** Lina responde ao senhor José com um sorriso. - Obrigado, senhor. - **
** Lina sai da fonda e inicia seu caminho de volta para sua pequena moradia, desta vez não se distrai vendo as vitrines das lojas, quer chegar o mais rápido possível em casa, está um pouco cansada, só quer chegar e descansar um pouco, mas sabe que não pode, tem que fazer alguns trabalhos domésticos* *
** Quer deixar tudo pronto, pois no dia seguinte irá à cidade visitar a mãe de sua amiga e não sabe quanto tempo demorará para voltar* *
** Por outro lado, Cedrick acaba de chegar em casa, seu chofer Willy lhe diz. - Senhor, quer que eu prepare algo para o jantar?. - **
** Cedrick o fica olhando e depois diz. - Não. - Depois se vira e se dirige à enorme biblioteca onde, em todos esses anos, Cedrick se dedicou a colecionar livros de todo tipo, os que mais lhe atraem são livros sobre feitiços, bruxarias e maldições, Willy seu chofer o segue. - Até quando vai continuar com esses livros, nenhum deles te serviu de nada em todo esse tempo. - **
** - Willy, não perco as esperanças de que algum dia em um desses livros encontrarei uma resposta para tudo isso, embora a resposta eu saiba. - Diz Cedrick em tom triste, deixando-se cair no velho sofá. - **
** Embora seja um milionário, prefere viver uma vida simples, pois, para ele, o luxo em sua condição já não tem nenhum valor.**
** Willy apenas move a cabeça, sente compaixão por seu amigo, mas ele mesmo sabe qual é a resposta, que tem que conhecer a pessoa que o aceite tal como é. - Você sabe bem que não encontrará nenhuma resposta em todos esses livros, Cedrick. - **
** Este fica em silêncio com o livro nas mãos, decide deixá-lo de lado, fecha os olhos tentando não pensar em mais nada. - **
** Para Cedrick, viver assim é viver um pesadelo todas as noites, pois agora o transformar-se em lobisomem todas as noites o deixa mais cansado, antes só se transformava em lobo nos dias de lua cheia, agora todas as noites se transforma em lobo, o pior é que cada vez lembra menos dos lugares. Aonde anda e o que faz durante toda a noite. **
** Pelo menos antes, quando voltava, lembrava dos lugares por onde andava na floresta. Mas ultimamente já não os lembra e tampouco lembra o que faz durante toda a noite em suas saídas. - **
** Lina, por outro lado, já terminou com seus afazeres, está deitada em sua cama lendo um livro velho que pertencia a seu pai quando este frequentou a universidade. - **
** Seu pai sempre lhe dizia que esse livro a ajudaria em sua carreira universitária, que só tinha que memorizar esse livro para quando chegasse o momento de ir para a universidade, de repente para de lê-lo porque escuta ruídos lá fora, agora escuta grunhidos que fazem com que sua pele se arrepie novamente.
- Que diabos é esse barulho, ontem a mesma coisa e hoje outra vez, isso não é um cachorro. - **
** Lina fica imóvel em sua cama, sem fazer nenhum ruído até que se deixa de escutar, mas o medo não a deixa dormir bem, a cada instante se levanta e assim passa a noite toda até que soa o alarme de seu telefone às 4 da manhã, se levanta e entra no banheiro, faz suas necessidades, lava os dentes e depois se veste. **
** Quer chegar cedo à fonda, para preparar os biscoitos e os panquecas, e tomar café da manhã antes de ir para a casa da senhora Beatriz. **
** Quando sai de sua casa, logo começa a caminhar, mas enquanto caminha sente que está sendo observada e acelera o passo. **
** Tem a sensação de que alguém a está seguindo, ainda é muito cedo, quase não há gente circulando pelas ruas como outras vezes, para para ver se alguém vem atrás dela, mas não consegue ver ninguém, as luzes das lâmpadas iluminam muito pouco e não pode distinguir algumas figuras que se veem ao longe. **
** Lina assustada diz para si mesma. - Por que sinto que estão me seguindo? - Começa a caminhar mais rápido até chegar à fonda onde trabalha, quando chega está tão cansada que seu coração bate tão depressa como se fosse sair do peito. - **
** - Calma, Lina, chegamos, tudo está bem. - Diz Lina, para si mesma, ajeitando os cabelos, respira profundamente tomando um pouco de ar fresco e, depois entra no mercado e se dirige até onde está a fonda. - **
** Dom José já está ali, compreende-se que acaba de chegar, porque está apenas abrindo, ao ver Lina se surpreende.
- Mas o que você está fazendo aqui tão cedo?* !! - *
** Ela lhe responde ainda um pouco agitada. - Ai, dom José, me aconteceu algo estranho. - Diz enquanto o ajuda a levantar as pesadas cortinas da fonda. - O que te aconteceu, moça?. - **
** - Não sei, dom José, mas senti como se alguém estivesse me seguindo em quase todo o caminho, mas não havia ninguém, não sei, mas desde faz dias tenho a sensação de que alguém está me observando. - **
** - Vamos, Lina, tomemos um café enquanto me conta. - Lina serve duas xícaras de café, uma para ela e outra para o senhor José acompanhada com uns biscoitos, vai até a mesa onde dom José já está sentado esperando-a. **
** Entrega sua xícara de café e seus biscoitos a dom José e depois se senta. - Agora sim, me conte, Lina, o que está te acontecendo, por que diz que tem essa sensação de que alguém está te seguindo?. - **
** - Pois como lhe disse, em todo o caminho senti que alguém estava me seguindo, mas parei para ver se alguém vinha atrás de mim. Mas não vi ninguém. - **
** Dom José lhe diz depois de tomar um gole de café.
- Desde quando tem sentido que está sendo vigiada?. **
** Lina fica pensando por uns minutos e, lembra que foi a primeira vez quando quase é atropelada. **
** - Sabe, dom José, agora que me lembro, já faz vários dias que isso começou a acontecer quando cruzei a rua e não reparei que vinha um automóvel e quase me atropela, essa foi a primeira noite que senti essa sensação e escutei ruídos fora da casa, pensei que eram apenas os cachorros que andavam na parte de fora. - **
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Atualizado até capítulo 60
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