Dez anos depois, o bebê que fora abandonado tinha se tornado uma criança fria. A criança se chamava Boy. Ainda vivia no orfanato.
Durante todo esse tempo, Boy foi frequentemente alvo de provocação por seus colegas. Boy não conseguia se defender de forma alguma, pois eram habilidosos em distorcer os fatos. Então, Boy era quem frequentemente era repreendido e punido pelos cuidadores do orfanato.
Como naquele momento, já era a hora de todas as crianças do orfanato jantarem. Boy, que mal tinha dado uma mordida no arroz, se surpreendeu quando um menino chamado Hadi cuspiu em sua comida.
Pfff...
Então as outras crianças riram alto, como se o que Hadi tivesse feito fosse extremamente divertido para eles.
Jajaja...
Boy perdeu a paciência. O menino bateu na mesa imediatamente, depois lançou um soco no rosto de Hadi.
Pum!
O soco de Boy fez Hadi cair da cadeira imediatamente.
—Ai! —gemeu Hadi de dor enquanto chorava.
—Boy! —gritou a senhora Risa, que tinha acabado de entrar no refeitório dos meninos do orfanato.
—Foi Hadi quem começou...
Boy queria se defender. Mas, infelizmente, a senhora Risa não quis ouvir a explicação de Boy.
—Você está sempre causando problemas!
Embora fossem eles que sempre começavam, sempre culpavam Boy. Mesmo naquele dia, Boy teve que receber uma punição da senhora Risa: ela bateu nas pernas dele com o cabo de uma vassoura.
Assim, naquela noite Boy não conseguiu dormir; sentia uma dor terrível nas pernas.
Às vezes, no seu íntimo, Boy se perguntava. Será que ainda tinha mãe e pai? Se ainda tivesse pais, então, por que estava ali? Seria possível que eles não desejassem de forma alguma sua existência?
...***...
Naquele dia acontecia um evento beneficente no orfanato Keano Bakti. Claro, o dono do orfanato estaria presente.
Quando o evento beneficente já havia começado, de repente ocorreu uma tragédia inesperada: um neto da família Keano havia desaparecido.
—Maxime!
—Maxime!
Todos os presentes gritavam e procuravam pelo jovem amo; até muitos guardas foram mobilizados por todos os cantos ao redor do orfanato.
Boy era um menino que não gostava nada de multidões, então escolheu se esconder no depósito do orfanato. Queria se esconder lá para que os cuidadores do orfanato não o mandassem se juntar ao evento beneficente.
No entanto, Boy se surpreendeu quando viu um menino pequeno escondido dentro do depósito. Talvez o menino de 7 anos não soubesse de forma alguma que todos no orfanato estavam preocupados com ele. Pensava que estava brincando de esconde-esconde.
...***...
—Maxime!
—Maxime!
Se ouviu a voz da avó Margaretha, que estava procurando por seu neto. A idosa parecia muito inquieta, muito preocupada com seu neto. Casualmente olhou para o depósito.
A avó Margaretha pareceu franzir a testa quando viu um menino de 10 anos ensinando matemática para seu neto.
—Bem, quanto é cinco vezes dois? —perguntou Boy a Maxime.
—Mmm... sete. —Maxime parecia confuso, talvez porque ainda não dominasse as multiplicações.
Boy balançou a cabeça e imediatamente deu a resposta correta: —Não, é dez.
A avó Margaretha sorriu levemente e entrou rapidamente no depósito.
Boy não tinha ideia de que o menino que estava com ele era procurado por todos no orfanato.
Boy levantou-se imediatamente e inclinou a cabeça levemente em sinal de respeito à avó Margaretha quando viu a idosa entrar de repente no depósito.
—Avó! —Maxime também; o menino correu para abraçar sua avó, rindo.
—Meu Deus, Maxime. A avó estava te procurando —disse a avó Margaretha, repreendendo-o um pouco.
Em seguida, a avó Margaretha olhou para Boy, que estava de pé atrás de Maxime. —Qual é o seu nome?
—Me chamo Boy —respondeu ele, inclinando levemente a cabeça.
A avó Margaretha olhou para Boy com doçura. —Boy, você quer vir morar conosco?
Boy pareceu atônito ao ouvi-la. Levantou a cabeça rapidamente, olhando para o rosto da idosa com total incredulidade. A proprietária de um orfanato de repente lhe pedia que fosse morar com ela.
—Quero te enviar para a escola. Depois, quando se formar na universidade, trabalhará na minha empresa. E por enquanto, só precisa cuidar de Maxime e Alexa.
Alexa era uma menininha de apenas 2 anos. Era a neta da falecida irmã mais nova da avó Margaretha. Mas avó Margaretha já considerava Alexa como sua própria neta. A avó Margaretha queria muito e sentia pena da pequena porque já não tinha mãe, enquanto seu pai estava sempre ocupado com seu trabalho no exterior. Por isso, o senhor Edwin frequentemente deixava Alexa aos cuidados da avó Margaretha.
Embora parecesse hesitante, Boy assentiu lentamente com a cabeça. Estava disposto a ser adotado pela dona do orfanato. Talvez porque quisesse sair o quanto antes daquele orfanato que era como um inferno para ele.
Parece que, sem que Boy percebesse, sua decisão de aceitar ser adotado pela avó Margaretha foi a correta. Porque algum dia, através de Alexa, ele descobriria sua verdadeira identidade.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 128
Comments