CAPITULO 19- Fabiana é colocada para fira de casa

ANTONELA

Vai ser um choque para os meus pais, mas não posso fazer nada.

Fico perdida nos meus pensamentos enquanto Henry dirige direto para a nossa casa, tenho que ir ao orfanato, mas estou com uma inquietação em meu coração.

HENRY

Vinhemos o caminho inteiro em silêncio, coloco o carro da minha esposa na garagem e entramos em casa, Antonela foi direto para o quarto enquanto eu vou para o escritório ver onde o rastreamento da carga roubada está.

Depois de quase meia hora saio do escritório e vou ao nosso quarto.

ANTONELA

É decepcionante o que minha irmã faz, ela ainda não tem um pingo de vergonha na cara.

Só espero que meus pais não passem mal com o relatório que Henry vai entregar a ele.

FABIANA

Aprontei um monte, ainda bem que emeus pais não sabem de nada disso, agora está, mas que na hora de colocar meu plano em prática quero ver Antonela se safar.

Como sei o horário dela de ida e vinda do orfanato, já contratei alguns homens para pegar ela e fazer o que quiserem.

Não gosto e nunca gostei da Antonela, já tentei matar ela varias vezes, mas a bichinha é pior do que um gato, nunca consegui.

HENRY

Desço e encontro minha esposa na cozinha.

Vou ajudar você a preparar algo para comermos e depois vamos até a casa dos seus pais.

ANTONELA

Tá bom.

Eles prepararam um lanche e suco para cada um, sentaram e começaram a comer, após eles terminarem Henry lavou a louça suja enquanto Antonela enxuga e guarda cada coisa em seu devido lugar.

Após deixarem a cozinha limpa e organizada, eles fora para o quarto, escovaram os dentes e foram para a garagem pegar o carro.

Dessa vez Henry foi com o carro dele, e seus seguranças eles levaram quase duas horas para chegar até a casa dos pais da Antonela.

ANTONELA

Chegamos na casa dos meus pais, entramos, eles estão sentados na cozinha.

Oi mãe oi pai.

MARIA E PAULO

Oi meu raio de sol.

Oi Dom Henry.

HENRY

Oi senhor, Paulo.

Oi dona Maria.

PAULO

A que devo a honra e a visita de vocês?

HENRY

A Fabiana se encontra?

PAULO

Ela está no quarto dela.

HENRY

O senhor pode chamar ela, por favor?

PAULO

Sim, Dom Henry irei agora mesmo.

Paula sai da sala e vai até o quarto da Fabiana chama lá.

Fabiana como sempre xinga o pai que desta vez já sem paciência só dá uma bofetada no rosto dela.

FABIANA

É a primeira vez que meu pai me bate, o que será que o Henry quer comigo?

Desço com meu pai e encontro Antonela, minha mãe e Henry na sala.

HENRY

Bom!

Não sou de mandar mensagens, recados e muito menos deixar no leva e traz.

Senhor Paulo e dona Maria sinto muito, mas tive que mandar investigar a Fabiana e o que o investigador descobriu não é nada agradável.

Aqui está a prova de tudo que ela andou aprontando nesse meio tempo.

Henry entrega as provas para os pais da Antonela e começa a ler, a mãe dela já estava chorando já que ali dava para se ver que Fabiana se transformou em uma prostituta de luxo.

MARIA

Estava lendo o relatório da Fabiana, mas não estava satisfeita, pelo menos alguns tapas eu tinha que dar na cara dela e foi isso que fiz, não vou aceitar ela dentro da minha casa.

PAULO

Quero você fora da minha casa agora e não volte nunca mais, esqueça que você  tem uma família.

E você Antonela não ajude ela em nada.

ANTONELA

Sim ,pai.

Ver meus pais chorando pela Fabiana foi uma tristeza imensa para mim, ficamos até eles se acalmarem, isso vai me custar caro, sei que Fabiana não vai deixar barato.

HENRY

Vamos, Antonela?

ANTONELA

Sim, vamos.

HENRY

Nos despedimos dos pais da Antonela, vi que ela precisava de uma distração, então levei-a até o orfanato, as crianças amam muito ela.

Nela (ANTONELA) vou deixar você aqui e ir resolver algumas coisas da máfia. Depois que eu terminar, venho te buscar.

Se eu não vir, algum dos meus irmãos vem e vai te levar para a casa dos meus pais.

Não vá embora sozinha, ainda mais agora que seus pais colocaram a Fabiana para fora de casa.

