Sombra de Sangue:O Caçador e o Rei
A Infiltração no Castelo
Abraham caminhava pelas ruas em direção à floresta, mentalmente se xingando por ter se metido em tal enrascada.
Abraham
💭Como eu fui tão idiota?💭
A frustração crescendo a cada passo.
Abraham
💭Eu sou apenas um garoto de 17 anos tentando desafiar o Conde Drácula💭
Abraham
💭O que eu estou fazendo?💭
Os sons da floresta ao redor dele eram inquietantes. Ele ouviu barulhos estranhos, mas, determinado a não se deixar intimidar, ignorou-os e seguiu em frente. A adrenalina o impulsionava, e ele precisava chegar ao castelo.
Abraham
💭Se eu falhar, nunca poderei mostrar meu valor...💭
Após um tempo caminhando, o imponente castelo se ergueu diante dele, suas torres altas cortando o céu noturno como garras de um monstro. Guardas patrulhavam a entrada, e a ideia de entrar pelo portão principal era absurda. Abraham respirou fundo, avaliando suas opções.
Com astúcia, ele se dirigiu a uma árvore próxima, escalando-a com agilidade. Concentrando seu peso na ponta de um galho, ele se lançou para cima, caindo em cima de um telhado do castelo. Por sorte, não havia vampiros à vista. Ele aproveitou para deslizar rapidamente por uma janela aberta, entrando em um corredor longo e luxuoso.
O corredor era adornado com tapeçarias vermelhas e candelabros de cristal que refletiam a luz da lua, criando um espetáculo de sombras e brilhos. Abraham ficou maravilhado com a opulência, mas logo sentiu um arrepio na nuca.
Abraham
💭Foi fácil demais💭
Avançando cautelosamente, ele escutou passos ecoando ao longe. O coração dele disparou, e ele se escondeu atrás de uma coluna, observando os movimentos à distância. Logo, os sons de risadas e música começaram a se intensificar, como se uma festa estivesse acontecendo em algum lugar próximo.
Por um momento, ele hesitou.
Abraham
💭Devo ignorar essa festa?💭
Ao olhar mais de perto, viu que havia algumas pessoas em uma gaiola, aprisionadas e claramente em sofrimento. O impulso de ajudá-las surgiu, mas Abraham sabia que não poderia agir impulsivamente. Ele precisava de um plano.
Enquanto se movimentava, seus olhos caíram sobre um vampiro bêbado, afastando-se dos outros em um estado de embriaguez. O impulso de agir tomou conta dele. Com um movimento rápido e silencioso, Abraham puxou o vampiro para um canto escuro, nocauteando-o com um golpe preciso.
Ele rapidamente despediu-se do corpo, trocando suas roupas pelas do vampiro. Quando se vestiu, Abraham se olhou no reflexo de uma superfície metálica e fez uma careta. As roupas eram largas e desconfortáveis, mas era melhor do que ser reconhecido. Ele deixou suas próprias roupas em um lugar onde poderia encontrá-las mais tarde, ao sair.
Com o visual de vampiro agora em mãos, Abraham se sentiu mais confiante. Ele começou a caminhar pelo corredor, tentando imitar a postura arrogante que havia visto nos vampiros. As risadas e a música se tornaram mais altas à medida que ele se aproximava da festa.
Ao entrar no salão, Abraham foi recebido por uma cena de excessos: vampiros dançavam e se divertiam, enquanto outros se serviam de taças repletas de um líquido vermelho e espesso. O cheiro do sangue estava no ar, e ele sentiu um arrepio percorrer sua espinha.
Abraham
💭Eu realmente estou aqui💭
Ele se misturou à multidão, mantendo a cabeça baixa e tentando não chamar a atenção. Ouvindo as conversas ao redor, percebeu que muitos falavam sobre o jovem que havia desafiado seus irmãos no bar.
Lá no fundo do salão, as gaiolas com prisioneiros estavam visíveis. Ele percebeu que precisava de um plano mais elaborado para resgatar aquelas pessoas. Com um golpe de sorte, viu um vampiro que parecia um pouco mais influente. Ele estava cercado por outros vampiros e exibia uma aura de autoridade.
Quando Abraham estava no meio da festa, cercado por vampiros que o observavam com olhares sedutores. Ele tentava manter-se discreto, mas a sua aparência atraente não passava despercebida. Os vampiros sussurravam entre si, admirando o jovem de cabelos castanhos e olhos verdes que parecia brilhar sob a luz das velas.
— Olha só aquele garoto — comentou um vampiro, com um sorriso malicioso. — Ele é bem bonito, não acha?
