— Eu não te pergunto com quem você sai, ou sim? digo a Fabián, que está parado e caminha em minha direção, me prendendo na parede.
— Você não é ninguém para me perguntar coisas, menina, e é melhor aprender qual é o seu lugar.
— Agora pode sair do meu quarto, digo, olhando-o nos olhos.
— Se você me bater de novo, eu te educarei, já que seu pai não o fez, ele sai do quarto batendo a porta.
Tranco a porta e me deito para dormir. Ouço batidas na porta e vejo a mesma senhora que me recebeu ontem.
— Seus sogros vieram para tomar café da manhã com vocês, ela me diz.
— Já vou descer, digo.
Volto a escovar os dentes e meio que arrumo o cabelo com os dedos. Ajusto o roupão e desço. Eles se viram para me olhar e distingo Fabián sentado.
— Venha, filha, sente-se conosco, diz minha sogra.
— Bom dia, digo, sentando-me. Me servem e começo a comer.
— Seus pais já entraram em contato com você? pergunta meu sogro, e eu concordo.
— Hoje irei vê-los, digo.
— Combine com Fabián para que ele te leve.
— Para isso está o motorista, diz Fabián sem me olhar, só lembre que seus pais não têm uma terceira filha.
— Tiana! diz minha sogra, — você gostaria de ir comigo comprar roupas?
— Diana! eu a corrijo, — minha irmã é Tiana, e sim, obrigada, gostaria de ir com você.
— Sinto muito, diz minha sogra, envergonhada.
— Não se preocupe, digo, — é compreensível.
— Nos vemos, diz meu sogro à esposa, aproximando-se para lhe dar um beijo casto.
Fabián se levanta, caminhando para a saída, e meu sogro sai com ele.
— Filha, já vou, diz minha sogra, levantando-se, — me avise para sairmos juntas.
Eu concordo, ela sai, e eu subo para o meu quarto e visto o mesmo vestido de ontem. Desço e o motorista está sério.
Ele abre a porta para mim, eu entro, ele também entra e coloca o endereço, e assim ele segue até chegarmos.
— Espere aqui, digo.
— Tenho ordens para subir com você, ele me diz.
— Informe ao seu chefe que, se ele quer me vigiar, que o faça pessoalmente. Digo, descendo e entrando em casa, fechando a porta.
— Filha, minha mãe caminha em minha direção assim que me vê, — como você está?
— Bem, e meu pai?
— Foi com seu marido, ele o chamou para fechar o negócio.
— Diga senhor ou como quiser, mas não diga que é meu marido. Digo.
— Diana? ouço me chamarem e, ao olhar para trás, vejo meu amigo ali parado. Corro para abraçá-lo. — Quando você chegou? Passava por aqui e vi você entrar.
— Senti sua falta, digo, abraçando-o.
— Que bonito, ouço falarem e, ao me separar do meu amigo, vejo Fabián parado com as mãos nos bolsos da calça, — minha esposa não tem nem um dia de casada e já está com um homem.
— Não senhor, ele é amigo de infância dela, diz meu pai.
E meu amigo nos olha sem entender nada.
— Imagino que isso ele disse da outra filha antes que ela fugisse com o motorista.
— Diana! diz meu amigo, — o que está acontecendo? Por que ele diz que você é esposa dele?
— Depois te conto, digo, e ele concorda.
— Com licença, senhores, diz ele, indo embora e, quando passa ao lado de Dilan.
— Se valoriza sua vida, não volte a aparecer por aqui.
Meu amigo termina de sair e eu olho para meu pai.
— Acho que esses papéis não terão validade até que sua filha se dê ao respeito e não manche meu nome se comportando como uma qualquer, e aperto meus punhos.
— Claro que não, senhor, minha filha cumprirá com o ano, mas você me deu sua palavra de que ela retomará sua vida outra vez, uma vez que essa data se cumpra.
— Ah, tá, e se ela souber se comportar, diz ele, saindo da minha casa.
— Só um ano, diz meu pai, e eu concordo, subindo para o meu quarto. Já tinha as malas arrumadas. Meu pai me ajuda a descer e, quando saio, o motorista me vê mais sério, subindo as malas. Me despeço dos meus pais que, por alguma razão, me olham com lástima. Entro no carro ao lado de Fabián.
— Já sabe o que acontecerá na próxima vez que não cumprir o que ordeno, diz Fabián sem levantar a vista.
— Sim, senhor, diz o motorista, arrancando.
— Me deixe no escritório e minha esposa com minha mãe, diz ele.
— Não sou um trapo para que me levem de um lado para o outro, eu posso decidir para onde vou, digo quase gritando, mas sou agarrada pelo queixo fortemente.
— Se voltar a levantar a voz para mim, não vai querer saber o que acontecerá, diz ele.
— Vá incomodar sua amante, digo.
— Pelo que vejo, não só é uma menina mal educada, mas também grosseira, que falta modos.
— Casou com a errada, digo.
— Isso eu já sei, diz ele, e me dá vontade de jogá-lo contra a janela do carro.
O carro para no que acho que é sua empresa, tem muitos andares. Ele desce e fecha a porta. O carro para quando chegamos onde minha sogra.
Procuro nas malas uma calça com meus tênis e uma blusa que mostra a barriga, pego-as e desço do carro. Entro na casa dos meus sogros, peço um banheiro para me trocar e assim o faço. Dobro meu vestido, guardando-o em uma mochila que trago comigo. Ao descer, minha sogra me olha surpresa.
— Parece uma menina, ela me diz.
— Cunhada? Não te reconhecia com essa roupa, diz Damián.
— Vamos, diz minha sogra, saindo. Chegamos à praça e Damián me puxa.
— Venha, vou te mostrar algo, diz ele, indo para uma máquina de bonecos. Erra duas vezes, me fazendo rir, na terceira acerta um pelúcia grande e me entrega.
— Obrigada, digo, pegando-o. Vejo minha sogra conversando com umas pessoas junto com Damián. Nos aproximamos.
— Damian, que linda sua namorada, dizem.
— Não, ela é esposa de Fabián, corrige minha sogra.
Eles se desculpam, seguimos caminhando e, em uma mesa sentados, vejo Fabián com seu pai e outras pessoas, ao seu lado a mesma mulher.
— Olá, filho, sua mãe chega para cumprimentá-lo, e cumprimenta seu esposo também.
— Olá, senhora, a amante de Fabian a cumprimenta e minha sogra meio que sorri.
— Vamos, porque temos coisas para comprar, diz ela e um dos homens fala.
— Não sabia que Damiancito tinha namorada.
— Não é linda? diz Damian, fazendo com que Fabián nos veja.
— Ela é esposa de Fabián, corrige seu pai, e os sócios se desculpam.
— Não se preocupem, diz Damián, — meu irmão também conseguiu uma esposa tão jovem.
— Eu tenho o que quero, diz Fabián, — não é minha culpa que você não consiga uma assim, ele diz.
— E se perguntarmos à minha cunhada? diz, e mais incomodada não posso me sentir.
— Bem, vamos deixá-los trabalhar, fala minha sogra.
Nos afastamos e, de soslaio, vejo como Fabián não se importou, pois segue como se nada, enquanto sua amante se aproxima mais dele.
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Atualizado até capítulo 112
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