CAPÍTULO 5

Fada: "após seu ferimento, Mandra ficou quase um ano inteiro inconsciente apenas para se recuperar do ferimento que Balahou causou"

Yana: pera, pera, pera...

Esmeralda: o que foi agora?

Yana: aí, o nome do meu pai era Baiji. Só pra ter certeza, esse mago negro líder dos outros era o meu...

Donovan: era o seu pai

Yana: caralho!

Esmeralda: olha a boca

Yana: as crianças já são grandes, podem ouvir palavrão

Rosana: e nosso neto?

Yana: eita, esqueci dele

Lúcia: ele é tão fofo! Posso segurar?

Doyo entrega o filho para a irmã

Fada: podemos continuar a história?

Yana: claro, diz aí. Meu pai é mau, explica direito

Voltando para o passado, mas antes dos eventos da guerra, Mandra está dormindo debaixo de uma árvore, mas com um rosto totalmente diferente, e parecendo um jovem adolescente de pele branca

Voz: parece muito cansado, meu amigo

Ele abre os olhos e encontra um homem calvo, mas com uma longa barba

Mandra: Jidas... Eu dormi por muito tempo?

Jidas: não, nada disso, só se passou alguns segundos

Os dois se sentam lado a lado e observam as pessoas e as fadas interagindo uns com os outros

Jidas: é belo, não é?

Mandra: o quê exatamente?

Jidas: a paz. Já imaginou um mundo onde as pessoas podem interagir entre si desta maneira? Sentados próximos uns aos outros, tendo conversas saudáveis, ensinando as crianças o que é bom e cuidando do verde da terra

Mandra: se é um mundo onde você imagina isso, meu amigo, então também imaginarei e lhe ajudarei a construir

Jidas ri

Jidas: Mandra, eu fico profundamente feliz por sua amizade. Se não fosse por você, jamais seria ouvido por eles

Mandra: sua paixão pela humanidade e pelas fadas é o que fez eles te ouvirem, meu amigo, eu não tive nada haver com isto

Jidas: teve sim. Mandra, você não imagina o quanto de ódio e terror acontece por esse mundo, não apenas aqui, mas em muitas outros lugares, além das estrelas. A falta de esperança, a falta de amor, tudo onde a bondade falta é terrível...

Mandra: tenho certeza que aqui será diferente, meu amigo

Jidas: eu espero que sim, e com pessoas que nem você, a bondade e o amor irão reinar

Se passam dias, e numa noite repleta de tempestades, com nuvens raivosas e trovões poderosos, Mandra vê Jidas sendo crucificado, e a única coisa que consegue sentir é fúria e tristeza. Voltando para os tempos da guerra, o coração de ouro sai de dentro da terra e reconstrói seu corpo

Mandra: Fada da terra... Onde eu estou?

Fada: está em um local seguro, Mandra

Quando ele olha ao redor, Mandra percebe que está em um antigo templo de adoração às fadas e nota algumas delas voando pelo lugar

Mandra: quanto tempo eu precisei descansar?

Fada: sete meses

Mandra: sete meses? Espera, o que houve com os magos negros?

Fada: aconteceu muita coisa durante o tempo que esteve se recuperando

Mandra: então me conte

Ele se levanta e faz uma nova roupa

Fada: uma catástrofe aconteceu

Mandra: que catástrofe?

Fada: durante estes anos, os industriários estavam criando uma capital para eles, onde a chamavam de Monetom. Várias de suas fábricas e outras coisas poluentes estavam se concentrando no lugar, e várias pessoas estavam indo para lá para se abrigarem e ajudarem na guerra

Mandra: os magos atacaram o lugar?

Fada: não os magos comuns, e sim... Os magos negros

Mandra: o que eles fizeram?

Fada: os magos negros destruíram completamente a capital. Milhares de vidas foram perdidas

Mandra: não...

Ele cai de joelhos e se lamenta

Mandra: porquê... Por que não estava lá para impedir isto?

Fada: estava ferido, coração de ouro. Se enfrentasse os magos negros nas condições que estava, uma coisa ainda pior poderia ter acontecido

Mandra: eles mataram inocentes, Fada da terra, inocentes!

Fada: isso é uma lástima, mas através de tragédias, pode nascer um pingo de esperança

Mandra: como haveria esperança nisso?

Fada: os magos se compadecem com a dor dos industriários, e juntos, formaram uma aliança para caçarem seus inimigos. Se tudo der certo, essa guerra pode ser resolvida mais rápido do que imaginamos

Mandra: ainda sim... Não eram necessárias milhares de mortes para que ambos os lados se entendessem

Fada: se for te reconfortar, eu cavei os corpos e os entreguei para ambos os lados, para que tivessem enterros dignos

Mandra: bom... Muito bom, Fada da terra

Mandra caminha pela floresta, e quando olha para cima, vê um raio do sol refletindo uma pequena área da floresta

Mandra: está tentando me mandar algum sinal, Jidas?

Ele olha ao redor e vê como a área é espaçosa

Mandra: Fada da terra, poderia me arranjar uma muda de árvore?

A Fada aparece com a muda, a entregando na mão de Mandra

Fada: o que irá fazer?

Mandra: essas árvores ao redor, foi você que as plantou?

Fada: na época que você me aprisionou... Não... Quando fui castigada por meu pecado... Você me pôs numa região árida, onde tinha apenas o templo de adoração e fadas abandonadas para me fazer companhia. O calor do sol era forte, e a seca era terrível, muitos animais estavam morrendo. Eu decidi coletar diversas plantas pelo mundo inteiro e plantar a vida nesta região

Mandra: você fez um ótimo trabalho

Fada: agradeço pelo elogio. Mandra, eu passei anos pensando no que fiz a Jidas, e a única coisa que posso dizer para você agora é... Me perdoe... Não quero que você desfaça minha maldição e nem nada, eu apenas... Gostaria que você me perdoasse

Ele olha para a muda de árvore

Mandra: vamos plantar essa pequena árvore juntos, que tal?

Fada: eu... Adoraria

Ela escava a terra e Mandra põe a muda, depois ela coleta água e rega a muda

Mandra: essa árvore crescerá muito um dia, será maior do que todas as árvores daqui

Fada: é apenas uma árvore comum, assim como as outras

Mandra: errado. Tudo na vida possui seu valor, e tudo se torna ainda mais precioso se der o seu amor por aquilo

Fada: coração de ouro...

Mandra: eu aprendi muito com meu falecido amigo, mas infelizmente, não aprendi suas lições de perdão tão bem quanto deveria. Eu amaldiçoei você e as outras fadas primordiais, e se Jidas tivesse visto o que eu fiz, teria vergonha de mim...

Fada: meu caro coração de ouro, o que fizemos a Jidas e o que você fez a nós não foi nada mais do que justiça

Mandra: ele pregava a justiça, mas jamais o rancor... Fada da terra, me perdoe...

Fada: eu nunca senti raiva de você, meu amado

Raízes de árvores se enrolam em Mandra, como se ambos estivessem se abraçando

FIM DO CAPÍTULO 5

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