Morar em uma casa com os gritos dos meus pais, **Miguel** e **Sabine**, é um desafio.
Eles são como o trovão e a tempestade, e eu sou a árvore que tenta permanecer de pé, em silêncio.
É difícil.
Eu vejo as cicatrizes no meu corpo e o tempo faz com que eu não me lembre mais de onde elas vieram, mas a dor, o vazio e a tristeza ainda me assombram.
É uma tristeza profunda que só aumenta a cada dia.
O que fazer?
Eu sempre fui diferente das outras crianças.
Enquanto eles corriam e gritavam, eu preferia o canto mais calmo do jardim, com um livro nas mãos, desvendando mistérios, talvez para esquecer os meus.
Era o meu refúgio e o meu porto seguro.
Não sou de muitas palavras.
Acredito que menos é mais.
As palavras têm poder e devem ser usadas com sabedoria, não jogadas ao vento.
As pessoas falam muito, mas dizem pouco.
Eu prefiro observar.
Observar me dá informações.
Informações me dão poder.
Poder me dá o controle.
Minha **guitarra** é minha voz.
As cordas choram, as notas cantam, e eu me perco na melodia, longe de tudo que me machuca.
A música é o meu grito silencioso.
É a única maneira de eu me expressar.
Através dela, eu consigo expressar a minha dor, a minha tristeza, o meu medo, mas também a minha esperança.
Ah, como eu amo a música!
Ela é a minha melhor amiga e a minha companheira.
Meus animais de estimação, um cachorro chamado **Bolt** e um gato chamado **Luna**, são meus confidentes.
Eles não me julgam, não gritam, apenas me oferecem um amor puro e incondicional.
Em seus olhos, eu vejo a paz, o conforto e a tranquilidade.
Eles são a minha família e o meu refúgio.
Em suas companhias, eu me sinto amado e protegido.
Comments
Ning Dhiroh
Lindo demais! 😍
2025-06-07
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