Cap:12/ " Sn e Seu Passado Sombrio "

(Capítulo:12~(열둘) / Boa leitura Eunnies ✨

Mãe Kim: "Sn, querida, vem comer! Eu fiz a sua comida preferida!" A voz da minha mãe insistia do lado de fora do meu quarto.

Mas eu estava apenas ali, deitada na cama, toda quebrada. As lágrimas rolavam incessantemente pelo meu rosto, misturando-se aos barulhos que preenchiam meu quarto.

Aquelas palavras ofensivas do Jungkook não saíam da minha cabeça. Cada uma delas me machucava profundamente, quebrando-me e ofendendo-me, fazendo surgir memórias enterradas do meu passado.

**Flashback on** Anos atrás✨

Pai Kim: "Snieeee! Eu já disse pra você, sua burra! Não é assim que se faz!" Meu pai estava pronto para me dar a surra com o cinto — Que era o meu castigo infernal todos os dias.

Pai Kim: "Eu disse pra você fazer direito, sua imprestável!" Ele continuava, dando-me outra cintada e mais outra, enquanto meus choros se misturavam à dor que eu sentia ali.

Sn: "Papai, por favor, para! Está doendo muito!" Gritava eu, gemendo de dor ao ver minha pele sangrar com as marcas que ele deixava.

O cinto era duro e tinha pontinhos como se fossem espinhos; cada golpe me fazia gritar, as marcas gravadas na minha pele sangrando.

Pai Kim: "É pra doer mesmo, sua cega mula sonsa! Você não passa de uma criança burra!" E ele se preparava para pegar a vara — a mais terrível de todas.

**Dias depois~flashback On**

Sn: "Pai, posso brincar com o Félix e a Rosé?" Perguntei com esperança, temendo o olhar mortal que ele me lançava.

Pai Kim: "Não de jeito nenhum! Esqueceu que você não tem tempo pra brincar? Seu tempo de brincar é fazer as coisas de casa!" Ele me puxou pela mão enquanto eu abaixava a cabeça, tentando não chorar.

Rosé: "Por favor, tio! Deixa a Sn brincar com a gente!" Implorou ela com seus olhinhos brilhantes.

Félix: "É tio, vai ser rapidinho!"

Pai Kim: "Infelizmente não, crianças. A Sn hoje está muito ocupada. Tem muita coisa pra ela fazer e também está de castigo, né Sn?" Ele olhou para mim com desprezo.

**Horas depois**⏰ em casa

Pai Kim: "Já sabe que sempre que me questionar ou não fizer as coisas que digo, ou ficar insistindo pra não fazer..." Ele tirou o cinto novamente. "Vai ficar de castigo!"

Aquele castigo era sempre o cinto ou a vara — para me bater, me machucar e sangrar. As palavras duras dele ecoavam em minha mente todos os dias. Eu não sabia por quê; afinal, eu era só uma criança que não fazia nada de errado para merecer aquilo sem motivo.

Minha mãe na época raramente estava em casa por conta do trabalho que a escravizava; ela era sempre ocupada enquanto o verme do meu pai se esbaldava em espancamentos diários na própria filha que infelizmente era

eu.

Com o tempo, fui crescendo e minha mãe começou a passar mais tempo em casa. Um certo dia tudo mudou; quando ela soube do que o verme fazia comigo — e também do que ele já estava quase fazendo com ela — ela não perdeu tempo. Entrou com o divórcio e denunciou- ele à polícia.

Algum tempo depois, cresci e prometi a mim mesma que nunca mais lembraria das palavras e torturas dele. Não queria ser afetada na vida; queria ser feliz e não uma garota triste e revoltada por causa do meu passado. Mas essa promessa não durou muito tempo até as palavras de Jungkook me atingirem em cheio.

Pai Jeon: "Filha, venha comer! A comida vai esfriar! Sua mãe e eu vamos ficar tristes se você não sair desse quarto." Meu padrasto insistia desesperadamente.

Por algum tempo apenas escutei sua voz próxima à porta; mas parecia tão distante... Eu estava perdida em um outro mundo — aquele do meu passado.

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Mãe Kim: "Conseguiu alguma coisa?"

Jeon pergunta com expectativa, enquanto observa seu marido balançar a cabeça em negação, triste.

Mãe Kim: "Nada mesmo. Ela nem disse uma palavra."

Diz isso com um olhar já desesperado, voltando-se para seu marido.

Pai Jeon: "Infelizmente não, querida. Ela não disse nada, nem sequer abriu a porta para dar um sinal de vida."

Ele fala preocupado, vendo a aflição da mãe que se manifesta em seu semblante.

Mãe Kim: "Meu Deus, o que faremos agora?"

Coloca a mão na cabeça, apavorada.

Jungkook: "Fazer o quê?"

Aproximo-me dos dois, que estão parados em frente à porta de Sn.

Pai Kim: "Filho! Até que enfim!"

Meu pai parece aliviado ao me ver.

Mãe Kim: "Jungkook! Finalmente!"

Ela se aproxima de mim com um olhar ansioso.

Jungkook: "Cadê a Sn? Ela está em casa?"

A preocupação toma conta de mim.

Mãe Kim: "Ela está trancada no quarto faz mais de três horas. Não saiu, não falou nada e nem sequer abriu a porta. Isso me deixa ainda mais preocupada. Assim que chegou da escola, subiu para o quarto sem dizer uma palavra e se trancou lá."

Nesse momento, meu coração gela com suas palavras. Minha cabeça gira em desespero e preocupação.

Eu já esperava que Sn ficasse magoada, chateada e irritada comigo por ter falado aquilo mais cedo na escola. Eu realmente reconheço meu erro; fui muito duro com ela. Eu podia sentir e ver nos olhos dela que a magoei com as minhas miseráveis palavras. Contudo, fico surpreso por ela estar tão trancada. Afinal, não é novidade que quando briga comigo, ela se isola no quarto. Mas desta vez, sinto que fui longe demais e estou com medo de ter cometido um erro grave. Tudo isso é culpa minha.

Pai Jeon: "Então Jungkook, você não sabe de nada que aconteceu lá na escola?"

Ele pergunta apressado, olhando para mim com expectativa.

Jungkook: "Sim, eu sei. Parte disso tudo foi minha culpa."

Falo rapidamente, jogando para fora o que estava preso dentro de mim. Meus pais já percebendo que houve alguma intriga parecem se aliviar um pouco.

Jungkook: "Vou contar o que aconteceu... Mas primeiro preciso ver a Sn."

Falo já aflito enquanto olho para meus pais, que se entreolham preocupados.

Mãe Kim: "Por mim tudo bem; só evite arranjar mais uma briga."

Pai Jeon: "Pelo contrário, tenta se resolver com ela."

Jungkook: "Podem deixar! Vou consertar tudo o que errei."

Meu pai avisa: "Mas Jungkook, a porta está fechada e infelizmente não temos chave reserva."

Jungkook: "Isso não é um problema."

Retiro minha chave reserva do esconderijo onde guardo quando invado o quarto dela para dormir junto.