capítulo 2

Holly revirou os olhos ao ouvir sua amiga falar do cara que ela costuma dar uns pega de vez em quando. Sabia que David não era lá aquelas coisas, mas ele era um cara cheio da grana e quando ele tinha vontade de fazer sexo sempre chamava ela e como não era boba nem nada ia atrás dele como se fosse a coisa mais natural do mundo. Às vezes ela se comportava como uma vadia mesmo, e já estava na hora de parar com aquilo como Katie dizia sempre.

- É... só às vezes. – Ela gaguejou envergonhada.

- Holly... já disse para parar com isso. O cara é um idiota, ele só está lhe usando.

- Bem, estamos kits... eu também uso ele. – ela tentou brincar, mas Katie fez cara feia. – Eu vou parar, prometo que vou parar... mas é que ele é tão...lindo e tem dinheiro.

- Grande coisa. Ele sai com os outras mulheres quando não te quer.

- Mas ele acaba voltando para mim depois.

- Só por sexo. É apenas isso que ele quer de você e quando quer ainda.

Holly deu de ombros.

- Eu sei... mas eu prometo que não vou mais... sair com ele. – ela contou sem graça. – mas vou sentir falta... do sexo.

Katie bufou.

- Tem outros caras bons por aí, sabia.

- Eu sei.

- Então põe essa cabeça no lugar. E antes que eu vá, quero que você vá amanhã comigo no aeroporto.

- Fazer o que num aeroporto? Planejou uma viagem e não estou sabendo. – Ela indagou, confusa.

Katie deu de ombros e sorriu.

- Na verdade, o primo de Alex vai vir para cá uma semana antes do casamento. – Ela sorriu.

- E o quê tem isso?

- Ele vai ser seu par no casamento.

- Sério? Vocês já escolheram o meu par nisso. – ironizou. – Muito obrigada pela parte de vocês.

- Não fique brava. É que a família do Alex quer que as damas de honra entrem acompanhadas ao invés de sozinhas. – contou, e acrescentou. – E olha que você tem sorte, o primo do Alex é bonito.

Holly bufou.

- Ah é. Pensei que você teria dito agora pouco para eu parar de agir como uma vadia.

- Eu disse para você parar de sair com aquele escroto.

- Muito obrigada pela sua sinceridade.

- Por isso que seus relacionamentos não dão certo. Você pega qualquer babaca.

Holly levantou num pulo, indignada com sua amiga. Agora ela estava agindo como uma verdadeira amiga, sendo sincera antes do casamento. Então em toda a sua vida Katie preferiu ficar calada vendo a cometer erros um atrás do outro e só agora decidiu colocar pra fora.

- Eu...

- Não fique chateada. É que não suporto ver você saindo com aquele cara. – Katie fez careta. – Quero que você encontre alguém pra compartilhar a sua vida.

- E quem disse que quero compartilhar minha vida com alguém. – disse sarcástica. – Sou muito melhor sozinha.

- Ok. Então já vou indo. – Katie levantou e acrescentou. – Não esqueci, amanhã o jantar.

Ela assentiu e agradeceu a amiga mais uma vez, antes de Katie se virar e ir embora. Observou sua melhor amiga ir embora, para só então dar uma olhada dentro da sacola e ficou aliviada por ver que não tinha nada de flores.

Deixando aquela conversa besta de sua amiga de lado e foi para a loja, precisava trabalhar e focar naquilo.

Quando foi mais tarde saindo da loja, Holly sorriu ao ver David esperando. Aí ele era mesmo bonito, loiro, alto, olhos verdes e incrivelmente sexy, não tinha como não resistir a um homem daquele. Era como se estivesse com o capitão América.

Holly fez cara de deboche ao pensar em David como Chris Evans, o que não era verdade. Aquele ali era um porre de homem que sabia muito bem agradar uma mulher.

- Oi.

Ele sorriu com seu jeito encantador.

- Oi, gata.

- O que faz aqui?

Ele somente deu uma piscada há ela e já sabia o que ele queria. Katie tinha razão, ele só queria uma coisa dela e nada mais. Ela tinha que parar com aquilo, estava parecendo uma prostituta.

Sem pensar duas vezes, decidiu que precisava mesmo de uma noite para relaxar, estava tensa por causa do casamento.

Sorriu para ele e aceitou o convite. Tinha que viver cada dia de uma vez.

 

Mark Schneider olhou para o relógio de pulso e realmente estava atrasado para uma visita. Precisava estar lá em dez minutos, mas seria impossível já que estava preso num engarrafamento naquela manhã de sexta-feira. Ainda bem que o tempo ali em Seattle estava uma maravilha, e ele já deveria estar acostumado com aquela correria toda da cidade.

Faz apenas dois meses que se mudara para aquela cidade por causa do trabalho. Seu primo o convidará para o casamento dele alguns meses atrás e literalmente falando não estava afim de ir, mas só resolveu ir porque ele iria ser o fotógrafo da cerimônia na semana que vem e estava ansioso para começar o trabalho. Havia montado um estúdio no centro da cidade e ficou feliz em ver que tudo estava indo do jeito que ele gostaria que fosse.

Há anos que ele vinha planejando montar um estúdio e agora estava feliz por finalmente conseguir o que tanto almeja. Não que ele não gostasse de trabalhar em outros estúdios, mas agora era o seu próprio estúdio e pelo jeito estava indo tão bem, afinal já tinha conseguido vários contratos para fotografar casamento e aniversários.

