Bruno
O meu dia estava tranquilo, acordei no horário certo, tomei banho, me vesti, tomei café na companhia dos meus pais, conversamos um pouco e assim que a babá da Isa chegou, cada um seguiu para o trabalho. Na empresa tudo ocorre sem muitos imprevistos ou algum acontecimento que afetasse o meu desempenho.
No fim do expediente fui para casa onde fiz um lanche e comi ouvindo a minha irmãzinha falar que quer assistir um filme novo no cinema, o que me fez prometer levá-la no proximo fim de semana. Infelizmente precisei subir para o meu quarto onde, tomei banho, me arrumei, peguei a chave do carro, documento, dei um beijo na minha mãe e na Isa e fui para a universidade.
No curso tudo normal, as aulas foram dadas e prestei atenção em tudo o que os professores falavam em sala de aula até que o momento de ir para casa chegou e poderia, em fim descansar. Quando estava quase entrando no meu carro um dos rapazes me chamou para ir a um karaokê, confesso que não estava afim, mas acabei aceitando.
Esse tipo de ambiente não chama a minha atenção sou tão acostumado com a minha família que não me adapto nesses tipos de lugares. Na minha mesa o pessoal se divertia eu até ri algumas vezes quando faziam alguma piada, mas nada que fosse me prender naquele lugar.
Já fazia um tempo que estava ali, havia comido algumas coisas que pedimos, mas não quis beber. A verdade é que sou um pouco tímido quando se refere à estar com muitas pessoas, não é que não goste de ter amizades, mas não sou como as outras pessoas que tem facilidade de interagir e se expressar.
Por estar sempre em família e ter eles como a minha base e também o meu porto seguro, acabei deixando de lado as outras pessoas. Para mim sempre ter quem amo ao meu lado sempre foi mais importante do que conhecer novas pessoas e fazer amizades.
Fazia um bom tempo que estava ali e percebi que já era hora de ir para casa, mas quando me despedi do pessoal um dos rapazes queria uma bebida e me ofereci para buscar. A minha intensão era pegar a bebida e aproveitar para ir embora.
Tudo estava acontecendo como planejei, mas uma garota desatenta esbarrou em mim, por sorte ela fico encharcada e eu não me molhei, mas o copo em minhas mãos se despedaçou no chão, o que me deixou com raiva, não dela, mas da situação em que me envolvi porque as pessoas ao nosso redor pararam o que estavam fazendo e olharam para nós. Não sei como aquilo aconteceu, foi algo rápido e sem pensar como resolver aquela situação constrangedora com todos nos olhando disse para ela prestar atenção.
Nunca estive em uma situação assim, por isso não soube como reagir, odeio chamar atenção, gosto de discrição e anônimato. Para a minha surpresa aquela garota me xingou na frente de todos e senti uma raiva que me fez por um momento ficar sem reação até que indignado fui atrás dela.
● Escuta aqui garota, do que você me xingou?
* Imbecil, porque, por acaso vai me bater?
● Bem que você merece uns tapas, mas nunca machucaria uma mulher.
* Então me larga porque está me machucando.
Não havia percebido que estava segurando o seu braço, o que me deixou envergonhado. Não sou esses tipos de homem que maltrata uma mulher, por isso me desculpei na mesma hora com ela.
● Desculpa, não foi a minha intenção, na verdade nem sei porque vim atrás de você, sinto muito por isso.
* Tudo bem, admito que não prestei atenção por onde andava, então lhe devo desculpas também.
A verdade é que estava fugindo dos meus colegas de curso e acabamos nos esbarrando.
● E porque estava fugindo?
* É uma longa história que prefiro não contar, mas já que resolvemos as coisas preciso ir agora.
Ela simplesmente me deixou ali parado tentando entender o que havia acontecido. O que fiz foi ir para casa .
Agora estou aqui deitado na minha cama com essa garota no pensamento tentando entender o que foi aquilo que aconteceu. Como perdi a cabeça por causa dela, nunca fiquei assim.
Sarah
Finalmente hoje parece estar dando tudo certo, acordei no horário, tomei o meu delicioso café, prestei atenção em cada passo que dei para evitar futuros aborrecimentos e agora estou no ponto esperando o ônibus chegar. Ainda não esqueci o que aquele motorista idiota fez, antes de embarcar quero ao menos xinga-lo uma única vez para virar essa página.
Como todos os dias o ônibus vem no horário certo, entrei, paguei a minha passagem, me enchi de coragem e falei.
* Você é um imbecil, por sua causa quase cheguei atrasada no meu emprego.
O idiota nem respondeu, mas percebi os olhares dos outros passageiros, eles não estavam com uma cara agradável olhando para mim. Após esse ocorrido finalmente me senti melhor e deixei o dia conturbado de ontem para trás.
Durante todo o dia tudo ocorreu tranquilamente, nenhum ocorrido afetou o meu humor e pude enfim estar em paz. No final do meu expediente fui para a lanchonete do cursinho onde devolvi aquela blusa ridícula e fiz um lanche.
Parecia que tudo estava perfeito, a minha aula foi muito boa e produtiva, consegui lembrar matérias que já havia esquecido. Quando chegou o fim da aula me convidaram novamente para ir aquele karaokê e rapidamente recusei em voltar aquele lugar.
Quando lembro da noite passado tudo o que desejo é chegar em casa o mais rápido possível e em paz. Esse tipo de lugar não é o que gosto se frequento as vezes é por não saber dizer não aos outros, mas isso tem que mudar, chega de querer agradar as pessoas e ser alguém sem posicionamento.
No caminho de volta para casa nada fora do comum aconteceu e pude chegar em casa segura. Já na minha cama li um pouco do meu livro até que fui vencida pelo sono.
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Atualizado até capítulo 53
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