A Vos que nunca dormiu

Temporada 2 – Capítulo 5: A Voz que Nunca Dormiu

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O Silêncio que Era Escolha

Os elfos se curvavam em reverência.

Kael olhava para o céu, agora cheio de runas cinzentas e nuvens amareladas — sinais da desarmonia no mundo.

Altheron, emocionado, ainda de joelhos, perguntou:

— “O que houve com vocês?

Estavam selados? Vivos? Sonhando?”

Kael respondeu com voz firme, mas serena:

— “Estivemos juntos… por mil anos.

E nunca estivemos melhor.”

Os elfos se entreolharam, confusos.

Elarys então completou:

— “O cristal nos envolveu… mas não como uma prisão.

Foi um refúgio, um templo.

Onde o tempo não nos tocava.”

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A Revelação dos Gêmeos

Kael olhou para os dois jovens ao seu lado.

— “O tempo passou.

O mundo respirava bem sem nós.

Então… nós vivemos.”

— “Tivemos filhos.

Gêmeos.”

Ele pousou a mão sobre o ombro do jovem.

— “Ela herdou a luz dos meus trovões e minha essência guerreira.”

Elarys completou:

— “E ele herdou meu elo espiritual, minha capacidade de sentir o mundo…

E ver o que ainda não aconteceu.”

Os dois jovens se curvaram diante dos reis presentes.

A filha se chamava Naela, olhos como tempestade e postura de caçadora.

O filho, chamado Eryon, tinha olhos calmos e expressão sempre atenta, quase profética.

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O Sonho da Ruína

Kael então ficou sério.

— “Se dependesse de nós, ficaríamos lá para sempre.

Mas há vinte anos, algo mudou.”

— “Eu tive um sonho.”

> “Ruínas.

Mortes.

Montanhas quebradas.

Torres humanas queimando.

Rios de lava nos céus dos dragões.”

— “E soube que não era um sonho.

Era um chamado.”

— “Então treinamos os gêmeos.

Treinamos nós mesmos.

Por vinte anos.

Para voltar.

Não por glória.

Mas para impedir… o que está vindo.”

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A Verdade de Altheron

O salão ficou em silêncio.

Até Altheron se levantar com dificuldade e, com a voz embargada, dizer:

— “Então chegou na hora certa.

Porque o que você viu… já começou.”

> Ele conta tudo.

A ascensão de Roberto.

A queda dos anões.

A manipulação da tecnologia.

A escravidão e os corpos queimados.

Os boatos de uma arma secreta.

E o medo crescente dos bestiais.

Kael cerrou os punhos. Elarys não disse nada, mas sua aura vibrava como uma tempestade contida.

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Um Novo Caminho se Forma

Kael olhou para os filhos. Depois para Altheron. Depois para o céu.

— “Não voltamos para liderar.”

— “Mas voltamos para proteger.”

— “E se necessário…

vamos lutar.”

A Sombra do Céu

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O Segundo Céu Desce à Terra

Os céus da capital humana escureceram brevemente, quando as nuvens foram cortadas por uma presença ancestral.

General Vaergron, o segundo dragão mais poderoso do mundo, pousou com dignidade no coração da cidade.

Com escamas de titânio celestial e olhos de eras esquecidas, ele se ergueu como uma muralha viva no centro da praça real — bem diante da Estátua dos Heróis: Kael e Elarys.

Seus olhos cerrados brilhavam com desaprovação.

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A Reunião na Praça dos Mártires

A mensagem chegou rápido ao Rei Roberto, que retornava da campanha sobre os anões.

Deixou para trás apenas uma centena de Hanks B e um capitão Hank A como guarnição.

Ao chegar, desceu da carruagem blindada e caminhou com expressão neutra até o centro da praça.

Homens, mulheres e soldados pararam tudo.

Todos olharam.

Dragão e Rei… frente a frente.

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O Aviso

Vaergron falou com uma voz que fazia os sinos tremerem:

— “Rei Roberto.

A guerra que você iniciou não trará ordem.

Ela trará desequilíbrio.

E estamos aqui para dizer:

pare.”

Roberto cruzou os braços, em frente à estátua de Kael.

— “Com todo respeito, Vaergron…

Vocês dragões vivem isolados.

Este é um assunto dos povos de Nareth.”

Vaergron avançou dois passos.

— “Você está manchando o nome de Kael.

Violando tudo o que ele construiu.”

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A Profanação

Roberto ficou em silêncio.

Olhou para a estátua de Kael e Elarys.

E então, sem uma palavra…

ergueu o braço.

> BZZZZT!

Um disparo de energia concentrada saiu de sua manopla direita.

A estátua dos heróis foi destruída em mil pedaços.

> Silêncio.

O povo não reagiu.

Mas sentiu.

Cada coração sangrou.

Vaergron rugiu, mas se conteve.

— “Isso não é mais um pedido…

É uma ordem.”

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A Resposta de Roberto

Roberto deu dois passos à frente.

— “Sabe…”

— “Eu li sobre isso.

Uma história antiga…

De um dragão que tentou ordenar Kael.

Ele também disse: 'Isso não é um pedido, é uma ordem.'”

Roberto ergueu o rosto com frieza.

— “Mas sabe o que eu aprendi?

Eu não sou Kael.”

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