Carona/5
Saí da boca, peguei a moto e meti o pé pra escola da bonequinha.
Cheguei e parei a moto na frente da escola.
Passa uns 5 minutos e nem sinal da loira.
Quando eu tava prestes a entrar dentro da escola, vejo Mariah saindo com umas amigas
[Ela fica linda até com o uniforme]
Dou um tapa na minha cara pra tirar esses papo torto que pensei.
[Quando olho mais um pouco, noto que o cabelo loiro dela tava molhado, mas porque diabos só o cabelo tava molhado? Pera aí, as bochechas dela tão vermelhas? Que merda é essa?!]
Meu sangue ferve com a possibilidade de ela estar assim por ter se pegado com algum otário por aí, só de imaginar outro cara tocando nela...beijando ela. PORRA, EU VOU MATAR ESSE OTÁRIO!
Apesar da raiva que comecei a sentir, quando ela sorriu ao me ver...caralho!
No automático um sorriso se forma no meu rosto, parecendo um bobo gamado nela. Retiro meu sorriso no mesmo instante e viro a cara pro outro lado, tentando disfarçar.
Mariah
— Oi — ela diz ao se aproximar da moto, parecendo estar surpresa.
Guilherme (GL)
— É, oi...Sem papo furado, sobe aí!— falo num tom mais sério sem olhar pra ela, concentrando a atenção na rua da frente.
Mariah
(Parece que ele ficou tímido de repente, deve ser só impressão, o GL que conheço não fica tímido!)
Mariah sobe na moto e eu entrego o capacete pra ela.
Mariah
— Você não vai colocar um capacete também não?? É meio perigoso... — ela diz parecendo preocupada e eu interrompi de imediato.
Guilherme (GL)
— Relaxa, loirinha! Um gato tem sete vidas, sabia não?— sorrio e coloco as mãos dela na minha cintura.
Mariah fica com vergonha e tenta tirar as mãos da minha cintura, mas eu só faço com que ela aperte mais firme e segure na minha barriga.
Guilherme (GL)
— Segura bem firme, tá, boneca? Não precisa se envergonhar! — dou uma risadinha baixa e ligo a moto.
No meio do caminho pro morro do Alemão, olho pelo retrovisor pela terceira vez e vejo um carro preto nos seguindo.
Aumento a velocidade pra tentar desviá-los. O carro para num sinal vermelho e eu solto um suspiro de alívio, mas de repente sinto algo penetrar na minha pele...
Mariah
— GUI-GUILHERME...VOCÊ TÁ SANGRANDO — Ela olha para as mãos que estavam na minha barriga...estão cheias de sangue...
Faço de tudo pra parar a moto, apesar da dor que estou sentindo eu consigo e paramos num beco sem saída. Desço da moto com dificuldade e me encosto na parede com a mão na minha barriga, onde a bala atingiu.
Guilherme (GL)
— Mariah, me escuta! SAÍ DAQUI, AGORA!! — digo com a minha voz já falhada, mas cheia de desespero e preocupação.
Mariah
— N-não, Guillerme...eu não posso te deixar aqui! Você precisa de um médico, vem vamos! — ela passa a mão por trás do meu ombro e tenta me levantar.
Guilherme (GL)
— Mariah, não dá, me escuta, porra! Isso é uma emboscada, você tem que fugir, entendeu? Me deixa aqui, eu me viro, mas se acontecer alguma coisa com você...o chefe não vai me perdoar e nem eu vou, então faz isso por mim, por favor? — Num impulso e com a cabeça a mil faço o improvável...beijo Mariah...
Levantei com dificuldade, me aproximei dela devagar, segurei o rosto dela com uma mão e lasquei um beijo...que por um instante não foi correspondido pela parte dela.
Guilherme (GL)
~ Eu te amo, não esquece, disso tá? ~ afirmo beijando seus lábios com possessividade, desejo é principalmente carinho.
Mariah
~ Me-me ama? É-é melhor você poupar suas forças, GL...~ Não deixo ela terminar de falar apenas beijo sua boca uma última vez.
Guilherme (GL)
— Agora, preciso que você me deixei aqui, ok?? Usa isso aqui pra se proteger, eu sei que você vai saber usar — desço a minha mão pra dentro da minha camisa e entrego a arma pra ela.
Mariah
— N-Não, eu não vou te deixar aqui! E-eu te amo, Guilherme...não posso te deixar morrer, não faz isso comigo, por favor, eu te imploro, Gui... — Seus olhos e rosto estão molhados de lágrimas, sua voz é desesperada e suplicante.
Puxo ela para perto de mim, segurando a sua cabeça contra o meu peitoral.
Então, afasto ela, finalmente criando coragem para empurrá-la para longe de mim.
Guilherme (GL)
— VAI, MARIAH! VAI EMBORA! SAÍ DAQUI, POR FAVOR! — Grito com raiva, mas os olhos marejados...
Vejo no rosto dela a dor e mágoa pela minha atitude, mas é o que tenho que fazer. Viro o rosto para o outro lado evitando seu olhar, porque sabia que se a olhasse de novo imploraria para que ela ficasse e eu não podia...
Mariah olha pra trás uma última vez e depois saí correndo dali, escondendo a arma na cintura por baixo do uniforme da escola.
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