Outra discussão...

Desligo a chamada com o Felix, respiro fundo e encaro o espelho. Minha cara tá um lixo. Olhos inchados, maquiagem borrada... sem contar que fiquei rouca de tanto gritar. Parece que um zumbi me atropelou e deu ré só pra garantir. Solto um suspiro, me jogo na cama, mas o sono tá pedindo passagem. Antes, olho o celular. 8:00 da manhã. O Jun-ho só sai às 11:00, então ainda tenho umas boas quatro horas pra descansar.
Deito, mas a cabeça já tá rodando. Como é que eu vou contar isso pro Jun-ho?
Quatro horas depois...
Acordo com o barulho do inferno na Terra. Não, pera. É só o alarme. Sempre coloco essa merda pra não me atrasar pra buscar o Jun-ho na creche. Levanto num pulo, mas tô tão grogue que quase bato o dedinho na quina da cama. Vou direto pro banheiro. Outro banho, porque, né? Não quero que falem por aí que eu sou uma mãe desleixada e que isso chegue nos ouvidos do meu pai. O ser humano já vive esperando motivo pra me encher o saco com aquele discurso de "o que vão pensar da nossa família?"
Depois do banho, fico encarando as roupas no armário.
Nari
Nari
Moça de família, né? Elegante, comportada... ah, vá se fuder. Já tô cheia desse teatrinho pra agradar os outros e proteger o ego do meu pai.
Nari
Nari
Na real... Eu amo esse estilo, mas... me dá vontade de tacar fogo em tudo essas roupas, quando meu pai dá um ar de superioridade nelas!.
Nari
Nari
Quer saber? Que se foda! Quero mais é que todo mundo vá tomar no cu. Vou vestir o que eu quiser, do jeito que eu quiser, e ninguém vai me impedir. Se falarem alguma coisa? Problema deles. Quem vai buscar meu filho sou eu, e ele não tá nem aí pra esse monte de bosta que inventam pra agradar a sociedade
Pego uma roupa estilosa e que combina comigo. Porque, no final das contas, quem tem que gostar sou eu, e um tênis branco.
Roupa:
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Tênis
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Make
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Depois de vestir a roupa que eu queria, me encaro no espelho mais uma vez. Minha expressão tá decidida, e algo dentro de mim dá aquele clique: "É isso. Foda-se o mundo" Não preciso da aprovação de ninguém, especialmente do meu pai. Se ele quiser que eu seja a filha certinha, pode esperar sentado. Depois de vestir a roupa que eu queria, me encaro no espelho mais uma vez. Minha expressão tá decidida, e algo dentro de mim dá aquele clique: "É isso. Foda-se." Não preciso da aprovação de ninguém, especialmente do meu pai. Se ele quiser que eu seja a filha certinha, pode esperar sentado.
Eu dou uma última olhada no espelho antes de sair, tentando dar um jeito na bagunça que estava o meu cabelo. Depois de toda aquela discussão com meu pai e minha madrasta, não tenho nem ânimo pra me preocupar com aparência, mas preciso buscar o Jun-ho. Ele deve estar esperando ansioso.
Chego na creche e, ao ver o sorriso do Jun-ho vindo em minha direção, tudo parece fazer mais sentido.
jun-ho
jun-ho
Mãe!
Ele grita, com os bracinhos abertos. Eu me agacho pra abraçá-lo, sentindo o cheirinho de criança misturado com a alegria dele.
Nari
Nari
Oi, meu amor. Tá com saudade da mamãe?
Pergunto, enquanto ele me dá aquele sorriso sincero. O calor da sua felicidade me faz esquecer por um momento todo o estresse do dia.
Saímos da creche e eu o seguro pela mão, pensando que, pelo menos por agora, eu sou tudo que ele precisa. Não importa o que aconteça com meu pai ou qualquer outra coisa, o que importa é que o Jun-ho é minha razão de continuar nesse casamento!
Quando chego em casa com o Jun-ho, o clima já tá tenso, dá pra sentir no ar. Meu pai está na sala, me esperando, e logo posso ouvir o tom dele.
Sr.Paek
Sr.Paek
Você está atrasada. Onde você estava?
Ele fala com a voz rígida, sem nem me olhar direito.
Respiro fundo, tentando manter a calma, mas a paciência já foi pro espaço.
Nari
Nari
Eu estava buscando o Jun-ho, pai. E, antes que você comece, eu não sou mais sua marionete pra fazer o que você quer.
Ele me olha, a expressão dele se transforma em uma mistura de raiva e surpresa.
Sr.Paek
Sr.Paek
Não seja insolente! Isso não é sobre o que você quer! Isso é sobre respeito pela nossa família!
Eu dou um passo à frente, mais firme.
Nari
Nari
Respeito? Você não tem respeito por ninguém aqui dentro. E eu cansei de viver a vida de acordo com os seus padrões de merda. Eu vou fazer o que eu quiser, quando eu quiser.
Olho pro Jun-ho, que está olhando pra mim, e me dói vê-lo ali, no meio desse inferno.
Nari
Nari
Jun-ho, vai pro seu quarto, tá?
Digo, tentando suavizar a voz, mas ele me olha, com aquele olhar inocente, e me obedece sem questionar. Mas sei que ele está mais do que ciente da tensão entre nós.
Ele vai para o quarto, e, com isso, a cena volta a ficar só entre meu pai e eu.
Ele tenta me corrigir, mas eu interrompo.
Nari
Nari
Chega, pai. Eu não sou mais a sua filha perfeita. E não vou mais fingir que sou. Se você acha que pode me controlar, pode esquecer.
Ele fica em silêncio, me encarando, como se tentasse me entender, mas eu já estou exausta de lutar pela aprovação dele.
Nari
Nari
Eu não preciso da sua criação. Só preciso do meu filho e da minha liberdade. Isso aqui… já deu.
Continua...
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amei/Drool/

2025-02-04

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