Lena observava cada movimento de Victor Callahan da sombra. A música, suave e envolvente, parecia se distanciar de sua percepção, como se o som fosse absorvido pela tensão crescente entre ela e o empresário. Ele estava no centro da sala, rodeado por uma aura de charme e poder. Sua máscara de prata parecia esconder mais do que seu rosto — parecia ocultar seus pensamentos e intenções, como uma metáfora para o próprio homem. Lena sabia o que ele era capaz, o tipo de influência que exercia, mas algo ali, naquela noite, a fazia questionar o que realmente se passava em sua mente.
Ela mantinha-se oculta entre as colunas de mármore, os olhos fixos nele, observando cada gesto, cada sorriso falso que ele distribuía aos convidados da festa. Victor Callahan, com sua postura imperturbável, era uma peça fundamental em sua investigação. Ela sabia que ele estava mais envolvido do que parecia, talvez até sem perceber. E ela estava ali para descobrir o que ele escondia.
Enquanto ela analisava, algo em sua percepção começou a mudar. Victor se movia de forma diferente. Sua atenção parecia voltada para Lena, como se algo, sem palavras, o atraísse na direção dela. Ela desviou o olhar por um instante, sentindo a pressão em seu peito aumentar. Ele estava se aproximando.
Lena não era tola. Sabia que não poderia dar brecha. Sua missão não permitia distrações. Ela precisava das informações sobre Kazanov, e ela tinha um plano bem formulado para obtê-las. O primeiro passo era se aproximar das pessoas certas, como o próprio Dimitri, e arranjar uma maneira de entrar no círculo íntimo. Mas para isso, ela precisava ser ainda mais calculista do que nunca.
Victor, aparentemente sem perceber, estava se aproximando dela mais do que qualquer outro convidado. Lena não o via como uma ameaça direta — mas ele era perigoso, sim. Ele tinha a capacidade de arruinar qualquer plano, como se a vida fosse apenas um jogo de xadrez onde as peças poderiam ser movidas a seu bel prazer. E agora, ele começava a mover-se de maneira mais direta, como um predador curioso.
"Senhorita..." A voz suave de Victor cortou o silêncio entre eles. Lena se virou de imediato, mantendo sua expressão inexpressiva por trás da máscara.
"Você tem o olhar de alguém que está sempre à frente de seu tempo", ele disse, com um sorriso intrigante. "Há algo em você que não consigo desvendar. Você não pertence a este lugar, e ainda assim está aqui."
Lena se manteve fria, como sempre. "Eu poderia dizer o mesmo de você", respondeu, sua voz baixa, mas firme. "Você é o tipo de homem que gosta de mascarar suas intenções. Talvez eu devesse perguntar: o que você está realmente procurando aqui, Victor Callahan?"
Victor a observava com uma intensidade que parecia penetrar diretamente em seus pensamentos. "Descobrir quem você realmente é", ele respondeu, sem hesitar. "Você não é como os outros. Algo em você... me intriga."
Lena sentiu uma leve tensão nos ombros. Ela não poderia ser vulnerável, não agora. Mas, ao mesmo tempo, algo em Victor despertava uma curiosidade que ela não estava acostumada a sentir. Ele era tão calculista quanto ela, mas com um toque de ousadia que ela não poderia ignorar.
"Eu sou exatamente o que parece ser", Lena respondeu, mantendo a postura. "Mas você... você não é."
Ele sorriu, de forma enigmática, antes de dar um passo atrás. "Eu gosto de mistérios", disse, mais para si mesmo do que para ela. "E você, senhorita, é o maior de todos."
Victor se afastou, mas não antes de lançar um último olhar para ela, um olhar cheio de promessas não ditas. Lena não podia negar que havia algo em sua presença que a desafiava, algo que a fazia querer desvendar mais, mesmo que isso fosse um risco. Mas ela sabia que não podia se distrair com ele. Ela ainda tinha uma missão a cumprir.
Enquanto Victor se afastava, Lena se virou de volta para o centro da sala, mas não sem antes perceber que ele começava a segui-la, discretamente, como uma sombra. Ele queria saber mais sobre a mulher misteriosa. E ela sabia que, a partir daquele momento, nada mais seria simples.
Com um suspiro silencioso, Lena começou a se mover para uma das salas adjacentes, onde ela sabia que informações cruciais sobre Kazanov estavam armazenadas. Ela não podia perder tempo. Mas sentia a presença de Victor atrás de si, como um fantasma persistente, sempre observando, sempre tentando descobrir seus segredos. Ela estava em jogo, e ele, de alguma forma, fazia parte disso agora.
Ela precisava continuar com sua missão, mas sabia que a cada passo dado, o enigma de Victor Callahan se tornava mais profundo. E a cada passo que ele dava atrás dela, ele se aproximava um pouco mais da verdade que ela estava tentando esconder.
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Atualizado até capítulo 36
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