Obssessão Silenciosa
A noite fria e silenciosa de Seul envolvia as ruas desertas enquanto Jay Park corria apressado, seu ombro ferido sangrando lentamente. Ele podia ouvir o som dos passos pesados de um homem atrás de si, incansável, sem querer perder a presa. A dor do ferimento era forte, mas ele não podia parar. Sabia que se fosse capturado, as consequências seriam fatais.
Com a mão pressionando a ferida, Jay olhou ao redor, procurando por uma saída, uma solução. Foi quando seu olhar caiu sobre ela. Lá, caminhando tranquilamente pela rua, com a luz suave das lâmpadas iluminando seu rosto, estava uma mulher. Ele a reconheceu instantaneamente. Era Sn, a enfermeira do hospital onde ele havia estado algumas vezes, sem saber o quanto ela era importante para ele naquele momento.
A situação estava fora de controle, e em um impulso desesperado, Jay puxou Sn para si e a beijou. Sem pensar. A dor no ombro, o perigo iminente… tudo parecia desaparecer enquanto ele sentia a suavidade de seus lábios. Ele não sabia o que o havia motivado, mas naquele instante, nada mais importava.
"Você está ficando louco?" Sn gritou, afastando-se dele bruscamente. O tapa que ela lhe deu na bochecha fez com que ele saísse do transe. Jay a olhou, ainda respirando com dificuldade, tentando entender a situação. Mas antes que pudesse dizer algo, seus olhos se voltaram para o homem atrás dele. O desconhecido observava, parado, mas não se aproximava. Jay, sem pensar muito, decidiu agir novamente. Puxou Sn para si e, com um movimento rápido, a beijou de novo, marcando território, como se aquilo fosse a única forma de controlá-la.
A tensão no ar era palpável. O homem observava, ainda em silêncio, mas finalmente decidiu se afastar, desaparecendo na escuridão da rua.
Sn, ainda atordoada e irritada com o beijo impetuoso, notou a ferida no ombro de Jay. Ela franziu a testa, confusa, mas sua formação de enfermeira falou mais alto. Sem hesitar, ela rasgou parte do seu casaco e fez um improviso de curativo, pressionando o tecido contra o ferimento.
"Você precisa ir para o hospital", disse ela, sua voz firme, mas com uma pitada de preocupação que ela não conseguiu esconder.
Jay sorriu fraco, mas negou com a cabeça. "Eu posso ir ao hospital sozinho", respondeu ele, tentando se manter em pé e parecer forte, mas a verdade era que ele se sentia vulnerável. O beijo, o toque dela, algo havia despertado dentro dele, algo que ele não conseguia explicar.
Sn, sentindo que já havia feito o suficiente, olhou uma última vez para ele e se virou para seguir seu caminho. Mas, antes de se afastar, ela deixou cair o cartão com seu nome e o número do hospital onde trabalhava. Jay, observando, se agachou e pegou o cartão, o sorriso perigoso se espalhando por seu rosto.
Ele olhou para o nome de Sn, decorando-o em sua mente, e sem conseguir conter a obsessão que começava a crescer dentro dele, sussurrou para si mesmo: "Eu preciso dela."
Jay pegou o celular e ligou rapidamente para seus homens, seu tom de voz decidido e autoritário. "Vão até o local onde me encontrei. Busquem-me e descubram tudo sobre ela. Quero saber cada detalhe. Cada movimento dela."
Ele sabia que o encontro com Sn era mais do que um acaso. Era algo mais profundo, algo que ele não poderia deixar escapar. O nome dela, agora em suas mãos, significava muito mais do que ela imaginava. E, enquanto seus homens começavam a se mover para encontrá-lo, Jay se recostou na parede e fechou os olhos, perdido em seus pensamentos. Ele sabia que, de algum modo, ela era a chave para algo maior.
E ele faria de tudo para tê-la em sua vida.
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Atualizado até capítulo 75
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