Capítulo 5

Aitana saiu finalmente daquele quarto na companhia de sua mãe e Sam, também eram seguidas por umas mulheres que vestiam trajes pretos, sentiu-se incomodada por um momento, mas sua mãe lhe explicou que era para o seu bem.

— Alain! — Gritou ao ver seu irmão no jardim praticando combate com Damián.

— Irmãzinha — Alain interrompeu sua prática e correu para abraçar sua irmã, felizmente o aroma nela já não o afetava, graças aos medicamentos e a que o rei seguia exercendo sua autoridade neles, ainda que fosse levemente doloroso não lhe importava por tal de poder estar perto de sua irmã. — Você se sente melhor? — Perguntou, Aitana assentiu alegre.

— Que bom ver que você está melhor, Aitana — Disse Melissa aproximando-se com Damián.

— Felicidades, você encontrou seu par — Disse Damián com um sorriso, ainda que o aroma fosse leve seguia produzindo cócegas em seu corpo, gostava daquele aroma de Aitana.

— Obrigada — Disse a garota com as bochechas coradas. — Onde está papai? — Perguntou olhando para seu irmão.

— Deve seguir na reunião com sua majestade — Respondeu Alain com um sorriso — Ei, agora você será a rainha lua, Devo te chamar de alteza? — Perguntou em tom de zombaria, Aitana lhe deu um golpe no peito e Alain só riu.

— É certo, não poderá regressar conosco — Disse Damián, fazendo com que Aitana entristecesse — Ainda que ainda possa rejeitá-lo, a deusa lua com certeza lhe dará uma nova oportunidade — Disse para surpresa de todos.

— Não diga isso nem de brincadeira — Deu-lhe um leve golpe Melissa — Aitana, sei que será difícil afastar-se da sua família, inclusive para mim o foi…mas encontrou seu par predestinado, é o maior presente que nos dá a deusa lua, aceite seu destino com alegria — Disse Melissa tomando as mãos da garota, Aitana sentiu calma com aquelas palavras daquela ruiva, não se imaginou que fosse ela quem acalmaria seu medo por ter que afastar-se de sua família.

— Além disso, não creio que sua majestade não permita que te visitemos e inclusive que nos visites — Disse Sam, Alain olhou de soslaio para Damián, eles sabiam que o segundo poderia ser impossível dado que agora Aitana era a rainha lua.

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Byron caminhava pelos corredores do palácio, deteve-se numa janela que dava vista para o jardim onde se encontrava Aitana com sua família, inclusive Luna Dafne, Alfa Elías e Beta Marcus se haviam unido àquela reunião, olhou que sua formosa Aitana sorria ao estar com aquelas pessoas, mas notou algo mais o olhar de sua bela lua não se apartava daquele que era o futuro alfa da manada lua azul, sentiu incômodo ante aquele olhar.

— Majestade…Drave — Escutou que o falaram, olhou que era Emilio quem lhe havia dito algumas coisas que não escutou — Algumas manadas decidiram marchar-se, puseram como pretexto o fato de que estão um pouco longe de suas manadas, mas creio que é pela pressão da sua autoridade e ainda que seja leve o aroma de rainha lua ainda os afeta.

— Bem, então vamos nos despedir deles — Disse enquanto se afastava com ele.

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Durante o jantar, só restava a manada lua azul e a manada lua negra, que era a manada a que pertencia Melissa, aquele ruivo o irmão de Melissa não deixava de olhar para Aitana, aquele aroma era uma adição para ele, desde que a viu a havia desejado e seu desejo cresceu mais na noite anterior quando seu cio despertou e desprendeu aquele embriagante aroma, para sua desgraça não poderia possuí-la pois se havia emparelhado com o homem mais poderoso do reino.

— Não virá o rei? — Sussurrou Sam ao lado de Aitana, ela negou ante sua pergunta, desde a manhã não o havia voltado a ver.

— Lamento a demora — Disse uma bela mulher de olhos castanhos e cabelos claros — Sua majestade se desculpa, mas teve um inconveniente pelo que não poderá acompanhá-los durante o jantar — Disse a mulher fazendo uma reverência— Mas por favor, desfrutem do que se preparou para vocês— Fez um sinal e os empregados começaram a servir um grande banquete.

Aitana olhou para aquela bela mulher, quem lhe dirigiu um sorriso ante seu olhar, Aitana só assentiu nervosa, o jantar se levou a cabo sem presença do anfitrião, Damián olhou suas mãos inclusive a pressão de autoridade havia diminuído muito mais, olhou aos lados a segurança havia incrementado.

