Uma forte bofetada faz com que a garota caia no chão e, em seguida, um chute faz com que todo o ar saia de seu sistema.
— Uma única coisa você tinha que fazer direito, Emma, uma única coisa. E você não fez direito?
O garoto grita com ela e ela chora em silêncio.
— Perdoe-me, David, prometo que farei melhor na próxima vez.
O garoto bufa e revira os olhos enquanto a olha no chão.
— Você fará melhor? Você está há dois anos trabalhando para o inútil do meu primo... O que te custa seduzir esse maldito? Por acaso você não tem os atributos suficientes de uma mulher?
— Eu farei, David, prometo que farei, só me dê tempo, sim?
— Tempo é o que não temos, a empresa do meu pai está em falência e você é a única salvação... Por acaso você não pode fazer isso por mim? Pelo seu noivo?
Ver seus olhos cheios de tristeza me faz sentir mal e culpada, então concordo enquanto me levanto do chão.
— Eu farei, em três dias haverá uma festa de funcionários e o senhor Moretti estará aí, eu o drogarei e farei com que ele pague uma alta soma por ter abusado de mim.
David sorri satisfeito e eu agradeço muito em meu íntimo pela boa ideia que tive.
— Excelente ideia, querida, lembre-se que tudo é para o nosso bem... Logo seremos felizes, só você e eu, de acordo?
— Sim, David, prometo que desta vez farei direito.
A garota se levanta e, com a mão na barriga, olha para o amor de sua vida para depois ir para sua casa.
EMMA:
O silêncio da casa de meus pais me recebe e caminho lentamente para subir as escadas, mas uma voz me detém.
— Seu noivo me informou que você não está fazendo a coisa direito, Emma.
A voz de meu pai do sofá da sala me faz pular e olho para trás.
— Pai.
Murmuro com algum tremor na voz e ele se levanta caminhando em minha direção enquanto me olha de cima a baixo.
— Ao que parece David já te castigou como você merece... Esconda essa cor avermelhada de sua bochecha.
— Sim, pai.
Murmuro e observo como ele se dirige às escadas, mas para para acrescentar.
— É melhor você dar ouvidos ao seu noivo, de você depende o triunfo de nossas empresas, ficou claro?
— Sim, pai.
Volto a dizer e ele termina se retirando enquanto eu concordo para depois ir para meu quarto.
Os dias passaram e os três dias chegaram enquanto eu morro de nervos e medo.
Devo fazer isso, tudo seja por David e minha família.
Murmuro para mim mesma enquanto observo como o senhor Moretti sai de seu escritório e se dirige à minha mesa.
— Senhorita Miller.
Me chama com sua voz baixa e rouca e eu respondo imediatamente enquanto sinto como sua presença me intimida.
— Senhor?
— Preciso de todos os documentos da semana passada em minha mesa, entendeu?
— Sim, senhor.
Respondo imediatamente e olho como ele dá meia volta para ir para o elevador e com um suspiro o detenho.
— Senhor Moretti.
Suas largas costas param e me olha por cima do ombro.
— Lembre-se da festa com os funcionários.
Um fio de voz sai de mim e o senhor Moretti concorda para depois se retirar.
Quando o elevador se fecha com ele, tomo várias lufadas de ar e me ponho a fazer tudo o pedido antes de ir embora.
(...)
Horas mais tarde me olho no espelho e levo um lindo vestido preto, muito curto e muito revelador para o meu gosto, mas se quero chamar a atenção do meu chefe, isto é mais que necessário, acomodo meus seios e mordo meus lábios de tão desconfortável que estou.
— Bem, esta é sua oportunidade de fazer as coisas direito, Emma.
Digo a mim mesma para depois sair do meu quarto.
Ao descer as escadas minha irmã menor por dois anos me olha com um sorriso radiante.
— Já vai?
— Sim... Como estou?
— Você está ótima, é a primeira vez que te vejo vestida assim.
— Em meus 23 anos é a primeira vez que uso uma peça assim.
Menciono envergonhada e ela sorri pegando minhas mãos.
— Te desejo muita sorte, querida.
— Obrigada... É hora de ir embora, o táxi já chegou para me buscar.
Me retiro e me dirijo ao táxi que já esperava por mim, dou meu endereço e ele concorda me levando ao lugar.
Ao chegar ao bar observo todos os funcionários incluído meu chefe que está muito relaxado e diferente com roupa que não é de escritório.
— Boa noite.
Menciono me aproximando deles e todos respondem.
— Boa noite, Emma.
— Quase não te reconheci, que bonita você está.
São alguns dos elogios de meus companheiros de trabalho e eu sorrio algo envergonhada.
— Obrigada... Posso me sentar?
Pergunto ao meu chefe que observo um espaço vazio junto a ele e ele concorda não dando importância.
Entre drinques, anedotas, danças e piadas passam algumas horas e observo como todos estão bêbados.
Meu chefe não é a exceção, mas ele ainda está são, então aproveito uma distração e coloco um líquido transparente na bebida.
Só espero alguns minutos e olho como ele toma tudo e eu suspiro nervosa esperando que faça efeito o qual não tarda em passar.
— Me sinto muito bêbado, acho que é hora de ir embora.
Diz meu chefe e eu me ofereço para levá-lo.
— O senhor não está nada bem, chefe, eu o levo.
Ofereço e ele nega.
— Não precisa, tenho um quarto neste bar, costumo ficar quando bebo demais.
Arrasta a palavra e eu me levanto ajudando-o.
— Eu o ajudarei a subir ao seu quarto, não é incômodo para mim, vamos.
Volto a insistir e ele não diz nada enquanto o levo ao seu quarto e ele me dá o endereço.
A caminho dele observo como meu chefe olha meus seios e lambe os lábios enquanto sorri.
— Está muito sexy, senhorita Miller, não costumo fazer isto, mas... Gostaria de passar esta noite comigo?... Perdão, perdão... Bebi demais e não sei o que digo.
Se desculpa tentando se afastar de mim e eu me aproximo dele pegando suas grandes mãos e as coloco em meu peito.
— Não tenho problema com isso, chefe.
— Alexandro... Não estamos no escritório... Me chame de Alexandro.
Diz e concordo com um sorriso enquanto por dentro me sinto a pior pessoa, mas isto é necessário e valerá a pena, estou segura, verdade?
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Atualizado até capítulo 62
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