Nunca imaginaria seu primo Alex se casando, já que era o cara mais chato e sem graça para ter conseguido conquistar uma mulher. Havia conhecido a noiva do seu primo há algumas semanas atrás, até que ela era bonita e parecia ser uma boa pessoa, e ficava feliz por saber que Alex estava realmente feliz. Eles dois nunca foram muito chegados, só na infância quando os dois estudavam na mesma escola, mas a diferença de idade era mínima. Ele era dois anos mais velho que Alex e perceber que não estava ficando para trás já era um bom começo. Não que ele não estivesse interessado em arrumar alguém, e que ele tinha pouco tempo livre e quase não saia para ir atrás de mulheres. Afinal, ainda não estava muito afim de arrumar ninguém por enquanto, fazia cinco meses que estava novamente solteiro, sair de um relacionamento de cinco anos não era fácil ter que voltar a rotina tudo de novo.

Em seus trinta e dois anos, nunca imaginara que ficaria naquela situação. Sua ex havia acabado com seus negócios e estava muito decepcionada com as atitudes dela.

No começo ele tinha ficado meio inconformado com o fim do relacionamento, mas agora ele percebeu que foi a melhor coisa que havia feito desde então.

E agora, era livre para fazer o que bem entendesse, principalmente mudar de cidade, o que para ele estava muito bom.

Finalmente os  carros começaram a andar, devagar mas pelo menos estava indo. Tinha marcado para se encontrar com Alex e Katie para combinar aonde eles queriam tirar fotos antes do casamento, se queriam tirar em estúdio ou ar livre. Não conhecia muito a cidade, então não poderia opinar muito.

Chegou no estúdio muito atrasado, se encontrou com os dois em frente ao prédio. Vinte minutos esperando ele ali do lado de fora não era nada legal.

- Bom dia.

- Bom dia. – os dois saudaram ele.

- Desculpa o atraso. Peguei um trânsito vindo para cá. – ele forçou um sorriso, enquanto abria a porta. – Só não liga para a bagunça, porque ainda não tive tempo de pôr tudo em ordem.

- Tudo bem. A gente entende, a vida é tão corrida. – Katie disse olhando em volta.

- É sim. Então, já decidiram como vão querer as fotos?

Alex olhou para a noiva, só então ambos sorriam um para o outro.

- Sim. Queremos tirar algumas fotos ao ar livre se não se importa.

- Pra mim, tudo bem. Só não conheço muito aqui para sugerir algum lugar.

Mark sorriu.

- É uma pena que você não possa ser uns dos padrinhos. – Alex disse.

- Mas pensa por outro lado, serei o cara que vai fotografar o casamento todo. Vocês vão poder rever várias vezes o momento de vocês.

Katie sorriu.

- Sim. Será que você pode ir ao jantar hoje a noite lá na casa dos meus pais? – Katie convidou-o.

Mark hesitou, só então viu seu primo fazer uma cara estranha e por fim disse.

- Claro.

- Não é nada muito chique, é só um jantar entre os padrinhos e os pais dos noivos.

- Tá bom.

Katie sorria como uma noiva ansiosa e boba. Ela era uma boa pessoa, e seu primo era sortudo por encontrar alguém perfeito para ele.

- Então, quando encontrarem um...

Foi interrompido com o toque do celular de Katie, que ficou sem graça. E deixando a conversa no ar, ela atendeu.

- Oi, amiga. O que aconteceu? – Ela perguntou, e pelo jeito não era nada bom, havia colocado a mão na cintura nervosa. – Eu não acredito que você não gostou dos vestidos. Eles são maravilhosos... não quero saber, vai escolher um deles. Não quero ver você hoje a noite de calça jeans e camiseta... – Katie bufou. – nem se atreva a aparecer pelada também, se não eu mato você. – suspirou. – Acho bom resolver isso logo. Eu tô indo buscar o seu par daqui a pouco, você vai com a gente? Não! Por que? – fez careta. – Tá ok. Mas lembre-se, e pra ir de vestido. Até mais tarde...beijos.

Katie deu um suspiro assim que desligou o celular e olhou para o noivo indignada.

- Ela está se recusando de novo em usar o vestido? – Alex indagou.

- Sim. É inacreditável isso.

- Não sei como você aguenta tanto ela, amor.

- Eu amo a Holly. Ela é a minha única amiga, só ela me entendi quando estou chateada ou ansiosa. – Katie olhou para ele confuso. – Desculpa, a minha madrinha de casamento é incrível.

Ele apenas assentiu, sem saber o que dizer.

- Bem, a gente vai indo. Temos que buscar o Fernando no aeroporto.

- Ah claro. Ele aceitou ser um dos padrinhos?

- Oferecemos a Holly como acompanhante dele. – Alex deu uma risadinha. – Ele aceitou na hora.

- Fala sério!

Sabia que seu primo era idiota de primeiro, só aceitava as coisas quando tinha mulher no meio. E o mais incrível era a mulher que caísse nas asas dele, pois além de escroto, era um galanteador de mão cheia.

- Então, quando vocês acharem um lugar bacana, levo meu equipamento e tiro algumas fotos para o álbum.

- Ótimo.

- Passarei o orçamento para você por e-mail, Alex.

- Beleza.

- Bem, já vamos. Até mais tarde, Mark.

- Até mais.

Depois que os dois foram embora, resolveram ajeitar tudo por ali. Teria que contratar mais alguém para ajudar ele ali, uma atendente que soubesse mexer com alguma coisa em montagens, apesar dele fazer esse trabalho todo. A única pessoa que ele tinha era um cara que havia contratado para filmagens e só. Havia colocado avisos de precisa de atendente há uma semana e até agora nada.

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