Ok, ok… calma… Isso é um sonho. Só pode ser um sonho.
Ela respirou fundo, tentando conter o pânico. Mas o peso do vestido, o brilho do espelho e até o toque da madeira entalhada da penteadeira eram reais demais.
Antes que pudesse processar mais, a dama de companhia bateu os pés impaciente.
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Dama de Companhia: Lady Evelyn, o Duque Cedric odeia ser feito de tolo. Se não descer agora, ele…
Lady Evelyn
Ele o quê?
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Dama de Companhia: …ele pode decidir puni-la.
Lady Evelyn
* O estômago revirou. *
Pensando (Eu escrevi essa história! Sei exatamente o que Cedric faz com quem o irritava.)
Lady Evelyn
Ok, sem mortes logo de cara. Melhor não provocar.
Ela ajeitou a saia volumosa e seguiu a criada pelo enorme corredor de pedra, com tapeçarias e candelabros iluminando o caminho. O castelo era tão majestoso quanto ela havia descrito no livro—mas isso não ajudava em nada a acalmar seu coração.
Quando chegou ao salão principal, a figura imponente de Cedric D’Argent a aguardava. Alto, elegante e perigoso, ele repousava na cadeira de veludo como um rei sem coroa, tamborilando os dedos na mesa de madeira escura.
Lorde Cedric D'Argent
Finalmente. Pensei que tivesse esquecido seu lugar, Evelyn.
Lady Evelyn
(Ai, ai, ai… e agora?)
Lorde Cedric D'Argent
* Ergueu uma taça de vinho, os olhos verdes analisando-a com desdém. *
Lorde Cedric D'Argent
Você sabe o motivo de estar aqui?
Lady Evelyn
(Eu deveria saber? Droga, não lembro dessa cena no livro!)
Ela tentou improvisar.
Lady Evelyn
…Claro que sei! Mas gostaria de ouvir da sua boca. Assim… para confirmar.
Lorde Cedric D'Argent
*riu baixo, sem humor.*
Sempre jogando seus truques baratos. Que patético. Muito bem, eu direi. Você está noiva do Príncipe Dante Draconis.
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