A prova do amor

Eles se olharam nos olhos e sorriram um para o outro. Bogum se aproximou um pouco mais de Yuna no banco, ela sorriu ficando um pouco corada. Ele pegou uma de suas mãos e começou a fazer pequenos círculos com o polegar nas costas da mão dela.

Bogum: Eu realmente estou gostando muito de te conhecer, Yuna.

Yuna sorriu.

Yuna: Eu também, muito mesmo.

O silêncio que se seguiu não era desconfortável. Pelo contrário, era cheio de significado. Eles apenas se olharam por um momento, sentindo a brisa suave da noite de Jeju e ouvindo o som distante das ondas quebrando na praia.

Bogum continuava acariciando a mão de Yuna, e ela sentia o coração bater um pouco mais rápido do que o normal. Havia algo na maneira como ele a olhava que a fazia esquecer qualquer preocupação, qualquer pensamento sobre trabalho ou mídia.

Bogum: Eu sei que nossas vidas são complicadas… Mas estar aqui com você, longe de toda aquela pressão, me faz perceber que vale a pena tentar.

Yuna o observou por um instante, absorvendo suas palavras. Ela não era do tipo que se deixava levar facilmente, mas Bogum… Bogum tinha algo diferente. Algo que fazia com que ela quisesse abaixar a guarda.

Yuna: Eu também acho que vale a pena tentar.

Bogum sorriu, visivelmente feliz com a resposta. Sem dizer nada, ele levou a mão dela até seus lábios e depositou um beijo leve, mas cheio de significado.

Yuna sentiu seu rosto esquentar, mas, em vez de desviar o olhar como faria normalmente, ela apenas sorriu.

Bogum: Quer continuar andando? (ele perguntou, ainda segurando a mão dela.)

Yuna: Quero, mas… acho que não quero soltar sua mão.

Bogum riu baixinho, entrelaçando ainda mais os dedos nos dela.

Bogum: Então não solte.

Eles continuaram a caminhada, sem pressa, apenas aproveitando o momento. Era a primeira vez que não precisavam se preocupar com o tempo, com a mídia ou com qualquer outra coisa além do que estavam sentindo ali, naquela noite tranquila em Jeju.

Depois de caminhar por mais um tempo, Bogum e Yuna chegaram a um mirante com vista para o mar. O lugar estava praticamente deserto, iluminado apenas por algumas luzes suaves e pelo brilho da lua refletindo na água. O vento era fresco, mas não frio, e o som das ondas quebrando suavemente nas pedras abaixo criava uma atmosfera serena e envolvente.

Eles pararam ali, lado a lado, sem pressa. Yuna respirou fundo, sentindo a brisa salgada contra a pele, enquanto Bogum a observava com um olhar intenso, mas gentil.

Yuna: É lindo, não é? (ela disse, admirando o horizonte.)

Bogum: Sim… (Bogum respondeu, mas sem tirar os olhos dela.)

Yuna percebeu o olhar e, quando virou o rosto para encará-lo, seus olhos se encontraram de uma forma que fez seu coração acelerar. Bogum deu um pequeno passo à frente, diminuindo ainda mais a distância entre eles.

Bogum: Eu não sei quando vou ter outra chance de dizer isso sem a mídia por perto… (ele começou, sua voz um pouco mais baixa e suave.) Mas quero que saiba que, desde que te conheci, não consigo parar de pensar em você.

Yuna sentiu o rosto esquentar, mas não desviou o olhar. Ela sabia que sentia o mesmo, mas colocar isso em palavras ainda era algo novo para ela. Mesmo assim, não precisou dizer nada, porque Bogum já havia entendido.

Com delicadeza, ele ergueu a mão e afastou uma mecha de cabelo do rosto dela, deslizando os dedos levemente por sua pele. O toque era tão suave que fez um arrepio percorrer sua nuca.

Bogum: Posso te beijar? (ele perguntou, quase em um sussurro.)

Yuna não respondeu com palavras. Em vez disso, ela apenas sorriu de leve e fechou os olhos, inclinando-se na direção dele.

Foi o suficiente.

Bogum encurtou a distância entre eles, roçando seus lábios nos dela de forma lenta e cuidadosa, como se estivesse saboreando aquele momento. O beijo começou suave, quase hesitante, mas logo se aprofundou de forma natural, como se os dois estivessem esperando por aquilo há muito tempo.

