Capítulo anterior:
Quando olho pro espelho, percebo que estou com os olhos inchados, deve ter sido por ontem.
Bom, agora é hora de conversar tudo com eles, a parte mais difícil eu já acreditei, que existem humanos e monstros nesse mundo.
------- Capítulo 4:
Quando desço, me deparei com a seguinte cena, meu pai e minha mãe sentados na mesa como todo dia, a única diferença era minha mãe e meu pai se olhando sem trocar uma única palavra como se estivessem conversando, e a mesma levitando uma taça do que eu penso que seja sangue...
Tinha uma leve esperança de que ontem tivesse sido um sonho, mas vendo aquela cena pude perceber que não foi um sonho, era a realidade que eu precisava enfrentar.
Thay: Bom dia- Digo isso quase sussurrando- A gente pode terminar a conversa?
Tina: Não temos mais nada pra conversar, minha filhinha, já falamos tudo ontem - As palavras soavam como uma brisa, leve e calma...
Hector: Na verdade, meu amor, temos sim, Thay você vai pra uma escola nova, não dá mais pra você continuar em uma escola humana, por isso você vai ser transferida para a "escola peculiar", você vai depois de amanhã- Falou isso em um tom sério - E sobre o quê eu te falei ontem, espero que você tenha pensado.
Tento me lembrar o que ele tinha falado ontem, ele me falou muitas coisas, mas uma me marcou... Se eu queria ser "metade vampira", eu quero isso? Quero ser que nem a minha família não biológica? Eu já sei a resposta...
Thay: Eu amo vocês, vocês são o meu e a minha mãe, vocês me criaram, me educaram e eu sou muito grata a vocês de coração- Respiro fundo- Isso vai doer?
Eu queria pelo menos carregar a metade da minha família que me criou junto comigo, não queria ir para um lugar desconhecido sem ter uma certeza que pelo menos sou metade que nem eles...
Minha mãe e meu pai soltam um sorriso longo e vem me abraçar, espero que realmente esse processo não doa...
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Estava de noite, não enxergava nada, estávamos em um cemitério, mas parecia que minha mãe e meu pai não estavam com esse problema, os dois estavam estranhos, como se estivessem com medo que eu vá fugir...
Eles param em um túmulo sem nome e sussurram entre si, antes de me olharem.
Hector: Filha, venha aqui, dê um abraço em mim e na sua mãe- Abre um sorriso e os braços em forma de abraço.
Eu vou, receosa, mas vou sem nenhum passo para trás.
Tina: Espero que não doa muito minha princesa- As presas aparecem e vão direto no pescoço do lado direito.
Hector: Nos perdoe, filha, por mentir que não dói- As presas aparecem e vão direto no pescoço do lado esquerdo.
Eu sinto meu corpo queimar, sinto vontade de chorar, de chutar, de gritar, sinto como se estivesse sendo queimada viva!!! A dor não passa, só piora e me sinto como se estivesse sendo sugada de pouco em pouco, não dava pra aguentar...
Tina: Ela desmaiou, está fria- Ela retira as presas e me segura no colo- Tá na hora da outra parte do ritual, abre a cova.
Hector: Espero que ela aguente, não deveria doer tanto, mas não sabemos se a espécie que ela nasceu recebe muito bem o lado vampiro... - Começa a abrir a cova- Já está tudo pronto.
Tina: Você vai aguentar, minha futura vampirinha- Retira a Thay dos seus braços e coloca ela na cova- Coloca o cronômetro, do jeito que fizemos ela vai ressuscitar daqui há duas horas.
Hector: Seu pedido é uma ordem, meu amor- Pego o celular e coloco o cronômetro- Está feito, só resta ela ressuscitar agora.
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Estava em um local diferente, não sentia meu corpo, não sentia se estava viva, era uma sensação diferente, mas não era de todo modo ruim, parecia que eu estava descansando...
Do outro lado, eu me vi, mas estava diferente, meu olhar parecia gélido e vazio, meu cabelo castanho parecia mais escuro, eu estava diferente e ao mesmo tempo não estava, como um instinto fui correndo até essa minha versão... E a mesma desapareceu, o local começou a tremer, o chão despencou e eu despertei...
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Atualizado até capítulo 58
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