O armazém...

Vera, volta para a casa dos Solares,e Roberta está furiosa.

Vera( entra com Sabrina)

Roberta: poço saber com permissão de quem, você pegou minha filha e saiu?

Vera: ela estava muito triste e se sentindo sozinha, só fui até o parque.

Roberta: não interessa os sentimentos de Sabrina não, eu deixei ela de castigo, então você não tem autoridade nenhuma para desobedecer minhas ordens, você é uma empregada, não pense que você é mas que isso não, nunca passará de um pano de chão.

Vera: calma, senhora eu só quis animar a menina um pouco.

Sabrina: não briga com ela não mãe( chorando) eu vou voltar e ficar de castigo.

Roberta: cala a boca, tudo é culpa sua, você além de inútil, ainda atrapalha o trabalho dos empregados, vai para seu quarto e você vai ficar sem jantar.

Sabrina: mas estou com fome mãe( chorando)

Roberta: pensasse antes, eu sou a dona de tudo aqui, ninguém passa por cima de mim, e você vera, pode pegar suas coisas e ir embora.

Vera: por favor, eu preciso desse emprego.

Roberta: mas eu não preciso de você, empregadas por aí iguais a você, tem um monte, anda logo! Vai embora e sem direito a nada, você tentou sequestrar minha filha.

Vera( se ajoelha) pelo amor de Deus, não me manda embora não, eu dependo desse salário, para sobreviver, prometo nem chegar perto de Sabrina.

Roberta: não é suficiente, estou cansada de gente incompetente, sai logo da minha frente ( vera se levanta, pega suas coisas e vai embora, Sabrina fica chorando, desesperada) some para seu quarto Sabrina, não quero te ver mas hoje( Sabrina vai para o quarto.)

Sabrina, deita na cama, está toda sujinha, de brincar no parque.

Sabrina: ( fala baixinho)desculpa vera, desculpa vera. eu não queria que você fosse embora, tudo é culpa minha( dorme de tanto chorar)

HORAS DEPOIS OS PAIS DE ROBERTA, CHEGAM PARA FAZER UMA VISITA...

Roberta: pai( abraça ele) que bom que vocês vinheram.

Joaquim: estava com muita saudade de você filha.

Rosário: oi filha, como estão as coisas?

Roberta: estão bem mãe.

Rosário: e minha neta, onde está?

Roberta: dormindo.

Rosário: essas horas? vou lá ver ela( vai até o quarto de Sabrina)

Joaquim: então filha, tem novidades?

Roberta: sim, pai( sorrindo) senta aqui no sofá, vou pegar uma bebida.

Joaquim: e seu casamento, como está indo?

Roberta( entrega a bebida) bem pai, HENDRICK, nem fica em casa, nem me dar atenção, fica o dia todo no banco, eu fico sozinha com Sabrina e para piorar, a empregada pediu demissão( cara de coitada)

Joaquim: vou conversar com HENDRICK, pois isso não é papel de marido, e quanto a empregadas, você pode ter quantas você quiser, eu pago( abraçando ela)

Roberta: por isso te amo pai, só você me entende, eu sou muito incompreendida.

Rosário( entra no quarto) oi minha princesa.

Sabrina( acorda com a avó chamando) oi vovó ( abraçando ela e chorando)

Rosário: porque você está suja?

Sabrina: porque eu brinquei no parque.

Rosário: que coisa boa, mas tem que tomar banho, venha ( leva ela para o banheiro ela toma banho) agora está melhor, veste essa roupinha( um conjunto laranjado com flores) senta aqui, vou pentear seus cabelos.

Sabrina: não precisa vovó, tá bom assim.( semblante triste)

Rosário: não, tem que arrumar( ela deixa arrumar o cabelo) pronto ficou linda, mas para sala?

Sabrina( lembra que sua mãe não quer ver ela ) não, eu quero ficar aqui, vou brincar com minhas bonecas.

