**Capítulo 2: Primeiras Impressões**
O som do elevador era abafado pela pressa no hall de entrada. Sofia Oliveira, com seus saltos elegantes, ajustou a blusa de seda e olhou rapidamente para o relógio de pulso. A reunião estava marcada para começar em cinco minutos, e, como sempre, ela estava a caminho de mais um desafio. Sua vida no mundo corporativo era uma corrida constante, onde cada segundo contava. Ela respirou fundo e se preparou para o que estava por vir.
A grande sala de reuniões estava no último andar de um prédio imponente, o topo de um dos arranha-céus mais prestigiados da cidade. As paredes de vidro ofereciam uma vista deslumbrante da cidade: luzes que piscavam ao longe, carros que se moviam como pequenos pontos coloridos e o horizonte que parecia se estender infinitamente. A atmosfera, no entanto, estava longe de ser pacífica. Dentro da sala, o ar estava carregado de tensão. Sofia podia sentir o peso da expectativa sobre os ombros.
Ela entrou e foi recebida com olhares curiosos, todos fixados nela. Os executivos mais antigos estavam reunidos em volta da mesa, papéis e laptops abertos, como se o mundo corporativo estivesse se desdobrando ali mesmo, sob o brilho das lâmpadas LED.
E então, ele apareceu.
Carlos Vasquez. O novo CEO da corporação parceira e aquele cujos rumores haviam chegado antes de sua presença física. Alto, com uma postura imponente, ele parecia carregar o peso de uma vida inteira de sucesso em cada passo que dava. Seus olhos escuros e penetrantes observaram a sala com calma, como se estivesse no controle de tudo. Quando ele fixou os olhos em Sofia, um calafrio percorreu sua espinha. Não era o olhar de um homem que se impressionava facilmente, mas o tipo de olhar que parecia avaliar tudo e todos com um único gesto.
“Senhorita Oliveira”, ele disse, estendendo a mão com firmeza.
Sofia hesitou por um instante, mas logo retribuiu o cumprimento. A mão dele era fria e firme, como um aço polido, contrastando com a suavidade da sua. Ela não sabia bem o que esperar dele, mas sentiu uma energia que a fez querer ser cuidadosa, como se cada palavra sua estivesse sendo meticulosamente analisada.
“Sr. Vasquez”, respondeu, mantendo o tom profissional, embora uma sensação estranha começasse a se formar dentro dela.
Carlos se afastou e foi direto ao ponto, como sempre fazia. Ele não estava ali para perder tempo. A reunião era crucial, e ele sabia disso. A empresa de Sofia estava prestes a entrar em um projeto conjunto com sua corporação, um movimento ousado que poderia mudar os rumos de ambos os lados. As negociações tinham sido intensas, mas tudo se resumiria à forma como os dois lidariam com o desafio.
“O que temos aqui, senhorita Oliveira, é um projeto que pode gerar milhões para ambas as partes”, começou Carlos, sua voz suave, mas autoritária. “Mas também tem riscos. E, sendo bem honesto, eu não sou fã de riscos desnecessários.”
Sofia se manteve firme. Ela sabia que aquele era o momento em que tudo poderia ser decidido. A necessidade de fazer a parceria funcionar era real, mas a pressão estava ali, nua e crua, entre eles.
“Eu entendo, Sr. Vasquez. Mas acredito que as grandes oportunidades só aparecem quando enfrentamos riscos calculados”, respondeu ela, olhando nos olhos dele com a confiança que sempre demonstrara no ambiente corporativo.
Carlos arqueou uma sobrancelha, claramente impressionado. Mas havia algo em seus olhos que sugeria que ele não estava convencido completamente. Ele era astuto demais para se deixar levar apenas pelas palavras. Ele queria ver ação, resultados, e estava determinado a encontrar alguém que fosse capaz de desafiá-lo e, ao mesmo tempo, acompanhá-lo nesse caminho.
A reunião continuou, mas Sofia não conseguia tirar os olhos de Carlos. Havia algo sobre ele, algo que transcendia o simples ambiente profissional. Ele não era como os outros CEOs com quem ela havia trabalhado. Ele tinha uma presença, uma intensidade que a deixava desconfortavelmente alerta. E, ao mesmo tempo, despertava uma curiosidade que Sofia nunca soubera como controlar.
Quando a reunião finalmente chegou ao fim, Carlos levantou-se primeiro, com a mesma elegância com que entrara. Ele olhou para Sofia uma última vez antes de sair da sala.
“Nos vemos em breve, senhorita Oliveira. Espero que o risco valha a pena”, disse ele com um sorriso enigmático, antes de virar as costas e desaparecer pela porta.
Sofia ficou ali, no meio da sala silenciosa, sentindo o peso de suas palavras e o impacto que ele teve nela. O projeto, sim, era importante. Mas agora havia algo mais: a conexão invisível que ela não podia ignorar.
Ela sabia que aquele encontro seria apenas o começo de uma jornada que iria muito além dos negócios. Mas, ao mesmo tempo, uma voz interna a alertava: em um jogo de poder como aquele, o risco não era apenas profissional. Era pessoal. E ela estava prestes a ser arrastada para um confronto que nem ela mesma sabia se estava preparada para enfrentar.
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Atualizado até capítulo 82
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