Yuna sentiu seu coração disparar enquanto suas mãos subiam instintivamente até os ombros de Bogum, puxando-o um pouco mais para perto. Ele, por sua vez, segurou delicadamente o rosto dela, mantendo o beijo cheio de carinho e intensidade ao mesmo tempo.

O mundo ao redor parecia ter desaparecido. Não havia mídia, não havia trabalho, não havia preocupações. Apenas os dois, naquele momento perfeito, selando o que já vinha crescendo entre eles há um tempo.

Após o beijo, Yuna e Bogum se sentiram mais conectados e apaixonados do que nunca. O beijo representou a entrega, a paixão e a confiança que eles sentem um pelo outro. No entanto, a alegria do momento logo deu lugar à preocupação com o futuro.

Yuna e Bogum começaram a fazer planos para o futuro. Eles decidiram que iriam se encontrar com mais frequência e que iriam se apoiar mutuamente em todos os momentos.

Yuna e Bogum voltaram, e Yuna voltou direto para Itália, o trabalho a aguardava e ela estaria bem ocupada nos próximos meses.

Os dias seguintes foram intensos para ambos. O retorno à rotina trouxe consigo a distância novamente, mas agora havia algo diferente entre eles: a certeza do que sentiam e a promessa silenciosa de que encontrariam uma maneira de fazer dar certo.

Yuna voltou direto para a Itália e mergulhou no trabalho. A obra da Ponte Vecchio em Florença estava prestes a começar, e ela precisava garantir que tudo estivesse alinhado. Além disso, a mídia ainda não havia esquecido os rumores envolvendo ela e Yuri Wong, o que significava que ela teria que lidar com especulações por mais um tempo.

Bogum, por sua vez, retomou seus compromissos na Coreia, equilibrando gravações, eventos e entrevistas. Ainda assim, ele sempre encontrava um tempo para ligar para Yuna, nem que fosse por alguns minutos antes de dormir.

Numa noite particularmente cansativa, Yuna recebeu uma ligação dele.

Yuna: Oi (ela atendeu, suspirando.)

Bogum: Você parece exausta (comentou, com um tom suave.)

Yuna: Porque eu estou (ela riu, fechando os olhos por um momento.) Mas ouvir sua voz melhora um pouco as coisas.

Bogum sorriu do outro lado da linha.

Bogum: Queria poder estar aí para te ajudar a relaxar.

Yuna: Eu também queria…

Bogum: eu… (ele hesitou por um momento) eu estou promovendo meu novo filme.

Yuna: que legal, isso é muito importante pra sua carreira.

Bogum: sim, mas… (ele hesitou novamente) é um filme que fiz com uma amiga.

Yuna: devo me preocupar?

Bogum: não, não, claro que não.

Yuna: então por que parece que está hesitando em me contar?

Bogum: é que aqui na Coreia está um comentário que… tivemos muita química como casal… e a rumores que estamos namorando.

Yuna: ei… não precisa hesitar em falar essas coisas comigo. Eu sei como é o seu trabalho. E eu não me preocupo com isso, está tudo bem.

Bogum: mesmo?

Yuna: mesmo, você continuou ao meu lado, quando há rumores que estou com Yuri Wong.

Bogum: é diferente, você não precisou postar fotos com ele para dar uma engajada.

Yuna riu.

Yuna: está tudo bem. Eu confio em você.

Bogum suspirou, aliviado.

Bogum: Obrigado, Yuna. Eu queria te contar antes de qualquer coisa porque… você é importante pra mim.

Yuna sorriu, sentindo o coração aquecer com aquelas palavras.

Yuna: Eu sei. E fico feliz que tenha me contado. Sei que rumores fazem parte da sua carreira, assim como fazem parte da minha. Não podemos evitar, mas podemos confiar um no outro.

Bogum: Você sempre sabe o que dizer.

Yuna: Eu sou engenheira, meu trabalho é resolver problemas.

Bogum riu.

Bogum: Então acho que sou um cara de sorte por ter alguém tão inteligente ao meu lado.

Yuna: E charmoso.

Bogum: Muito charmoso.

Os dois riram, sentindo que, apesar da distância, estavam mais conectados do que nunca.

Bogum: Vou deixar você descansar. Mas me avise quando puder tirar uma folga… porque eu vou dar um jeito de te encontrar.

Yuna: Eu aviso. Boa noite, Bogum.

Bogum: Boa noite, Yuna.

Assim que desligou, Yuna sorriu para o celular. O cansaço ainda estava ali, mas a sensação de ter Bogum ao seu lado, mesmo que de longe, tornava tudo mais leve.

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