entre galhos mágicos que a protegeram. Ainda respirava, mas estava inconsciente, pálida e fraca.
Alice caiu de joelhos. O sangue em seu vestido escorria pelos braços enquanto ela a segurava com carinho.
> “Você prometeu... que não ia me deixar...”
“Eu te salvei, mamãe… então por favor… abre os olhos…”
Alguns dos aldeões que haviam se aproximado ficaram em silêncio ao vê-la.
O olhar de muitos era de medo.
Medo daquela garotinha de olhos prateados e mãos vermelhas.
Medo da magia que derrubou seis demônios nível 50 sozinha.
Medo da “coisa” que talvez morasse dentro dela.
Foi nesse momento que Helena, sua mãe, abriu os olhos.
Ela viu o céu, a fumaça... e sua filha coberta de sangue, com os olhos brilhando, chorando em silêncio.
> “…Alice…?”
A menina tremeu, surpresa. Suas mãos começaram a tremer.
> “M-mamãe…”
“Você tá bem… que bom que você está bem…”
Lágrimas escorreram dos olhos prateados de Alice, dissolvendo a névoa de medo ao redor. Sua voz falhava, era a voz de uma criança quebrada pela preocupação.
> “Eu… eu machuquei os maus… mas só pra te proteger… juro…”
Helena, mesmo fraca, ergueu a mão e limpou o rosto da filha, ignorando o sangue.
> “Você… voltou pra mim, minha menininha valente…”
Ela a abraçou.
Foi nesse instante que os aldeões entenderam.
Não era um monstro.
Não era uma entidade vingativa.
Era só uma filha… com medo de perder a mãe.
Um a um, os olhares de medo se desmancharam.
Uma senhora caiu de joelhos e começou a rezar.
O ferreiro Orlun chorou em silêncio.
A freira Ysa apertou as mãos com culpa — ela havia sentido medo… de uma criança.
🔔 Emoção Comum: “Compreensão Coletiva” foi ativada.
💠 O povo da vila deixa de temer Alice.
💠 Reputação da personagem muda: “A Heroína de Sangue, A Filha que Protege.”
💠 Vínculo com a mãe: Máximo.
Alice, ainda nos braços de sua mãe, fechou os olhos. Pela primeira vez, desde que reencarnou neste mundo cruel e mágico, ela dormiu em paz.
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Atualizado até capítulo 41
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