ANTONELA

Tá bom, Henry, vou esperar.

HENRY

Despeço-me da minha esposa e deixo um beijo em sua testa e vou para a sede.

Maximiliano, quero que você coloque mais pessoas na cola da Fabiana e deixe avisado que não é para deixá-la se aproximar da minha esposa.

Henrico, quanto à carga, já foi entregue?

HENRICO

Sim, Henry já deve estar chegando no destino, apenas adiantamos o horário da entrega.

HENRY

Certo, Lorenzo, preciso que me faça dois favores.

Instala câmeras de segurança e sensores de movimento na minha casa inteira, não importa o valor, coloque até no meu quarto. Não posso deixar Antonela desprotegida quando eu tiver que viajar e deixá-la sozinha em casa.

Coloque câmeras de segurança no orfanato, vou passar o endereço para você, coloque em todos os lugares, deixe as crianças e funcionários monitorados 24h por dia.

Matteo

Você vai ficar responsável pela segurança das crianças do orfanato. Monte uma equipe para cuidar deles.

MATTEO

Henry, por que eu tenho que fazer isso?

HENRY

Só podemos confiar em nós mesmos, nem todos que estão ao nosso redor são fiéis a nós e Matteo, essas crianças são tudo para Antonela, então cuide muito bem das seguranças deles.

MATTEO

Tá bom, Henry, pode deixar que eu cuidarei.

Amélia e Kiara, quero que vocês duas comprem roupas, calçados e tudo que for necessário para todos eles. Aqui está meu cartão, não importa com o valor.

AMÉLIA

Ufa, ainda bem que alguém conseguiu fazer você sair um pouco da bolha escura em que você vive.

É bom ver você interagindo com a gente, você precisa de mais alguma coisa?

HENRY

Amélia, não preciso de mais nada.

Preciso sair, caso eu demore, preciso que algum de vocês busque a Antonela no orfanato e leve-a para a casa dos nossos pais.

Henrico e Amélia olham para Henry que estava saindo, ele vira e diz:

Vou ficar bem, só não sei se vou demorar.

AMÉLIA

Henry, nós te amamos, não esqueça disso.

Henry só confirma e continua andando, sai da sede e vai para o seu carro. Quando ele vê os seguranças indo para o carro, ele dispensa todos.

HENRY

Preciso desse tempo só para mim, sei que eles vão ficar preocupados, mas preciso.

Faz alguns dias que venho sonhando com os meus avós. Eles falam para cuidar da minha família e nesse sonho tem uma menina com os olhos azuis iguais à Antonela.

Chego, me sento e faço a minha meditação. Gosto do silêncio, me desligo de tudo e fico. Quando me dou conta do horário, vejo que já estava na hora de buscar Antonela, mas alguma coisa está me segurando aqui.

Meu neto, se sente e volte a sua meditação. Tudo ficará bem, não se preocupe, estamos cuidando de vocês.

Escuto a voz doce da minha avó Cassandra. Sinto tanto a sua falta.

Se soubesse que eles faleceriam, teria passado, mais tempo em casa do que na farra.

Me sento e volto a meditar, mas algo está me incomodando, me concentro, demoro, mas consigo meditar.

Fico por mais duas horas, já passa das oito horas da noite, levanto e vou para o meu carro.

ANTONELA

Estou esperando Henry vir me buscar, já passa das sete horas da noite, e nada dele aparecer e nenhum dos irmãos dele, pego meu celular e tento ligar para ele, mas nada dele atender.

Estou fazendo uma criança dormir quando escuto tiros.

Deito a criança no berço e vou em direção à sala da diretoria. Eles não estão e nem são preparados para esse tipo de situação, por minha causa, isso está acontecendo.

Ligo para o Henry novamente, mas nem chama, a minha única salvação será meu pai.

Ligo para ele e falo o que estava acontecendo, mas para a minha surpresa, a casa dos meus pais está sendo atacada.

Merda, desligo e procuro por uma saída. São muitos e não posso colocar a vida dessas crianças ainda mais em risco.

Vejo uma funcionária sentada como se nada tivesse acontecendo, as crianças estão chorando, algumas estão gritando, volto para trás e vou até um dos quartos, abro a janela, só me resta pular e sair daqui.

Pulo, mas bati meu pé em uma pedra. Está doendo e muito.

Tenho que correr, mas com essa dor não sei se conseguirei ir longe. Sempre fui por um caminho, agora terei que fazer outro. Vai demorar, mas é a minha única chance.

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