— Ei, você se deu conta? — Perguntou Damián em sussurro, a seu lado estava Alain.

— Sim, creio que é para proteger Aitana — Disse Alain olhando para sua irmã que falava alegremente com sua mãe, Sam, Melisa e Luna Dafne.

— Por suposto, não perca de vista Morgan, não gosto de como olha para Aitana — Disse olhando de soslaio para Morgan e efetivamente aquele homem não deixava de olhar para Aitana com desejos.

— Eu sei…— Respondeu Alain olhando fixamente para Morgan, aquele ruivo lhe dirigiu o olhar e sorriu de maneira irônica ante aquele ameaçante olhar de Alain.

— Devo regressar aí? — Perguntou Aitana nervosa, já era hora de ir dormir, mas ela não podia voltar para o quarto que compartilhava com Sam.

— É para o seu bem, querida, o lugar mais seguro é esse quarto — Disse Marcus acariciando a cabeça de sua filha — Tranquila, o rei é uma boa pessoa, cuidará de você — Continuou, entendia os nervos de sua filha, aquele rei era um total desconhecido para ela, mas era seu par destinado, pouco a pouco se acostumaria a ele e chegaria um momento em que não quererá separar-se dele.

Aitana foi escoltada pelo grupo de mulheres até o quarto do rei, ao entrar tudo está escuro, acendeu as luzes o quarto estava completamente só, dirigiu-se ao armário, havia roupa de mulher a sua medida aí, olhou os pijamas eram muito descobertos para seu gosto, tomou uma jaqueta de moletom preta e grande, a cheirou, sentiu o aroma de Byron nela, estranhamente aquele aroma lhe agradou mais do normal.

— Não creio que o incomode — Sussurrou nervosa olhando aquela enorme jaqueta de moletom, dirigiu-se ao banheiro e tomou um banho rápido, pôs aquela jaqueta de moletom como pijama, as mangas cobriam suas mãos, o comprimento chegava muito acima de seus joelhos, mas cobrindo totalmente seus glúteos.

Aitana se recostou na cama não sem antes tomar seu medicamento, suspirou com peso, agora tinha que depender daquela medicina para controlar seu cio, ainda que recordou o que lhe ensinaram na escola, uma vez encontrado seu par destinado o cio podia controlar-se com só ter relações sexuais, seu rosto se pôs totalmente vermelho em só pensar em estar com aquele formoso rei, sua mente jogou com ela, se desenharam imagens dela sendo tomada por aquele homem.

— Caramba, o que você faz, Aitana? — Disse tomando aquelas pílulas e se recostando na cama, se cobriu de pés a cabeça, o calor em seu corpo aumentou e o cócegas em sua intimidade começou a incomodá-la. — Basta, acalme-se Aitana, não pense nisso— Sussurrou enquanto tratava de controlar seus impulsos de tocar-se naquela zona.

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— Seguro que você está bem? — Perguntou Emilio com preocupação, havia acompanhado Byron até a porta de seu quarto.

— Sim, tudo marchou bem em minha ausência? — Perguntou, seu cabelo estava desordenado e tinha umas imensas olheiras, se via cansado como se houvesse passado dias sem dormir.

— Sim, sua pressão autoritária baixou, mas Irina reforçou a segurança, não houve nenhum incidente durante o jantar — Explicou brevemente— Rainha lua descansa aí — Sinalizou a porta Emilio.

— Bem, vá descansar, nos vemos amanhã… — Disse enquanto entrava em seu quarto e fechava a porta com seguro.

Byron sentiu o quarto impregnado daquele doce aroma que desprendia seu par, aquele aroma fez com que o cansaço se desvanecesse, se aproximou de onde dormia ela estava coberta pelos lençóis quase por completo, só deixava à vista seu belo rosto, o acariciou e lhe deu um beijo na frente. Dirigiu-se ao armário e sacou um pijama para trocar-se, ainda que só optou por pôr a calça preta deixando à vista seu bem definido corpo, depois dirigiu-se à cama, se recostou no lado que lhe pertencia e ainda que a cama era muito espaçosa para os dois, ele não queria estar afastado dela, com delicadeza a aproximou dele e a rodeou em seus braços, entre seus sonhos Aitana se aninhou naquele homem. Byron se sentia tão feliz de estar assim, havia desejado tanto ter em seus braços a seu companheiro que agora sentia que se dormia ao despertar ela não estaria.

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