Uma possível amizade

Anneliese contava para sua mãe o ocorrido, ambas se encontravam no jardim real. Vendo o desânimo de sua filha, acariciou o rosto dela, tentando animá-la de alguma forma, Anneliese pensava consigo mesma, ela não imaginava que a gente da realeza falaria tal coisa.

_ Filha, sabe que como há pessoas boas no mundo, há as ruins também e uma coisa lhe digo, não abaixe a cabeça aos comentários, revide_

_ Como?_ pergunta Anneliese, os seus tempos na padaria e sempre dentro de casa, a fez não saber quase nada sobre a vida.

_ Fale o que vier na cabeça, com sensatez e o saber no que está dizendo _

A jovem assente com a cabeça, se sentindo um pouco melhor, até que ela olha para o lado e vê o príncipe vindo na sua direção, sua mãe também olha, achando estranho o nervosismo da sua filha e percebe o porquê.

_ Senhora Boulanger _ ele comprimenta.

A senhora está a ponto de fazer a referência, mas Anneliese a impede, por medo que sua mãe sinta dores, notando isso, apenas abaixa a cabeça_ Príncipe Alan, como posso oferecer meus serviços para ajudá-lo?_

Ele olha para Anneliese_ Poderia me apresentar a linda jovem que está ao seu lado?_

_ Está é minha filha caçula, Anneliese _ ela diz.

_ É um prazer conhecê-lo príncipe Alan_ Anneliese diz nervosa.

_ Bem, eu deixarei a sua Vossa Alteza sozinho com minha filha, com sua licença _ diz a senhora Boulanger.

_ Eu agradeço _ ele fala.

Anneliese sente o nervosismo tomar conta de si, a mesma não imaginava ficar sozinha com o príncipe, sua mãe sai e os deixa sozinhos, o moço olha para a jovem a sua frente e começa a perguntar.

_ Por que você saiu com rapidez?_

_ Sinto muito, mas não pude deixar de ouvir os comentários das princesas e damas ao meu respeito _ diz ela com a voz firme.

_ Entendo o que deve sentir a respeito disso_

_ É mesmo?_ Anneliese dá as costas_ " como um príncipe pode entender isso?"_

_ Sim, mesmo sendo um príncipe, não fujo dos comentários alheios_ ele diz e dá um meio sorriso.

_ Muita coragem para falarem ao seu respeito, deveria engolir o que dizem_ Anneliese fala sem medir suas palavras, pois o desgosto por essas pessoas estava crescendo em seu ser.

_ Verdade que sou alguém da realeza, mas como qualquer outro, somos iguais em partes_ ele tenta estender o assunto.

Anneliese vê o seu pai adiante, ele parecia animado e ansioso para contar algo, notando isso ela pede licença ao príncipe e vai em direção ao seu pai, que logo estende o sorriso.

_ Todos os convidados elogiaram as nossas guloseimas e pratos divinos, alguns deles me fizeram pedidos com um bom preço, minha filha_ ele a abraça_ Nossa vida vai mudar e sua mãe poderá melhorar a saúde_

_ Pai, estamos passando alguma dificuldade?_ ela pergunta, pois, o soar da voz de seu pai aparentava alívio.

_ Quando chegarmos em casa eu explico a você, prometo_ dizendo isto ele dá um tapinha no ombro dela e sai dali.

Uma preocupação fincou em seu coração, mesmo sendo uma jovem de 17 anos, a sua mente entendia os fatos perfeitamente, mesmo quando não tem maturidade para isso ou é o que pensava de si mesma. A jovem pensa se deveria voltar a conversar com o príncipe, mas assim que olha para trás, o vê vindo até si, querendo não transparecer o sentimento, ela coloca um sorriso no rosto.

_ Tudo bem?_

_ Está sim Alteza_ ela olha ao redor e nota que as princesas estão indo até eles_ Vossa Alteza, gostaria de me acompanhar no passeio em seu jardim?_ ela pede.

As princesas ouvindo isso ficaram indignadas e falavam por trás sobre eles_ Ele não vai aceitar um pedido de uma camponesa_

_ Uma filha de padeiro inclusive, há _

_ É muita gentileza sua senhorita Boulanger, eu aceito o seu pedido_ ele dá o braço para que ela segure e assim ela o faz.

A indignação das princesas era notória, pois Anneliese olha para trás e percebe seus olhares que mais pareciam de inveja, contando com a raiva emanando de seus corações. Por um momento ela achou bom, mas vendo o que pediu pensou se deveria ter feito isso_ " Eu não acredito que estou caminhando com o príncipe Alan"_ O passeio deles foi um tremendo silêncio, ambos não direcionaram nenhuma palavra se quer, até Anneliese vê as rosas vermelhas no jardim.

_ São tão bonitas_ as palavras de Anneliese chamaram a atenção de Alan.

Ele logo se pôs a pegar uma rosa, tirando os espinhos e dando a jovem, a garota fica com um rubor nas bochechas e agradece pelo ato, o mesmo apenas dá um sorriso e não diz nada, até voltarem ao início do jardim, a festa estava prestes a acabar e como haveria mais uma dança, os dois entraram no salão e dançaram uma última valsa. A rosa que antes se via na mão de Anneliese, agora se encontrava em cima de sua orelha esquerda, enfeitando o seu cabelo negro, seus olhos violeta brilhavam e com isso chamaram a atenção do príncipe, ao ponto de ser vista um rosado nas bochechas do mesmo.

Por fim, a festa acaba, Anneliese se despede do príncipe Alan e ele pergunta_ Nos veremos de novo?_

_ Não tenho certeza, mas é um talvez _ ela diz.

Ele dá um sorriso e ambos se recolhem, Anneliese ajuda sua mãe a subir na carruagem, em seguida some e seu pai conduz até a frente da padaria deles.

Chegando lá, Anneliese se apronta no seu quarto e antes de dormir, ela olha pela janela, se perguntando se realmente o veria outra vez e agora mais uma questão _" O que minha irmã quer nos dizer?"_ Seus pensamentos e dúvidas instalaram em sua cabeça, ainda mais com o fato de que sua irmã pode chegar amanhã ou provavelmente daqui a cinco dias, já que quando a cart foi mandada ela já havia saído.

Deixando os pensamentos de lado, Anneliese decide dormir, ela se aconchega na cama, e deitando na posição que mais a deixa confortada e após alguns minutos cai no sono, esperando um novo amanhã.

Continua...

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