Destino

Destino

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...Ayla...

De todas as formas que eu já vivi, essa é melhor até agora, sozinha, tenho vivido assim por um longo período de tempo, sem mãe, sem um pai de verdade, sem família, me dediquei a estudar e ser uma pessoa melhor, depois de tanto ouvir:

" Pobre garota logo, logo vira uma prostituta"

" essa o futuro já é certo, vai se acabar no vício como o pai"

Ouvi isso por um bom período de tempo, a quem diga que antes do acidente que matou minha mãe, meu pai era um esposo dedicado, um bancário bem sucedido, mas que caiu no vício de jogos e drogas quando ela morreu, morta por um tiro de uma bala perdida, com 39 semanas de gestação, mesmo morta foi levada para um parto cesárea de emergência me salvou, mas as vezes eu me pergunto, porque não me deixaram morrer com ela, a única pessoa que realmente me amou.

Minha avó, mãe do meu pai, tentou me criar da melhor forma que conseguiu, porém não tinha amor, somente a obrigação, sem mais opções da família ela foi a única que aceitou me criar, até ela falecer quando tinha 10 anos, de um câncer que ela nem imaginou que carregava, descobriu quando já estava em metástase não tendo o que fazer

"Garota infeliz, má sorte anda com você, depois que te peguei para criar minha vida só foi para trás, minha doença é sua culpa"

Ela realmente acreditava que eu causava azar, e que todas as coisas ruins da vida da família são minhas culpas, as minhas tias também achavam isso, e a consequência foi que não me aceitaram em suas casas, então com 10 anos a única alternativa que tive foi morar com meu pai, ele já afundado na bebida e jogos, passava mais tempo fora de casa.

Com 10 anos fui obrigada a ser dona de casa e estudante, comia o que tinha, lavava minha própria roupa, ia pra escola sem faltar um dia, não tenho muitas lembranças boas da minha infância, e da minha adolescência nem se fale.

Hoje, já com 25 anos, sou uma mulher formada em ciências sociais, sou assistente social, trabalho para o estado, trabalho em um orfanato chamado "Sunshine", mas também faço trabalho externo, como visitas de crianças adotadas, vou até a maternidades, delegacia, hospitais, buscar crianças para encaminhar ate o abrigo, visito casas que recebem denuncia e etc, basicamente eu faço pelas crianças o que nunca fizeram por mim, e isso me traz um certo conforto, por saber que elas tem a chance de ter uma vida melhor que eu tive.

Hoje é uma sexta-feira à tarde, e eu estava cansada, o dia foi corrido durante a manhã fiz algumas visitas e a tarde eu dediquei as crianças que estavam com energia total, apesar de ser só a assistente social, eu fico bastante tempo com elas no orfanato, eu amava aquele lugar, e quando podia ajudar as "tias" eu ajudava.

Estou em uma missão especial agora, preciso passar em uma casa de material de construção para comprar uma corda, as crianças querem um balanço em uma das árvores e adivinhem a Tia Ayla vai dar um jeito.

Assim que entro ouço o sininho da porta e olho ao redor o lugar está vazio, só tinha eu e uma moça bem bonita por sinal, de costas eu nem tinha percebido que ela está gestante, aparentemente tem seus 30 anos, de cabelos curtos em um loiro que parecia natural, assim que cheguei ela sorriu pra mim, ela parecia ser muito simpática, o atendente mais parece um adolescente, estava com fones de ouvido, mal ligou para quando entrei, certeza que a loja é dos seus pais, nem se importou em vir nos atender.

Olhei algumas opções de corda e escolho uma para levar, fui até o balcão para passar e então escuto o sino da porta tocar, quando olhei vejo um homem com capuz e máscara, muito suspeito, ele estava com a mão no bolso do moletom e quando tira eu vejo ele sacar uma arma e apontar para moça grávida que estava escolhendo, algumas cores de tinta, e nem notou o risco que estava correndo, quando eu vi que ele apontou a arma para ela, não pensei duas vezes, peguei uma pá de cavar com uma etiqueta escrito "Promoção" e acertei na nuca dele, provavelmente doeu mas não foi o suficiente para ele cair, e comecei uma briga corporal com ele para tentar desarmar.

Ayla : Corre, Corre (grito para moça que não pensou duas vezes e correu)

O menino que estava ali se abaixou e acredito que tenha um botão do pânico, algumas lojas tem, um alarme começou a tocar, o que distraiu o homem armado, eu coloco a mão na arma mas ele tenta a todo custo tirar de mim ele atirou, uma, duas, três vezes que ainda bem que não acertou ninguém, consigo derrubar sua arma e a chuto para longe de nós dois, e então o acerto com um soco, porém ele pegou a mesma pá que eu o acertei e acertou minha cabeça me fazendo cair no chão com a testa sangrando.

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Comments

Pati 🎀

Pati 🎀

vamos pra uma história 🤭, anisosa por mais capítulos 🥰

2025-02-09

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