capítulo 04

Lia;

Fico amanhã todo dentro daquele quarto, começo a mexer em tudo e tentar lembrar-me de algo, olho aquelas roupas, livros, mas nenhuma foto, quando batem na minha porta.

Abro a porta, era a empregada.

- Senhorita, seus pais à espera para almoço.

- Há sim, claro, já desço. - Falo.

Lavo as mãos, respiro fundo e vou almoçar. - desço as escadas e eles me esperavam.

- Pensei que já estariam na mesa.

- Sabemos que tudo é novo para você, até se acostumar, vem, vamos leva-la até seu lugar. - (Mãe)

Sentamos na enorme mesa. A comida é servida e olho aquele tanto de talher.

- O que foi, querida? - (Pai)

- Eu sempre comi com estes talheres? -Pergunto e minha mãe dá um sorriso sem jeito.

- Sim! O que tem os talheres?- (Mãe)

- Não sei quais usarem. - Falo

Meu pai logo diz;

Coma da maneira que se sinta bem.

Começo a comer, eles olham para mim com pequenos sorrisos de conforto. Quando descido perguntar;

Mãe! Por que não tem fotos nossas no meu quarto e nem por onde passei?

- Ela dá tosse e depois diz:

Querida, você nunca gostou muito de fotos, mas claro que temos fotos, depois a mostrarei.

- Eu realmente quero me lembrar do que houve, e preciso que me ajudem.

Meu pai toca minha mão. - Sim, vamos ajudar em tudo o que precisar, você acabou de chegar depois de quase perdê-la.

- Eu tenho irmãos?

Minha mãe fala:

Sim! Você tem um irmão, ele se chama Caio.

- E onde ele está agora?

- Seu irmão está viajando, mas em breve estará conosco.

- Vamos terminar nosso almoço, teremos muito tempo para conversar. - (Pai)

Apenas faço sim com a cabeça.

- Após o almoço, vamos para sala.

Minha mãe se senta ao meu lado e meu pai fica um pouco mais longe.

- O que você quer saber? - (Mae)

- Primeiro, quero saber como foi o acidente. - Meu pai se aproxima sentando na mesinha que tinha, ficando na minha frente.

Você nos ligou informando que jantaria com sua amiga de faculdade, e que não iria demorar, estamos ansiosas para contar que seu noivo já tinha data para chegar.

- Jantar com uma amiga, noivo? - Fico ainda mais confusa.

-Desta vez e minha mãe que fala:

Sim, querida, você foi jantar com está amiga e na volta, houve o acidente, vocês bateram em um caminhão, e carro saiu para fora da pista, capotando. - Neste momento ela começa a chorar e meu pai segura sua mão forte.

-Se calme, eu estou bem. - falo

- Ela limpa as lágrimas e meu pai fala;

A moça que estava com você não resistiu, e faleceu.- Sinto dor em suas palavras.

- Levanto angustiada. - Quem e era ela, meu deus, era eu que estava dirigindo, e familia dela?

- Não sabemos muito sobre eles , apenas providenciamos tudo para família, e pagamos valor para ajudar, apenas sabemos que se chamava Lia Windsor.

- Naquele momento, minha cabeça deu uma pontada.

- Você está bem? - Meu pai fala preocupado

- Só foi uma dor forte, mas já passou. - Falo

- Quero ir ver a família, devem estarem mal, se eu estava com ela, e por que eu a considerava.

- Meu amor, a família pode não vê de bom olhos, você estava no volante, e melhor não. - Fala minha mãe.

- Yarin! Não podemos mudar o que houve. - (Pai)

As lágrimas caem, e falo: