Após a aliança com Draeka, o mundo parecia aos poucos se curvar diante de mim. Cada passo dado era um avanço, uma demonstração de que minha ascensão não teria limites. A partir de agora, eu não apenas lideraria um clã, mas forjaria um império onde ninguém poderia desafiar minha autoridade.
Draeka, com seu poder colossal, já era uma peça-chave. Kuroshi, a astuta maga, continuava a ser minha conselheira mais fiel. Mas, no fundo, eu sabia que ainda não era suficiente. A verdadeira força viria de mais alianças, de mais pessoas — ou seres — dispostos a seguir minha vontade.
– Mestre Tenshi – Kuroshi disse, interrompendo meus pensamentos enquanto eu observava o horizonte. – Eu tenho informações sobre uma antiga fonte de poder. Uma cidade escondida, onde seres de outras dimensões se encontram. Há rumores de artefatos poderosos e até mesmo de uma deusa selada, com grande poder.
A ideia de uma fonte de poder, algo capaz de me tornar mais forte, me fez sorrir. Eu estava sedento por mais. Draeka, ainda ao meu lado, observou minha expressão com curiosidade.
– Uma cidade secreta? – disse ela, cruzando os braços. – Você já se deu conta do que está pedindo, Tenshi? Esses seres podem ser mais poderosos do que você imagina.
Eu a encarei com um sorriso confiante. Agora, não havia mais medo. Apenas um desejo insaciável de continuar a conquistar.
– O que é poder se não um desafio? Eu não busco apenas uma vantagem. Busco dominar tudo. E é por isso que vamos até essa cidade.
Kuroshi assentiu, embora um brilho de preocupação ainda estivesse visível em seus olhos. Ela sabia que o que estávamos prestes a fazer não era simples, mas a lealdade dela estava clara. Ela seguiria o que eu dissesse.
– A cidade está localizada em um território proibido, cercado por criaturas de dimensões alternativas. Seres antigos, que raramente se mostram ao mundo. E a deusa... ela é uma figura misteriosa, que dizem ser capaz de alterar a realidade. Se conseguirmos libertá-la, ela pode ser uma aliada poderosa.
– Perfeito – respondi, com o mesmo sorriso. – Quanto mais poderosa, melhor. Traga-me a deusa e qualquer um que tenha algo que eu possa usar, e farei dessa cidade meu novo domínio.
Em uma madrugada silenciosa, partimos para o local. A viagem até a cidade perdida foi uma verdadeira prova de resistência. As terras estavam desertas, e cada passo que dávamos era como se a própria natureza se fechasse ao nosso redor.
Draeka liderava o caminho, voando à frente com sua enorme envergadura. Kuroshi, com seus feitiços de ocultação, nos mantinha longe dos olhares das criaturas dimensionais que patrulhavam a área. Eu, por outro lado, caminhava tranquilo, confiando na habilidade de minhas aliadas e em minha própria força crescente.
Ao chegarmos na cidade, uma imensa barreira de energia nos impediu de avançar, uma formação antiga que protegia o que estava além dela. Kuroshi imediatamente começou a investigar, suas mãos conjurando feitiços complexos enquanto eu observava.
– Esta barreira é mais forte do que pensei – ela disse, frustrada. – Preciso de mais tempo para desvendar a magia.
– Faça isso – respondi. – Eu cuidarei de qualquer coisa que aparecer.
Não demorou muito para que uma presença ameaçadora se fizesse sentir. O chão começou a tremer levemente, e um grunhido gutural ecoou ao longe. Algo estava se aproximando. Seres monstruosos de várias dimensões começaram a emergir das fendas do espaço-tempo, suas formas grotescas e suas intenções claras: destruir.
Era o momento para mostrar minha verdadeira força.
Primeiro Confronto: A Batalha das Dimensões
Os monstros eram imensos, criaturas de diferentes formas, vindas de dimensões alternativas. Suas presenças distorcidas pareciam ser uma ameaça real. Mas para mim, tudo aquilo era apenas um novo obstáculo a ser vencido.
– Draeka, vamos! – ordenei. – Kuroshi, proteja a barreira enquanto ela terminar!
Com um rugido, Draeka alçou voo, suas garras cortando o ar e atingindo uma das criaturas com brutalidade. O impacto fez o monstro ser arremessado contra uma rocha, mas ele se reergueu rapidamente. A batalha estava prestes a esquentar.
Eu avancei sem hesitar, minha espada Shinzoku no Yami já em minhas mãos. Cada movimento era preciso, cada golpe uma declaração de que nenhum ser desta dimensão ou de qualquer outra era capaz de me desafiar. As criaturas que se aproximaram foram derrotadas em segundos, a lâmina da espada cortando suas almas, apagando suas existências.
O chão se cobriu com a poeira da batalha, e as criaturas que restaram hesitaram, observando minha força. Mas não havia espaço para hesitação. Eu as destruí com um movimento rápido e letal, enviando todas as criaturas de volta para as dimensões de onde haviam vindo.
Kuroshi, agora com a barreira prestes a ser desfeita, olhou para mim com uma mistura de respeito e surpresa.
– Você... você realmente é mais forte do que pensei, Tenshi. Essas criaturas não eram simples de derrotar.
– Eu não estou aqui para ser desafiado. – Respondi com confiança. – Agora, vamos libertar a deusa e fazer dessa cidade a nossa base. O mundo será nosso.
Com a batalha vencida, Kuroshi finalmente completou o feitiço que quebrou a barreira. À medida que a energia se dissipava, um enorme portão de luz apareceu diante de nós. Além dele, uma sala silenciosa, ornamentada com símbolos antigos. No centro, havia uma mulher de aparência celestial, presa por correntes douradas que brilhavam com energia pura.
Ela tinha cabelos longos e dourados, sua pele parecia brilhar suavemente como se fosse feita de luz. Seus olhos, no entanto, estavam fechados, como se ela estivesse em um profundo sono. A aura dela exalava poder, uma energia capaz de distorcer a realidade.
– Ela é a deusa da realidade – Kuroshi disse, maravilhada. – Se a libertarmos, ela será uma aliada poderosa.
Eu me aproximei da deusa com confiança. A libertação daquilo que é poderoso só traria mais vantagem. A sala se iluminou enquanto eu quebrava as correntes com um simples movimento, uma aura de poder emanando de mim.
A deusa abriu os olhos, e o mundo ao nosso redor pareceu se distorcer por um momento.
– Quem... quem é você? – ela perguntou, sua voz carregada de autoridade, mas também de uma curiosidade inexplicável.
– Eu sou Tenshi Akuma – respondi. – E você será minha aliada, pois eu não sou alguém que permite que seres como você fiquem aprisionados.
A deusa me observou com uma intensidade incomum, e então sorriu, como se tivesse sido testada.
– Então... você é o escolhido. Eu me curvarei ao seu poder, Tenshi Akuma.
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Atualizado até capítulo 42
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