— Sim, definitivamente é um prato cheio — respondeu outro, com um brilho de desejo nos olhos. — Deveríamos nos apresentar.
Abraham sentiu o calor subir à sua face. Ele tentava agir de maneira indiferente, mas a intenção de cortejo era inegável. Os vampiros começaram a se mover em sua direção, e ele percebeu que sua tentativa de não chamar a atenção havia falhado miseravelmente. Os olhares ardentes e os sussurros atrevidos o deixaram nervoso, e ele começou a procurar uma saída.
(O que estão achando até agora?)
Enquanto isso, Drácula estava em uma aparência mais jovem, vestido com um traje elegante que exibia sua figura imponente. Ele não queria lidar com mulheres naquele dia; a política e as intrigas da corte o cansavam. Mas, de repente, seus olhos se fixaram em algo que chamou sua atenção. Um homem de cabelos castanhos e olhos verdes se destacava na multidão, e a intensidade de seu olhar não passou despercebida.
Drácula observou como os vampiros se aglomeravam em torno de Abraham, tentando atraí-lo com suas palavras e gestos. A irritação cresceu dentro dele.
Vlad
(Aquele humano é meu)
Com um movimento ágil, Drácula se aproximou de Abraham, puxando-o gentilmente para longe do grupo de vampiros. O jovem ficou confuso, sem entender o que estava acontecendo. O Conde se inclinou em direção a ele, seu olhar fixo e penetrante.
Vlad
Você dançaria comigo?
Sua voz suave como seda, mas carregada de autoridade.
Abraham hesitou, ainda atordoado com a repentina atenção. Mas, percebendo que dançar poderia ser uma boa forma de escapar dos olhares insaciáveis dos outros vampiros, ele assentiu. O Conde guiou-o para o centro do salão, onde a música suave começou a tocar, envolvendo-os em uma atmosfera mágica.
Enquanto dançavam, Abraham sentiu a firmeza das mãos de Drácula em sua cintura, e a proximidade deles enviou um arrepio por sua espinha. O Conde era um dançarino habilidoso, e Abraham se viu sendo conduzido com graça e precisão. Os dois giravam e se moviam, e Abraham começou a relaxar, perdendo-se na dança e na presença hipnotizante do vampiro.
Seu olhar fixo nos olhos de Abraham.
Drácula repetiu, como se estivesse saboreando a sonoridade do nome.
Vlad
Combina perfeitamente com você
Abraham sentiu seu coração acelerar. Havia algo de fascinante e assustador na maneira como Drácula o olhava, como se pudesse ver através de sua alma. Ele estava tão absorto no momento que não percebeu que haviam se afastado do salão principal.
Quando finalmente pararam, Abraham se deu conta de que estavam em uma sala mais íntima, decorada com tapeçarias luxuosas e candelabros de cristal que iluminavam o ambiente com uma luz suave. Drácula se inclinou para mais perto, prendendo Abraham em sua presença.
Vlad
Você é diferente dos outros
Vlad
Há um brilho em você que me intriga
Abraham sentiu a tensão aumentar. Ele estava prestes a responder, mas antes que pudesse articular uma palavra, Drácula se aproximou ainda mais, quase a ponto de beijá-lo. O mundo ao redor parecia desaparecer, e tudo que existia era aquele momento carregado de eletricidade.
Mas então, uma explosão ensurdecedora ecoou pelo salão de festas, interrompendo a tensão carregada entre os dois. Drácula se afastou instantaneamente, seus olhos se tornando frios e concentrados.
Vlad
Fique aqui em segurança
Vlad
Eu vou ver o que está acontecendo
Antes que Abraham pudesse protestar, Drácula desapareceu em um movimento rápido, deixando-o sozinho na sala. O jovem estava atordoado, seu coração ainda acelerado pela dança e pela proximidade do Conde. Ele olhou ao redor, a confusão tomando conta de sua mente. Era o que ele queria? Estar no centro da atenção de um ser tão poderoso e perigoso?
Enquanto os ecos da explosão ainda reverberavam nas paredes, Abraham sabia que precisava agir. A oportunidade de ajudar aqueles que estavam nas gaiolas ainda estava à sua frente, e ele não poderia deixar que o medo o dominasse. Ele respirou fundo, preparou-se para seguir o caminho de Drácula, mas antes, precisava decidir se realmente estava disposto a enfrentar as consequências de seus atos.
Com a determinação renovada, Abraham se moveu para a porta, pronto para seguir os passos do Conde e descobrir o que estava acontecendo. A festa poderia ter sido interrompida, mas a verdadeira batalha estava apenas começando.
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