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O sol já se erguia alto sobre a vila de Mandrava quando Amália terminava de enfaixar o ombro de Afonso na cabana. O príncipe, ainda pálido pela perda de sangue, observava a jovem com uma mistura de gratidão e curiosidade. O silêncio entre eles foi quebrado pelo som de passos apressados do lado de fora.
— Amália! Onde você se meteu? — gritou Selena, entrando na cabana. Ao ver Afonso, ela arregalou os olhos. — Quem é esse?
— Um estranho que encontrei na mata. Foi ferido — respondeu Amália, prática.
Afonso tentou se levantar, mas a dor o fez recuar.
— Meu nome é Afonso. Preciso voltar para casa... Meu povo depende de mim.
Selena cruzou os braços, desconfiada.
— Parece um nobre. O que um tipo assim tá fazendo perdido por aqui?
Amália lançou um olhar firme para a amiga.
— Não importa agora. Ele precisa descansar. Vamos buscar o curandeiro.
Enquanto Selena saía resmungando, Afonso segurou o braço de Amália, os olhos sérios.
— Você não entende. Não posso ficar aqui. Há algo importante que devo fazer.
Ela o encarou, desafiadora.
— Se quer morrer na estrada, vá em frente. Mas não vou carregar seu corpo depois.
Ele abriu a boca para protestar, mas o cansaço o venceu, e ele caiu de volta na cama improvisada.
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No castelo de Montemor, a tensão crescia como uma tempestade prestes a desabar. Crisélia caminhava de um lado para o outro na sala do trono, enquanto Rodolfo tentava manter o ar despreocupado, jogando uma maçã no ar.
— Mãe, talvez Afonso tenha decidido tirar umas férias em Aquilária. Ele sempre foi tão... responsável — disse Rodolfo, com um tom provocador.
Crisélia parou, o olhar cortante.
— Seu irmão pode estar morto, e você faz piadas? Se ele não voltar, o trono será seu. Está pronto para isso?
Rodolfo engoliu em seco, a maçã parando em sua mão.
— Eu... Claro, eu seria um rei magnífico. Mas Afonso vai voltar. Ele sempre volta.
Naquele instante, o conselheiro real, Orlando, entrou apressado, trazendo um relatório.
— Majestade, encontramos sinais da comitiva. Cássio está vivo, mas gravemente ferido. Ele disse que o príncipe fugiu para a floresta.
Crisélia apertou as mãos, aliviada, mas ainda preocupada.
— Enviem homens a Aquilária. Encontrem Afonso a qualquer custo.
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Em Aquilária, no palácio real, a princesa Catarina observava o reino da varanda, seus cabelos loiros esvoaçando ao vento. Ao seu lado, o rei Augusto, seu pai, parecia preocupado, as rugas em seu rosto mais profundas que o usual.
— O tratado com Montemor está em risco, Catarina. Sem Afonso, não sei se eles honrarão o acordo — disse Augusto, a voz baixa.
Catarina sorriu, um brilho calculista nos olhos.
— Talvez seja melhor assim, pai. Montemor depende da nossa água. Sem o tratado, eles estarão à nossa mercê.
Augusto a encarou, surpreso.
— Você fala como se quisesse guerra, minha filha.
Ela se virou, o sorriso se alargando.
— Não guerra, pai. Poder. Montemor é fraco sem um líder. E eu pretendo garantir que Aquilária saia vitoriosa, de um jeito ou de outro.
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De volta à vila, Amália voltou com o curandeiro, um homem idoso chamado Brice, que examinou Afonso com mãos trêmulas, mas experientes. Após aplicar ervas no ferimento, ele se afastou, limpando as mãos num pano.
— Ele vai viver, mas precisa de repouso. Nada de cavalgadas por agora — declarou Brice.
Afonso cerrou os punhos, frustrado.
— Não posso ficar aqui. Meu reino...
Amália o interrompeu, firme.
— Seu reino não vai te querer morto. Fique quieto e se cure.
Naquele momento, um barulho veio da rua. Soldados de Montemor, enviados por Crisélia, entraram na vila, perguntando sobre um homem ferido. Amália trocou um olhar rápido com Afonso, percebendo o perigo.
— Fique aqui — sussurrou ela, cobrindo-o com um cobertor. — Vou despistá-los.
Ela saiu da cabana e encarou os soldados, o queixo erguido.
— Não tem nenhum estranho aqui. Só minha família. O que querem?
O capitão dos soldados, um homem de barba rala, franziu a testa.
— Estamos procurando o príncipe de Montemor. Ele foi atacado perto daqui.
Amália deu de ombros, fingindo indiferença.
— Não vi nenhum príncipe. Só trabalhadores e camponeses por aqui.
O capitão hesitou, mas acabou ordenando que os homens seguissem adiante. Quando Amália voltou para a cabana, Afonso a encarou, impressionado.
— Você mentiu por mim. Por quê? — perguntou ele.
Ela cruzou os braços, um leve sorriso nos lábios.
— Não gosto de soldados xeretando na minha vila. E você me deve uma explicação. Quem é você, afinal?
Afonso hesitou, mas respondeu, a voz grave.
— Sou Afonso, príncipe de Montemor.
Os olhos de Amália se arregalaram por um instante, mas ela logo recuperou a compostura.
— Um príncipe, hein? Pois bem, Alteza, enquanto estiver aqui, vai ter que me ajudar a carregar água. Não trabalho de graça.
Ele riu, mesmo com a dor, e algo em seu peito aqueceu diante da ousadia daquela plebeia.
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Atualizado até capítulo 25
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