5: Marca da união

A noite caiu silenciosa, com a lua cheia iluminando o céu claro o vento frio cortava as árvores ao redor, mas a casa da Alcatéia do Norte permanecia quente e acolhedora dentro, os quatro estavam em seus quartos, mas, para Caio e Mary, aquele momento tinha um peso muito especial era a noite da marcação.

Caio se aproximou de Mary, que estava sentada na beirada da cama, visivelmente nervosa, seus dedos entrelaçados, ele se ajoelhou à sua frente, com os olhos cheios de carinho e respeito.

— Mary... você está pronta? — perguntou, com uma voz suave, tentando acalmá-la.

Ela olhou para ele, os olhos brilhando com uma mistura de ansiedade e emoção desde o momento em que ele havia rejeitado a alcatéia para protegê sua irmã, ela sabia que a marcação seria o passo final para selar o que eles haviam se tornado: companheiros, unidos para sempre, mas ainda sentia uma pressão, um medo silencioso.

— Eu não sei… — disse ela, com um leve sorriso. — Tenho medo de que algo dê errado, Caio.

Caio se aproximou mais, tocando suavemente o rosto dela, e, com um sorriso afetuoso, disse:

— Não há nada que possa dar errado, Mary, você e eu fomos feito um para o outro, a marcação é a nossa ligação eterna, você está segura comigo, sempre nada mais importa além disso.

Mary respirou fundo, tentando afastar os temores ela fechou os olhos quando ele segurou seu pulso delicadamente, guiando-a até a cama ele estava ali, firme, e sabia que aquele seria o momento crucial para os dois a transformação de um simples laço de companheirismo para algo mais profundo, algo inquebrantável.

Caio a puxou para mais perto, seu corpo quase colado ao dela ele sentiu o calor da pele dela, a suavidade do toque ela levantou o queixo e olhou para ele, confiando, ainda que com um resquício de medo.

— Eu vou te marcar, Mary, você é minha, e eu sou seu, para sempre — murmurou ele, seu olhar carregado de emoção.

Mary fechou os olhos, sentindo o coração acelerar com as palavras de Caio, era como se o universo inteiro estivesse se alinhando naquele momento.

Caio afastou o cabelo dela, expondo a pele do pescoço dela, e inclinou-se para cima antes de fazer o primeiro movimento, ele olhou para ela mais uma vez, para garantir que ela estava pronta, ela assentiu com um pequeno sorriso, dizendo sem palavras que estava entregue a ele.

Com um suspiro, Caio pressionou seus dentes contra a pele macia de Mary, sentindo o calor do corpo dela pulsando contra o seu ele fez uma leve pressão, marcando-a com um beijo ardente e profundo.

Quando seus dentes finalmente cortaram a pele dela, ele sentiu a energia deles se fundindo, ela se esticou ligeiramente, gemendo de dor, mas logo essa dor se transformou em prazer a marcação era o símbolo de sua união, e quando os dentes se retiraram, um selo brilhante apareceu em sua pele, a marca visível de sua conexão eterna.

Caio olhou para ela, e o que viu em seus olhos foi puro amor e desejo ela estava marcada por ele, assim como ele estava marcado por ela.

— Agora somos completos — sussurrou ele, beijando sua testa com suavidade.

Mary sorriu, ainda com a respiração acelerada, e disse:

— Sempre será assim, Caio sempre.

E, com um suspiro profundo, ela se entregou aos braços dele, o vínculo agora selado e inquebrantável, no mais profundo dos sentidos.

A marca já estava ali, visível no pescoço de Mary e no de Caio, uma marca indelével da união deles, mas o que ela e Caio ainda não sabiam é que, para completar a cerimônia, algo mais precisava acontecer algo mais profundo, que envolvia não apenas o corpo, mas também a alma.

Caio observou a marca, ainda brilhando suavemente sob a luz da lua, e, por um momento, o mundo ao redor parecia desaparecer ele tocou o local da marca com a ponta dos dedos, sentindo a energia pulsando ali, como se tudo o que havia em sua vida agora fosse tocado por ela.

— Mary... — sua voz saiu mais baixa, como se estivesse falando com a alma dela. — Agora, nossa conexão está completa mas ainda há algo mais algo que só pode acontecer entre nós dois.

Ela olhou para ele com os olhos mais intensos do que nunca, sua respiração ainda irregular, ela sabia o que ele queria dizer, mas não era apenas o corpo que precisava ser marcado era a alma, o espírito, algo que se selaria quando o laço deles se tornasse ainda mais profundo.

Caio a puxou para mais perto, seus corpos agora colados, e Mary sentiu o calor dele, o perfume de seu lobo, e o batimento forte de seu coração ele não precisou falar mais nada as palavras já estavam ditas pelo toque de suas mãos, pela forma como seus corpos se encaixavam.

Com um suspiro profundo, Caio inclinou-se para ela, seus lábios tocando suavemente os dela o beijo começou suave, mas logo se intensificou, como uma promessa de tudo o que eles poderiam ser, e de tudo o que já estavam sendo suas mãos começaram a explorar o corpo dela com mais fervor, sentindo cada curva, cada parte de sua pele, como se estivessem se redescobrindo, mas, ao mesmo tempo, sendo unidos por algo que já estava escrito no destino.

Mary, com os olhos fechados, entregou-se a ele completamente, ela podia sentir a marcação em sua pele pulsando, mas também sentia algo mais algo profundo, como se suas almas estivessem finalmente se encontrando em um nível além do físico ela havia sido marcada por ele, mas agora, sentia que ele também estava sendo marcado por ela de um modo que transcendia qualquer explicação.

Os toques se tornaram mais rápidos, mais impetuosos, Caio a segurou com força, suas mãos descendo até a cintura dela, puxando-a para mais perto, como se não quisesse mais deixá-la ir os beijos foram se tornando mais urgentes, e, em algum momento, ele deitou Mary na cama, sem nunca quebrar o contato.

— Mary... — sussurrou ele, agora olhando nos olhos dela com uma intensidade que a fazia se perder nele. — Somos um, agora e para sempre, vai doer um pouco mais logo vai passar eu prometo.— ele então a penetrou.

Ela respirou fundo, seus dedos se enterrando na pele dele enquanto respondia ao seu toque, a dor, o medo tudo isso desapareceu quando ele a tocou e, quando suas bocas se encontraram novamente, ela sentiu que tudo o que ela mais precisava estava ali, com ele.

A marca deles brilha intensamente à medida que os corpos se movem em uma dança de pura conexão, como se o universo inteiro estivesse se alinhando, validando o que estavam fazendo era mais do que apenas uma união física; era uma promessa silenciosa de amor, de confiança, de fidelidade a energia deles se entrelaçou e, de repente, tudo se acalmou.

Caio e Mary ficaram ali, juntos, seus corpos ainda em contato, respirando na mesma ardência, enquanto a lua cheia continuava a brilhar no céu, testemunhando o que acabara de ser selado a marca, agora visível e brilhante, era mais do que um símbolo era a prova de que, a partir daquele momento, nenhum poder poderia separá-los não havia mais volta.

— Para sempre, Mary... para sempre — Caio sussurrou, seus lábios tocando a testa dela com suavidade.

Ela sorriu, seus olhos brilhando com a mesma intensidade que o vínculo entre eles.

— Para sempre, Caio.

E, naquele momento, os dois souberam que nada mais importava eles estavam completos, unidos por algo que ninguém jamais poderia quebrar.

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