Sofya Mancini

Depois que entramos naquele carro apesar de saber que estou segura o medo ainda habita em mim, sinto as mãos delicadas da Alina me acalentar, sempre soube que minha mãe não me amava tanto, mas nunca imaginei que ela seria capaz de fazer isso comigo me vender pra um doente e sádico como aquele homem, toda vez que fecho os olhos aquele velho nojento está em cima de mim me tocando e eu não consigo parar de chorar.

_ Chegamos_ ouço o Giovanni falar e só então ergo a cabeça.

A Alina desceu do carro mas eu não consigo, minhas pernas não se mexem meu corpo está travado as lágrimas ficaram mais intensas, a porta do meu lado é aberta.

_ Sofy, vem já chegamos_ Giovanni fala tentando segurar meu braço

_ não toca em mim_ acabou gritando e me afastando do seu toque e nem sei porque

_ Ei sou eu olha pra mim_ vejo desespero no seu rosto mas não consigo não quero que ninguém toque em mim, só balanço a cabeça negando

_ Filha_ olho pro lado e choro ainda mais meu pai está sentado do meu lado.

_ papai_ me encolhe no colo do único homem que sei que nunca me machucaria depois do meu irmão Javier é claro e choro, choro tanto ficamos por tanto tempo dentro daquele carro que nem sei em que momento eu acabei dormindo no colo do meu pai.

Sei que ele me trouxe pra um quarto no seu colo, mas quando me colocou na cama eu acordei.

_ Papai, fica comigo por favor.

_ Claro minha princesinha._ ele disse e se deitou ao meu lado, então eu dormi mas como se apenas seus braços me passassem segurança toda vez que ele tentava levantar eu acordava assustada e ele volta a se deitar.

Quando eu acordo minha cabeça dói acho que por causa do tanto que chorei, coitado do meu paizinho ainda está aqui ao meu lado acho que acabou cochilando.

_ Papai_ o chamei

_ Oi meu amor, pode dormir o papai não vai sair daqui tá tudo bem.

_ acho que preciso de um banho, minha cabeça dói muito.

_ Tudo bem vou pedir pra Alina vir ajudar você e trago um remédio_ disse se levantando.

Assim que ele saiu a porta foi aberta novamente.

_ Você está bem?_ Giovanni falou fechando a porta atrás de se

_ Sim_ ele deu um passo em minha direção eu dei dois pra trás

_ Sofy!

_ E-eu eu vou tomar banho, é prefiro que você saia_ disse e baixei a cabeça pois já estava chorando novamente só levantei quando ouvi a porta abrindo e fechando novamente.

_ Oi_ ouvi a voz doce da Alina assim que ela entrou no quarto

_ Oi

_ Eu trouxe o remédio e roupas limpas, vou preparar a banheira pra você.

_ obrigada!

_ Não precisa me agradecer sei que faria o mesmo por mim e até mais se fosse preciso_ disse e me abraçou_ Vou lá e já volto_ disse e foi pro banheiro depois só apareceu na porta e me chamou.

Só pra ajudar a imaginar um pouco.

_ obrigada Alina.

_ vem entra, eu vou te ajudar _ ela me ajudou a entrar sentou na borda da banheira pegou uma esponja de banho e ajudou a me lavar enquanto eu chorava, nunca na minha vida eu recebi tanto carinho assim e só de pensar que deveria ser minha mãe fazendo esse gesto choro ainda mais, a mulher que deveria cuidar de mim foi a responsável pela pior crueldade que uma mulher poderia passar.

Ainda bem que o Giovanni chegou antes dele fazer pior, mesmo assim ainda me sinto tão suja e eu nem tive culpa, mas acho que a sociedade enraizou em nós que sempre tem um motivo seja a nossa roupa, o nosso jeito, a educação tudo em nós mulheres sempre encontraram um motivo, isso é o que me deixa pior.

_ Não foi sua culpa_ ouvi a Alina dizer, então a encarei_ Eles são uns nojentos, cruéis e psicopatas, nada no mundo impediriam eles de fazer o que pretendiam.

_ Então porque a culpa tá aqui.

_ Porque sempre achamos que deveríamos ter feito alguma coisa diferente, mas nada que mudacemos, mudaria a mente deles, então não se culpe em nenhum momento nem por um segundo Sofya não foi sua culpa nem de longe.

_ E se eles acharem que foi?_ sim eu estava comendo do que os homens da minha família iam pensar de mim agora o que é um absurdo eu sei mas simplesmente não consigo não pensar nisso.

_ Os três sabem que não foi sua culpa, e jamais te julgariam por isso muito menos dessa forma ele te amam.

_ Acho que ninguém nunca cuidou de mim desse jeito, muito obrigada.

_ Que bom que estou sendo a primeira, agora somos uma família sempre vou cuidar de você.

_ E eu sempre vou cuidar de você, eu sempre fui a irmã mais nova agora sou a mais velha_ falei e deitei a cabeça em suas pernas_ desculpa não queria molhar você

_ Tudo bem, vamos sair a água tá esfriando, vou trocar de roupa e volto para irmos comer._ ela disse e saiu

É tudo tão estranho uma sensação ruim como se uma áurea escura estivesse encima de mim, como se eu estivesse no meio de uma nevasca e de repente um sol tão mas tão quente acabou com a nevasca e mesmo que meu corpo agora estivesse com um calor absurdo meu cérebro ainda frio me impedisse de tirar o cobertor com medo de que o frio se aposse novamente do meu corpo

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