Capítulo 5
Jantamos e converso bastante com Mart. Ele mencionou que, quando eu me tornar Dom, nossa relação também mudará. Eu já sabia disso, mas precisava experimentar por mim mesmo.
Um sub só pode conversar com outro sub, a menos que esteja sem coleira. Nesse caso, ele pode escolher o Dom ou Domme que quiser e pedir a um Dom autorização para falar com essa pessoa, para não quebrar a hierarquia. Se estiver com coleira, um sub não pode falar com um Dom sem o consentimento de seu próprio Dom.
Li as cartilhas que Emma me disponibilizou e percebi que nunca segui à risca os mandamentos do BDSM. Aliás, nem ela seguiu completamente, já que uma das regras é não beber durante a cena... e ela quebrou essa. Mas só essa. Eu, por outro lado, quebrei várias. Que vergonha.
No final da noite, nos despedimos e eles foram embora.
Me sento ao lado de Emma e a beijo. Ela me interroga sobre o que eu teria feito se eles não tivessem chegado. Apenas sorri, lembrando dela na cama.
— Vamos experimentar o quanto de básico você já fez... — murmurei, beijando sua orelha. Seus mamilos enrijeceram e eu os aperto.
— Não... ainda sou sua Domme. Nada de dor para mim, senão já sabe... — Ela se levantou.
— Vou me deitar, estou cansada. Ah, estou providenciando uma sala para você ao lado da minha, assim você pode trabalhar sem barulho e com mais conforto.
Beijo sua mão, me levanto e vou até a cozinha tomar um pouco de água. Encosto-me no balcão, ouvindo um barulho na porta. Olho em sua direção, mas não vi ninguém. Foi então que lembrei que estava com a coleira de couro. Se Carolina me visse assim, não entenderia o que eu tenho no pescoço. Deixo o copo na pia e vou para o quarto. Emma já dormiu. Tiro minha roupa e me deito atrás dela, murmurando em seu ouvido:
— Hoje você escapou, mas na próxima vez não deixo você sair sem me dar o que eu quero.
Ela resmungou algo sem nexo, embriagada de sono. Ainda excitado, vou ao banheiro e me masturbo, lembrando dela e de seu corpo delicioso.
Na manhã seguinte, beijo Emma na saída para o trabalho.
— Logo nos encontramos. — Dou um tapinha em seu bumbum.
Vou para a cozinha. Carolina e Sra. Tiz conversam. Carolina desvia o olhar quando a cumprimento. Essa menina era estranha.
— Quantos anos você tem mesmo, Carolina?
— Vinte e três, Sr. Andrew.
Assenti e saio para o trabalho. É bom não precisar me preocupar com tudo em casa. Chego à empresa e vou direto para o setor de TI, decidido a aprender o máximo possível.
No meio da tarde, levo alguns documentos para Emma assinar e os entrego a Geórgia. Olho para minha nova sala. A vista da janela é tão boa quanto a de Emma, com um parque e um lago cercado por árvores. A mesa do escritório é de vidro, com três monitores sobre ela. Duas poltronas Barcelona brancas ficam próximas à mesa para receber clientes. O cheiro da sala lembra a baunilha, e o tapete tem um design abstrato. Gostei do que ela fez no espaço.
Sentei-me e pego o roteiro que Emma havia me passado sobre tudo o que eu precisaria saber para conversar com Roger. Li e gravo as informações. Depois, abro um livro sobre programação de software.
Às 17h, saio e vou para casa, me organizo para chegar antes de Emma e estar pronto para servi-la.
Carolina estava na cozinha quando cheguei. Ela me olhou com um ar confuso.
— Está acontecendo alguma coisa, Carolina? Você está bem? Fiz algo errado?
— Não, Sr. Andrew. Está tudo em ordem.
Não acredito nela. Algo está errado. Será que ela viu minha coleira?
— Aqui em casa, você vai ver algumas coisas um pouco diferentes. Só peço discrição, Carolina.
— Sim, Sr. — Ela mantinha os olhos baixos, algo que me lembrava submissão.
— Você mora com seus pais?
— Sim. Meu pai é policial, minha mãe é dona de casa.
— E por que decidiu trabalhar a semana toda fora? Você fez faculdade ou pensa em fazer?
— Meu pai é muito bravo. Estou cansada de morar com eles. Minha mãe é normal, não muito carinhosa, mas normal. Para mim, ele é um perverso, bebe, briga, bate... Faculdade eu não quero. Só quero trabalhar, ganhar dinheiro e juntar o suficiente para ter minha própria vida.
Ela continuava evitando contato visual. Interessante.
Vou para o quarto, tomo banho e me preparo para a chegada de Emma. Normalmente, ela chega às 19h.
Sento-me no sofá com um livro sobre computação e era digital. Ouço a chave na porta e me levanto para recebê-la. Pego sua bolsa e a levo até a sala, servindo-lhe uma taça de vinho.
— Muito obrigada. Adorei o escritório. — Ela me beija.
— Está com fome? Pergunto...
— Não, sem fome. Na verdade, estou preocupada com Roger...
— Pode deixar comigo, ele não falará com você diretamente.
— Tenho vontade de bater nele..., mas não de forma gostosa.
— Que bom. Já estava ficando com ciúmes. Você só pode me punir.
— Falando nisso, como está a leitura sobre dominação que te passei?
— Já li quase tudo, mas quero conversar com Claude sobre isso. Você pode falar com ele?
— Sim, marco um encontro. Mas provavelmente será só vocês dois. Já vou explicar que você será um switcher.
— Ok, mas não marque para sábado. Quero uma cena nesse dia. Estou com saudades do quarto dourado.
Emma sorri e me abraça. Pego-a no colo e a levo para o quarto, jogando-a na cama e subindo sobre ela.
— Você vai me contar se já fez sexo anal ou não...
Ela olhou para o teto e sorri marota.
— Já fiz, mas não foi bom. Acho que o parceiro não sabia o que fazia. Mas já usei um plug... conta?
— Bem, sem quebrar a hierarquia, posso pedir para você colocar um no sábado?
— Você quer me dominar?
— Você aceitaria?
— Acho que não. Sempre fui a dominadora. Não me imagino submissa. Podemos tentar dominação online. Quer criar um perfil?
— Seria um bom começo. Mas quero o sexo anal no sábado. — Aperto sua nádega.
Criamos o perfil. Ficou ótimo. Agora era só esperar.
Nos deitamos de conchinha. Emma riu.
— O que foi?
— Um dia, eu e a Sra. Tiz falamos sobre dormir de conchinha. Eu disse que até pagaria para isso. Mas tenho que admitir, é delicioso... ainda mais sendo com você.
Mordo seu pescoço e sua orelha.
— Te amo, Emma.
— Eu também te amo.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 23
Comments