Nicolau
Fiquei chocado ao descobrir que a professora é a mesma maluca do escurinho e da chupada sabor chiclete a melhor que já dei. Isso fez com que pensamentos inesperados sobre ela surgissem na minha mente, como a imagem de um lado mais íntimo dela, que não consigo tirar. O que é isso, Nicolau? Pensar em coisas assim no meio de tantas crianças adoráveis? Mas é impossível não notar que ela também está me olhando. E se eu a convidar para sair? Será que ela teria interesse em mim? Agora estou curioso sobre como isso poderia acontecer. Coloco a mão no queixo, observando-a, tentando não perder a compostura. É claro que ela é a professora, mas quem sabe eu possa mostrar a ela um lado diferente do que é ser a "rainha do guloso"! Praticar boas ações é sempre válido, especialmente agora que ela me deve uma.
Quando chega a minha vez de falar sobre minha profissão, vou direto ao ponto. Gosto de ser CEO e cuidar do que é meu, e desejo que meus irmãos aprendam isso também, já que um dia estarão no mesmo caminho. Mas não consigo conter o riso quando um dos meninos diz algo hilário, acertando em cheio: eu realmente gosto de beber e mulheres loiras e voluptuosas. As baixinhas costumam ser mais exigentes, e eu não estou buscando relacionamentos sérios, então prefiro manter a distância! Apersar delas serem uma delícia.
— O Tiago é um verdadeiro engraçadinho, não é? Entregou o pai dele! — ri João, sempre com suas observações curiosas. Às vezes me pergunto de onde ele tira tantas ideias.
— João, pare com isso! Vamos logo para casa, eu preciso trabalhar! — digo, empurrando os três na direção da saída, enquanto atravessamos o tumulto no pátio. O barulho todo me irrita; nunca mais quero voltar a esta escola.
— Nic, você está indo rápido demais, está me machucando! — reclama Katarina.
— Katarina, só quero sair desse lugar cheio de crianças! — respondo, frustrado. O barulho é insuportável, e agradeço ao universo quando enfim me vejo próximo da saída. Mas então ouço algo que me faz parar.
— Ela não fez isso! — murmuro, fechando os olhos.
— Quem será o rei da chupada que a professora está chamando? — pergunta o vigário. Olho em volta e vejo que todos pararam. Mas eu sei que sou conhecido como o "rei da chupada".
— Uma vez eu perguntei ao Google quem era o rei da chupada! — explica João.
— Como assim você perguntou, João? — brigo com ele, surpreso.
— Ué, eu ouvi você dizer que havia uma mulher gritando no seu quarto à noite. Você sempre diz a todas que leva lá, e fiquei curioso para saber quem eram, já que elas sempre gritam! — Estou prestes a ter um colapso nervoso!
— João, não quero que você use mais a internet! — falo, irritado. Ele fica triste e abaixa a cabeça.
— O Google só disse que o rei da chupada é Enric Bernat Fontlladosa, o inventor do pirulito Chupa Chups! Ele lançou o produto em 1958. — Ele me deixa aliviado, mas esse moleque é esperto; preciso parar de levar mulheres para casa.
— Ok, mas não quero que você fique me espionando de madrugada! Era para você estar dormindo, não fazendo pesquisas.
— Desculpa, Nic, prometo não pesquisar mais nada! — ele diz, levantando a cabeça em um sorriso. Assim que dou o primeiro passo, sinto um cutucão no ombro e olho para trás.
— Desculpe, senhor Fagundes, mas preciso conversar com você — diz a professora, encarando-me. Agora ela me chama de "senhor Fagundes" depois de tudo que aconteceu. Percebo que várias mães me olham e algumas até piscam.
— Crianças, por que vocês não vão para o parquinho enquanto eu converso com o irmão de vocês? — diz ela, mandando os pequeninos para longe. Então, aponta para a sala de aula e eu a sigo. Ela tranca a porta e puxa uma cadeira para mim.
— Sério isso? Sei que sou o rei da chupada, mas expor isso assim não é legal! — ela está tão vermelha quanto um pimentão.
— Desculpe, mas é porque eu... eu... — ela gagueja.
— Você não conseguiu esquecer como foi a sensação, não é? Porque eu não esqueci o gosto da sua xoxota! — logo acrescento, e ela sorri.
— Você sentiu o gosto do chiclete? — pergunta, animada.
— Sim, e não sei o que você usou, mas estava uma delícia; eu amo esse cheirinho de chiclete. — Ela arruma o cabelo, visivelmente feliz.
— Ah, você sabe, comprei em um site; é um perfume para essa xoxota. Eu gosto que ela esteja lisinha e cheirosa.
— Incrível! Será que existe de morango? — pergunto.
— Com certeza! Deixa eu verificar, e prometo que na próxima vez compro de morango! — sorrio enquanto desabotoo meu paletó.
— E se eu comprar um perfume com sabor de banana para o meu pinto você acharia nojento e iria recusar? — pergunto, provocando-a. Ela limpa a garganta e pega uma caneta.
— Senhor Fagundes, estamos aqui para falar sobre as crianças. Agora entendo por que elas falam tanta bobagem, já que o único exemplo de adulto que elas têm é... um... um... — ela está visivelmente irritada; sei que as baixinhas costumam ser bravas!
— Um o quê? Olha, professora, eu tenho problemas demais. Se a senhora vai reclamar do que elas falam, eu tenho mais o que fazer, porque já sei o que eles comentam e aprontam. — Levanto e começo a me dirigir à saída.
— Então você sabe o que seus irmãos me contaram? Pois bem, o conselho tutelar vai adorar ouvir isso, porque uma criança dizer à professora que o irmão estava mamando em peitões depois de grande não é algo normal! — Eu engulo em seco, sem saber onde enfiar a cara.
— Não é exatamente assim! — digo, envergonhado. Como essas crianças puderam ver isso?
— Quer se sentar, senhor Fagundes? Pois eu ainda não terminei. — Volto à cadeira e me sento em silêncio, percebendo que tudo que ela fala me faz lembrar que, em algumas ocasiões, deixei a porta aberta e aproveitei o sofá e a piscina...
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Amanda
Tem que ter cuidado, são crianças pequenas e estão ligados a tudo mesmo vendo televisão eles sabem tudo o que falamos e fazemos, precisamos ser exemplos
2025-04-11
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Flavia Oliveira
KKKKKKK,vai ter um monte de gente procurando no site 🫢🫢🫢🫢🫢🫢🫢🫢🫢
2025-04-11
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Marlene Almeida
esses dois com certeza absoluta vão fazer agente da muitas risadas
2025-04-11
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