O Amigo de Marcelo
Capítulo 01
Meu nome é Verona, tenho 47 anos. Casei-me jovem, com o pai de Marcelo e Melanie. Marcelian é um homem lindo, porém acho que nunca me amou. Sempre me tratava com indiferença, sempre via um defeito em mim.
Acabei começando a acreditar nas palavras dele; não me via como uma mulher bonita. Minha vida era sempre a mesma coisa. Não podia trabalhar, pois ele não gostava. Colocava vestidos para ir às festas, ele me olhava e apontava um defeito.
Acabei me sentindo tão contaminada pelos comentários ridículos dele que não fui mais às festas do hospital.
Ele, como era o diretor-chefe do hospital, ficava com raiva, pois seus amigos sempre perguntavam a ele por que eu não ia às festas.
Ele dizia sempre que eu estava viajando ou que eu estava passando mal.
Ouvi dizer que ele estava sempre acompanhado de uma amiga nossa, Áurea, e ele me falava que era coincidência, mas agora vejo que ele realmente levava Áurea. Ela é um pouquinho mais nova do que eu.
Késsia, minha amiga, sempre me falava para eu abrir os olhos com a Áurea, pois ela queria o que era meu, ela queria ser eu. Gente, não entendo como as pessoas podem invejar o que só aparenta. A não ser pelo fato dos meus filhos, de resto, não me sinto nada feliz com meu marido.
Marcelian fala que tenho que me sentir feliz, pois ele paga tudo, eu tenho de tudo, então eu não tenho do que reclamar. Realmente, ele tem muito dinheiro, porém não me dá o principal: carinho e amor. O sexo é frio. Já tentei esquentar as coisas entre eu e ele, porém ele me falou que eu estou muito velha para usar aquele tipo de roupa íntima.
Fiquei tão arrasada, pois não me acho tão velha assim. 47 anos realmente não sou velha.
Eu sei que, com esse comentário, acabou com o clima. Na hora, fui dormir chorando, mas mesmo assim acreditei que o amor ia fazê-lo mudar e voltar a ser o Marcelian de antes, quando a gente namorava. Acho que ele ficou ressentido comigo, pois eu tive relação com ele e meus pais nos pegaram, e meu pai forçou a se casar comigo. Porém, ele podia ter se divorciado, mas não quis e tornou nosso casamento um inferno constante.
Chegou um dia em que fui ao hospital onde ele trabalha, pois precisava conversar com ele sobre a viagem que Melanie faria com a minha nora Jasmine para os EUA.
Fui lá à secretaria dele. Já quando me viu na entrada, ficou meio estranha; acho que a mulher perdeu todo o sangue que tinha no corpo.
Eu fui me aproximando da sala dele e a secretária falou que ele não estava.
Agradeci a ela e ia saindo, porém escutei um gemido e depois outro.
Aí a vaca foi para o brejo, literalmente. A secretária entrou na minha frente.
Eu falei que, se ela não saísse da minha frente, ela ia apanhar também.
Ela falou: "Senhora, a senhora é tão boa, tão educada, não merece passar por isso. Não se rebaixe.".
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Atualizado até capítulo 64
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