Rosário: tá bom então ( beija ela) eu tenho que ir( Sabrina abraça bem forte e uma lágrima cai) o que está acontecendo com você?

Sabrina: nada só estava com saudade.

Rosário: eu também estava( vai para sala) coloquei Sabrina, para tomar banho, estava suja, disse que tinha ido no parque, que bom que você está sendo uma boa mãe.

Roberta: faço o que posso.

Joaquim: nossa filha é perfeita.

Rosario: vamos embora.

Joaquim: vamos sim, tenho umas coisas para resolver, chama o HENDRICK e da uma passada lá em casa.

Roberta: vou chamar sim pai( beija no rosto dele)

Joaquim e Rosario, vão embora, Roberta vai até o quarto de Sabrina,da uma olhada e volta para a sala e fica assistindo um filme, Sabrina está com febre e dorme.

Enquanto isso na casa de vera ...

Mell: o que aconteceu tia? Porque veio tão cedo.

Vera: a dona Roberta, me mandou embora, porque desobedeci uma ordem dela, levei Sabrina para o parque e ela não gostou.

Mell: nossa, que difícil trabalhar com essa família.

Vera: mas eu errei mesmo, não deveria ter me intrometido, mas dona Roberta, trata muito mal a pequena Sabrina, é uma menina linda , precisa ver é doce , carinhosa.

Mell: mas porque faz isso?

Vera: porque queria um filho homem, para agradar seu pai seu Joaquim, ouvi dizer que seu Joaquim é um homem muito perigoso, e poderoso, tem até alguns polícias em suas mãos.

Mell: misericórdia tia, então foi melhor ter saído de lá mesmo, você estava correndo perigo.

Vera: eu estava lá, por Sabrina, aquela menina, sofre muito.

Mell: fica assim não tia, não conheço essa garotinha, mas só de te ouvir falar nela, eu já tenho um carinho por ela.

Enquanto Joaquim deixa Rosario em casa e vai até o armazém ...

Um armazém escuro e úmido. Caixas de armas estão empilhadas em todos os cantos.

Afonso: Joaquim, prazer em finalmente te conhecer. As armas… estão como combinamos?

Joaquim: (Olha Afonso de cima a baixo, com desprezo) Estão. Mas antes de falarmos de negócios, vamos aos detalhes. Você sabe o que está comprando, não é? Não é brincadeira de criança.

Afonso: Sei, sei. Armas pesadas, como combinado. Tenho o dinheiro, como prometido.

Joaquim: (Abre uma caixa, revelando um arsenal de armas) Dinheiro não é problema, Afonso. O problema é a confiança. Você tem certeza que pode lidar com isso? Que não vai me trair?

Afonso: (Engole em seco) Tenho certeza, Joaquim. Minha palavra é minha garantia.

Joaquim: (Ri, um som frio e ameaçador) Sua palavra? Afonso, nesse negócio, palavras não valem nada. Ações falam mais alto.

(Joaquim pega uma arma e aponta para Afonso.)

Joaquim: Você sabe o que acontece com aqueles que quebram a promessa?

Afonso: (Seu rosto fica pálido) Não, Joaquim, por favor! Eu não…

Joaquim: (Dispara. O som do tiro ecoa pelo armazém.) Eu disse que ações falam mais alto. Agora, o dinheiro é meu. E as armas também.

(Joaquim fecha a caixa e a guarda com cuidado. Ele olha para o corpo de Afonso, sem emoção.)

Joaquim: (Para si mesmo, enquanto sai do armazém) menos um idiota no mundo.( se disfaz do corpo e volta para casa)

Rosario: onde você estava, porque demorou?

Joaquim: você sabe onde eu estava e porque demorei, não seja burra, você sabe de onde vem seu sustento, traga alguma coisa para tomar, anda logo.

Rosario: ( entrega a bebida)

Joaquim: tira meu sapato, estou cansado.