Hatice observava o palácio com um coração pesado. As intrigas e traições que a cercavam haviam chegado a um ponto crítico, e a gravidez de Ayla apenas aumentava a pressão sobre ela. Determinada a garantir o futuro de Aylin, Hatice tomou uma decisão drástica: tentar fazer com que Ayla perdesse o bebê.
No entanto, Hatice sabia que qualquer plano desse tipo seria extremamente arriscado. Ela procurou Nura, sua aliada de confiança, para discutir a ideia.
"Nura, preciso de sua ajuda," disse Hatice, sua voz carregada de urgência. "Ayla não pode dar à luz um herdeiro homem. Isso colocaria Aylin em uma posição ainda mais vulnerável."
Nura, apesar de sua lealdade a Hatice, ficou alarmada. "Lady Hatice, isso é extremamente perigoso. Se alguém descobrir, você será acusada de traição."
"Eu sei," respondeu Hatice, com determinação. "Mas não tenho outra escolha. Preciso proteger Aylin a qualquer custo."
Infelizmente, os planos de Hatice foram descobertos. Uma das concubinas, que desconfiava das intenções de Hatice, ouviu a conversa e correu para contar a Ayla. Ayla, furiosa e sentindo-se traída, levou a questão diretamente ao sultão.
"Meu senhor," disse Ayla, com lágrimas nos olhos. "Descobri que Hatice planeja fazer com que eu perca nosso bebê. Ela está disposta a cometer traição para garantir o futuro de sua filha."
O sultão, horrorizado com a revelação, ordenou que Hatice fosse trazida à sua presença imediatamente. Hatice foi levada diante do sultão, suas mãos tremendo de medo.
"Hatice," disse o sultão, sua voz carregada de desapontamento. "É verdade o que dizem? Você planejou fazer mal a Ayla e ao nosso filho?"
Hatice, sabendo que não tinha como negar, manteve a cabeça erguida. "Meu senhor, eu fiz o que achei necessário para proteger Aylin. Sei que cometi um erro, mas foi por amor à nossa filha."
O sultão, sentindo-se traído e furioso, não viu outra escolha a não ser condenar Hatice por traição. A decisão foi tomada rapidamente, e Hatice foi sentenciada à morte por enforcamento.
Antes de cumprir sua pena, Hatice foi autorizada a se despedir de Aylin. A pequena, agora com seis anos, não compreendia completamente a gravidade da situação, mas sentia a tristeza profunda em sua mãe.
"Minha querida Aylin," disse Hatice, segurando a filha em seus braços. "Quero que você seja forte. Lembre-se de tudo o que eu te ensinei. Um dia, você vai entender tudo isso, e eu preciso que você seja corajosa."
Aylin, com lágrimas nos olhos, abraçou sua mãe. "Eu prometo, mãe. Eu serei forte."
Hatice sorriu, embora seu coração estivesse pesado. "E um dia, você deve vingar minha morte. Aqueles que causaram isso devem pagar. Prometa-me, Aylin."
"Eu prometo, mãe," respondeu Aylin, com determinação.
No dia da execução, o palácio estava silencioso. Todos aguardavam com uma mistura de tristeza e curiosidade. Hatice, com a cabeça erguida, foi levada ao local da execução. O sultão, com o coração pesado, observava de longe.
Hatice, com dignidade, subiu ao cadafalso. Antes de a corda ser colocada em seu pescoço, ela olhou para a multidão uma última vez, buscando o rosto de Aylin. Encontrando os olhos da filha, ela sorriu levemente, transmitindo uma última mensagem de força.
A corda foi colocada, e a ordem foi dada. Hatice foi enforcada, seu corpo balançando suavemente ao vento. O palácio, que antes vibrava de vida, agora estava mergulhado em um silêncio fúnebre.
Após a execução de Hatice, o clima no palácio mudou drasticamente. Aylin, agora órfã de mãe, enfrentava um futuro incerto e cheio de desafios. A sultana-mãe, percebendo a vulnerabilidade da neta, tomou a decisão de cuidar pessoalmente de Aylin e orientá-la.
"Aylin, minha querida," disse a sultana-mãe, envolvendo a menina em um abraço caloroso. "Eu prometo cuidar de você e garantir que você cresça forte e determinada, como sua mãe queria."
Aylin, embora triste e confusa, sentia a força da avó e decidiu honrar a promessa que fizera a Hatice. Ela se dedicou aos estudos e ao treinamento, determinada a se tornar uma líder digna de seu nome e a vingar a morte de sua mãe.
O sultão, por sua vez, tentava equilibrar suas emoções. A tristeza pela perda de Hatice misturava-se à alegria pela expectativa do nascimento do filho que Ayla carregava. Ele sabia que os desafios políticos e pessoais seriam muitos, mas estava determinado a enfrentar cada um deles.
Apesar da execução de Hatice, as intrigas no palácio não cessaram. Ayla, agora ainda mais poderosa, usava sua influência para fortalecer sua posição e garantir que seu filho fosse reconhecido como o legítimo herdeiro. No entanto, ela não subestimava Aylin e a determinação da menina.
"Precisamos manter nossos olhos abertos," disse Ayla a suas aliadas. "Aylin é jovem, mas é inteligente e determinada. Não podemos permitir que ela ameace nosso futuro."
Enquanto isso, Nura, sentindo-se culpada pela traição que levou à execução de Hatice, decidiu se tornar a guardiã secreta de Aylin. Ela jurou protegê-la e ajudá-la a alcançar a vingança prometida.
"Aylin, eu falhei com sua mãe," disse Nura em um momento de sinceridade. "Mas prometo a você, não falharei novamente. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ajudá-la a cumprir sua promessa."
Aylin, com lágrimas nos olhos, sentiu a sinceridade de Nura e aceitou seu apoio. Sabia que precisaria de aliados fortes para enfrentar os desafios à frente e garantir que a memória de sua mãe não fosse esquecida.
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Atualizado até capítulo 24
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