Charlotte Resende detesta esta cidade barulhenta ela levanta cansada depois de praticamente pernoitar acordada o vizinho deu uma festa que parecia dentro do seu apartamento ela divide o aluguel com a sua amiga Suellen Prado que é modelo e vive viajando elas se conheceram no orfanato. Depois do banho se vestiu e saiu de casa atrasada e por pouco não perde o ônibus. Para variar o seu "Herbert" esta na oficina foi um presente do seu avô quando ela entrou para faculdade, Charlotte tem orgulho do seu carro ao se lembrar dos avós que eram cheios de vida, é uma ferida aberta de difícil cicatrização seus avós foram vítimas de um acidente de barco, o que ainda conforta o seu coração é que os dois partiram juntos e fazendo o que gostavam quem sabe um dia ela tenha a sorte de ter um amor como o deles, desceu num ponto próximo e foi direto a cafeteria da esquina todos os atendentes já sabiam o que Charlotte iria pedir era sempre o mesmo ela anotava as encomendas de todos inclusive do seu irmão ao todo eram doze cafés especiais e quinze donut ao ver ela chegar todos se aproximam para pegar as suas encomendas, agradecidos pelo favor sorrindo Charlotte entra no elevador muito temerosa, como sempre faz dois anos que trabalha aqui e ainda não se acostumou com os elevadores e escadas rolantes, foi criada no campo e era feliz sem os luxos da cidade grande e sente falta de tudo aquilo que viveu, antes da sua mãe a levar ela dos avós e colocar num colégio interno para evitar que o seu novo marido rico a fizesse ela levar a filha para casa sua Fernanda nunca gostou da filha por isso desde pequena a menina foi criada pelos avós que nunca deixara lhe faltar o essencial que uma família e muito amor.
Os seus dias naquele lugar frio foi amenizado por amizades entre as internas que era "sozinha nunca, mais". Para uma criança que não entende por que foi abandonada por quem Deus deu a incumbência de ser o seu guardião, mesmo sem saber porque a sua própria mãe nunca conseguiu demonstrar um pouco de amor por ela, mas de uma coisa Charlotte Resende tinha certeza que jamais faria com os seus filhos o que fizeram com ela, eram lembranças dolorosas Charlotte sai do elevador equilibrado a bandeja com os cafés e é recebida com festa por cada setor entregou a cada um, a sua preferência e caminhou para a sala do seu irmão ela parou e deu dois toques na porta de madeira maciça, enquanto espera o som da porta do elevador se abrindo a faz levantar e não se agrada se aborrecer tão cedo não era o que ela queria para hoje e Carol Lins vinha na sua direção o barulho do seu salto batendo no piso era irritante ao se aproximar ela praticamente toma a bandeja das mãos e sem dizer uma palavra invade a sala do meu irmão e ainda bate a porta na minha cara, aquela sem educação do que adianta aquelas roupas de griffe esta sempre se gabando de ter estudado ser fluente em vários idiomas e não ter um pingo de educação além de ficar correndo atrás de um homem que não gosta dela oferecida pronto pensei e ainda levou o meu café caminho em direção a minha mesa abro o meu notebook e começo a trabalhar.
__ SAI DA MINHA SALA AGORA CAROL, VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE VIR ME COBRAR NADA ! o som da voz do meu irmão quebra o silêncio ouço sons de coisas caíndo e a porta é aberta uma Carol furiosa sai pisando duro.
__ CHARLOTTE QUEM MANDOU VOCÊ DEIXAR ESTA MULHER ENTRAR NA MINHA SALA? abro a boca pra falar, mas desisto é melhor eu cuidar da minha sanidade mental.
Depois deste episódio desagradável e a sala dele foi limpa trabalhamos na santa paz.
Um mês passou-se e eu continuo como um peixe fora d'água ,detestei a balada e agora fujo das meninas da empresa que querem ser minhas amigas porque não penso do mesmo jeito que elas, outro dia eu fui comparada a uma vozinha que faz crochê. Hoje tenho uma consulta agendada no dentista o meu siso está inflamado estava na sala de espera aguardando a minha vez, e o paciente do meu lado deixou o jornal e foi embora após remarcar pois alegou ter um compromisso tentei resistir, mas acabei colocando o jornal na bolsa e fui a próxima a entrar a dentista era uma mulher de meia idade muito simpática a secretária entrou informando da remarcação do sr Alexander que pelo visto é um velho conhecido que sempre remarca sem conseguir enfrentar o seu pavor a tratamentos dentários eu sei por experiência própria que não se pode adiar o inadiável sai do consultório fui ao mercado comprar legumes para preparar um caldo.
Depois do banho sentei para tomar um caldo de cenoura lembro do jornal e vou lendo enquanto janto quanto um anúncio chamou a minha atenção era uma reportagem sobre um fazendeiro do Arizona que tinha colocado num jornal local uma procura por uma esposa não havia foto do homem o anúncio só dizia sua idade trinta e dois sua altura um e noventa seis e seu peso cento e oito e as suas exigências em relação as candidatas era que tivesse entre vinte seis a trinta anos que soubesse cozinhar e que fosse honesta. nada sobre filhos as interessadas deveriam entre em contato pelo e-mail que seria fornecido através do Jornal O Estado.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
MARIA RITA ARAUJO
no mínimo, vai ser ela quem vai levantar ele da ruína e pobreza
2025-01-20
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