Cléo sentiu um arrepio subir pela espinha.
— Precisamos descobrir o que aconteceu com esses marinheiros — disse ela, determinada, os olhos fixos em Bárbara.
O som do piano ainda ecoava, agora um pouco mais alto. Como se quem estivesse tocando quisesse ser ouvido. Ou... como se soubesse que estavam ali.
— Alguém mais está ouvindo isso, né? — perguntou Cléo, agora com o garfo parado no ar.
Rubens assentiu lentamente.
— Isso acontece às vezes. Especialmente quando alguém mexe com coisas que não devia. A última vez que ouvimos foi há muitos anos, quando o velho Estevão tentou entrar na cabana perto do rio.
— Vamos seguir o som? Bárbara
— Ele desapareceu. Só encontramos o chapéu dele, preso em uma das raízes da figueira velha.
Cléo largou o prato devagar, sem tirar os olhos da porta.
— E vocês acham que tem a ver com os marinheiros?
— A gente não acha nada, Cléo — respondeu Rubens, sério. — A gente sabe.
Rubens chega em casa e ver sua esposa
Helena entrou na sala naquele momento, enxugando as mãos no avental.
O som do piano cessou de repente. Como se o próprio músico invisível tivesse percebido que estavam falando dele.
O silêncio que se seguiu foi mais pesado do que qualquer nota.
Helena percebe que seu marido não estava bem
—O que aconteceu? Aconteceu algo com as meninas?
Rubens vai até nela e dar selinho na testa dela
Bárbara e Cléo estavam sentadas à mesa da cozinha, tomando chá de ervas que Helena havia deixado pronto antes de sair. As duas trocavam olhares silenciosos, cada uma perdida em seus próprios pensamentos sobre o som do piano, a lenda dos marinheiros e o que encontrariam se fossem mais a fundo.
—Vamos, precisamos descobrir esse mistério todo Diz a Cléo
— Cléo, para onde vamosm? Não sabemos de nada - Bárbara pergunta para Cléo preocupada
—Vamos atrás do som do piano, não deve ser longe
Ela caminhou até a porta e a abriu. Um vento gelado entrou, carregando o cheiro de terra molhada e madeira úmida. Bárbara hesitou por um momento, mas a curiosidade falou mais alto. Levantou-se e seguiu Cléo para fora.
O ar da manhã parecia mais pesado, como se a própria floresta segurasse a respiração. A trilha em frente à casa se abria como um convite ou um aviso. Elas avançaram devagar, sentindo o chão úmido sob as botas e a névoa que se arrastava como véus finos sobre a relva.
Enquanto caminhavam, o som do piano parecia se aproximar, cada nota mais nítida, mais insistente. Era uma melodia suave, mas carregada de tristeza — como se alguém tocasse para um salão vazio, apenas para si mesmo.
Bárbara segurou o braço de Cléo.
— Tem certeza que quer fazer isso?
Cléo olhou para ela, séria, mas com um brilho de excitação nos olhos.
— É o único jeito de entender o que está acontecendo. E... eu sinto que precisamos ouvir essa música. Que ela quer nos contar algo.
Elas ver pela janela numa casa meio distante do vilarejo e ver alguém tocando, era uma mulher alta, cabelo comprimido preto, usava um vestido lilás
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Atualizado até capítulo 44
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