(Dante Miller)

(Maddy Johnson)

Depois de uma longa jornada na cadeia parece que alguém aqui não aprendeu a lição não é mesmo?
Dante ainda se encontra revoltado pelas leis inúteis que o seu país oferece.
Cabelos castanhos e uma impressão de bom moço não foram o suficiente para mantê-lo longe de problemas.
Sua família não o conhecem mais...
Que família?
Ele sempre se fez essa pergunta.
Criado por uma mulher pobre,que morreu quando ele tinha apenas dez anos.
Seu padrasto era um pobre coitado, tinha como amor um litro de cachaça embaixo da mesa. Seu hobbie era bater em Dante todas as noites.Dava até pra ver o sangue escorrendo da sua boca e deixando marcas naquele chão.
O menino cheio de sonhos,sonhava um dia ter uma vida melhor, só matar o seu padrasto não era lá essas coisas,mas ele também pensava nessa possibilidade.Pena que o veneno de rato no arroz não fez muito efeito.
As cinco da manhã,tudo recomeçava de novo.
Dante acordava cansado da noite passada,cansado de trabalhar, apanhar e servir de saco de pancada.
- Que lindo dia, não é mesmo Jorge? (disse Dante para o seu padrasto)
- Vamos pescar e deixe de bobeiras seu moleque. (disse Jorge)
Entrou em um pequeno barco,cheio de buracos,mas buracos tão pequenos que não entrava tanta água.
O lugar era escuro,coberto por neblina e barulho de corvos.Parecia que estávamos sendo observados pelo animal mais feroz já existente.
Apenas os pensamentos do menino que estavam gritante.
O velho resmungava todas as vezes que ele se mexia, não dava nem para colocar uma minhoca no anzol.
Como que algum peixe seria tão burro pra cair em tamanha idiotice? Não sabemos,mas um peixe caiu.
Dante se levantou lentamente,enquanto o velho tentava puxar o peixe para cima.
Era possível sentir a adrenalina correndo nas veias daquele menino,aquela sensação dever comprido,que ainda não estava comprido.
O velho sentiu duas mãos nas suas costas,um leve empurrão,parece que alguém iria virar isca dessa vez. Sem reação,nem movimentos,caiu na água.
Ele se batia,tentando entrar no barco novamente,mas Dante apenas o olhava e soltava uma risada,os olhos até brigavam vendo aquela cena.
Gritos, xingamentos, ameaças e perdão não adiantaram.O padrasto precisava de mais convencimento.
Será que valia a pena salvar esse bêbado nojento?
Se perguntava.
O velho parou de se debater.
dava pra ver sua carne ficando branca,acho que ele nunca sentiu tanto frio.
As mãos enrugadas...
as mãos que o pobre menino sentia todas as noites o tocando.
O último suspiro de alguém que não sabia nadar.
Finalmente...
O corpo começou a flutuar no lago.
- Estou livre!
- Ainda bem que estou livre!
- Então essa é a sensação da liberdade?
-Porque não estou triste?
- eu sou mal? Eu sou mal?
-Eu matei aquele velho?
-será que vou ser preso? (disse Dante)
Logo em seguida puxou a corda que estava amarrada na ponta do barco e saiu,saiu feliz...
Acho que o velho não tava muito feliz né?
Mais uma vez Dante estava sozinho,com uma expectativa melhor do mundo...
Pena que aquele corpo não era o único a se decompor naquele local.
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Atualizado até capítulo 21
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