Ainda na estrada, Novan já imaginava a felicidade de Diana ao saber que ele havia conseguido trazer a joia que ela tanto desejava, embora tenha sido difícil localizá-la, pois era considerada rara devido à grande demanda. Apesar de já estar na cidade em busca dela.
Felizmente, Novan conseguiu adquirir a joia por um preço nada barato, mas pelo seu grande amor ele estava disposto a pagar, mesmo com o risco de ser repreendido pelos pais, visto que não era uma pequena quantia; era necessário vários dias de trabalho para juntar tal montante.
Diferente de Diana, que só pedia, sem vontade de trabalhar por diversas desculpas, não queria trabalhar, mas sempre desejava possuir tudo o que via. Isso desagradava Bu Romlah, que percebia claramente que ela era uma mulher materialista, especialmente quando Diana levava Novan para visitar a casa dela.
Diana se recusava a participar das tarefas domésticas, não via problema em, após a refeição, ajudar Bu Romlah a arrumar os pratos usados por ela, Novan e sua irmã, Norma. Seria o esperado e o correto ao comer na casa de outra pessoa, mas ela simplesmente não fazia isso.
"Ei, Van! Pra onde vai tão rápido na moto?" chamou Yoto.
"Ah, desculpe, não tinha visto vocês reunidos." Novan parou por um momento ao ser chamado.
"Com certeza indo encontrar a Diana, quando corre assim." comentou Yoto, amigo de escola.
"Esse garoto é louco pela Diana." retorquiu Baim.
"Isso se chama amor verdadeiro, vocês que não entendem." defendeu Novan, sentando-se ao lado de Baim.
"Agora vem com essa de amor verdadeiro, vai casar logo então." brincou Yoto, levemente.
"Vocês estão juntos há quatro anos, desde o terceiro ano do ensino médio, e agora ambos com vinte anos." apontou Baim.
Novan pegou algumas laranjas que tinha comprado na cidade intencionando presentear os futuros sogros, mas se sentiu desconfortável já que os amigos estavam olhando as frutas penduradas na moto.
"Eu até casaria agora com a Diana, afinal, já tenho meu próprio sustento." disse Novan, colocando as laranjas no chão do posto.
"Então o que está esperando? Ficar nesse namoro indefinido só acumula pecado, parece que você já está até sustentando a Diana." falou Yoto, abertamente.
"Sua mãe, quando fala com a minha mãe, parece que quer engolir a Diana de tanto desgosto." Baim sempre ouvia Bu Romlah desabafar com Mak Rina.
"Normal, os pais sempre pensam de outro jeito, afinal namoraram em outra época, então são mais tradicionais." respondeu Novan, sem querer culpar os pais ou Diana.
"Mas eu concordo com a sua mãe, Van! Melhor casar do que só ficar gastando dinheiro e não receber nada em troca." sugeriu Yoto.
"Não me diga que você já provou algo?" acusou Baim.
"Fala sério! Eu não sou desses, a Diana é que ainda não quer." Novan atirou uma laranja em Baim.
Eles caíram na gargalhada, zombando de Novan, por ele não receber nada em troca da sua devoção, acreditando apenas no amor verdadeiro. Eles ainda eram jovens e havia muita chance de Diana mudar de ideia.
"Lá vem o Senhor Bujang, cuidado com o que falam!" Yoto alertou, batendo na perna do amigo.
"Não vi ele vindo, espero que não tenha ouvido." Baim também ficou nervoso.
"Você fala demais! Espero que ele não tenha escutado, pois ele estava virado para cá." Novan estava ansioso.
Senhor Bujang ouviu tudo e sentiu-se muito envergonhado pelo comportamento da filha, já que todos, jovens e velhos, falavam sobre o assunto, manchando a reputação dele e de sua esposa.
Era muito difícil aconselhar Diana, que continuava gastando o dinheiro de Novan. Se eles acabam não se casando, certamente seria um grande alvo de fofocas na vila, trazendo vergonha para a família de Diana, já que ela era quem causava tumulto.
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Ria se queixava irritada porque sua moto havia quebrado de novo, recusando-se a funcionar; ela suspeitava que o óleo havia acabado. Felizmente, ela não ficou até mais tarde no trabalho, portanto, ainda era relativamente cedo. Se tivesse feito hora extra, provavelmente teria que empurrar a moto com medo, já que poderia encontrar pessoas mal-intencionadas.
"Meu celular também está sem bateria, que azar o meu hoje." lamentou Ria, secando o suor.
Embora o caminho de volta para casa fosse longo, dirigir lá demoraria cerca de vinte minutos, agora teria que empurrar a moto. Sem dinheiro para ir à oficina, pois Ria sempre levava exatamente o necessário para o trabalho.
"Ei, tem alguém ali, será que peço ajuda?" Ria pensou, hesitante.
Mas, finalmente, ela decidiu abordar o jovem que estava sentado à beira da estrada, com a intenção de pedir emprestado seu celular para ligar para Deni e pedir que a buscasse lá, trazendo dinheiro para a oficina.
"Com licença, posso pedir uma ajuda?" Ria perguntou educadamente.
"Claro, o que você precisa?" o jovem bonito olhou para Ria.
"Minha moto quebrou, senhor! Posso usar seu celular para ligar para o meu irmão?" Ria pediu esperançosa.
"Deve ter acabado o óleo, por que você não vai à oficina? Tem uma bem perto que ainda está aberta." sugeriu Andi, entendendo de motos.
"Esqueci de trazer dinheiro, por isso queria ligar para o meu irmão primeiro." Ria sorriu, envergonhada.
Andi então pegou seu celular e o ofereceu a Ria, que agradeceu e fez a ligação, felizmente memorizando o número de Deni.
"Ai, irmão, por onde você anda que só chama e não atende?" Ria reclamou, já estava quase anoitecendo.
"Não está conseguindo?" Andi percebeu pelo comportamento de Ria.
"Sim, parece que o número dele está fora de área." Ria estava genuinamente em pânico agora.
Apenas o número de Deni era o que ela sabia de cor, pois sempre ligava para o irmão quando estava com medo de volta para casa. Agora, com o número dele inativo no momento mais crítico e o dia quase no fim.
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Atualizado até capítulo 100
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