Capítulo 2

“O que estaríamos fazendo na sua casa?” Decidi provocá-lo um pouco. “Jogar videogame?”

Como eu pedi, deixei um dedo correr pelo peito dele. Foi um movimento clássico de "Estou interessado". Claro, eu teria me interessado pelos videogames. Eu gostava de jogos tanto quanto gostava de certas outras coisas.

No entanto, você poderia dizer quando um cara era um jogador. Sempre haveria aquele lampejo repentino de excitação quando ele percebia que a garota gostosa com quem ele estava compartilhava seus interesses. Em vez disso, esse cara apenas deu um olhar confuso. Foi uma pena, mas ele falhou como material de namorado. Ainda assim, eu poderia me divertir um pouco com ele antes de nos separarmos.

Minha mão desceu até seu pau flácido, e meus dedos correram sobre a cabeça molhada. Mesmo que meus lábios estivessem muito próximos dos dele, ele não se afastou. Isso foi um bom sinal.

Um homem que está disposto a beijar você depois que você fez sexo oral nele vale pelo menos um pouco do seu tempo, na minha experiência. Hmm... talvez com um pouco de persuasão eu pudesse deixá-lo duro de novo?

A porta se abriu de repente, e eu me afastei rapidamente, minha mão deixando seu pau. Meu cabelo estava uma bagunça, meu gloss labial provavelmente estava horrível, mas minhas roupas estavam em perfeita ordem.

O garoto com quem eu estava, no entanto, ainda tinha seu pau para fora, e enquanto ele lutava para colocá-lo de volta em suas calças, estava claro para qualquer um o que estava acontecendo ali.

Fiz uma careta. Imaginei que poderia ter um pequeno problema por fornicar no campus, mas deveria ser um leve tapa no pulso. Imediatamente tentei preparar meu pedido de desculpas junto com um olhar de arrependimento. No entanto, a pessoa que abriu a porta não era um professor, mas uma garota. Ela parecia vagamente familiar, e pensei que ela também estava na classe em que eu deveria estar agora.

“Jonathan!”, ela gritou alto, e pelo olhar envergonhado em seu rosto, imediatamente percebi que estava pisando no território de outra garota.

Ela começou a gritar com ele e estava fazendo barulho o suficiente para que as aulas que estavam começando a sair começassem a formar uma multidão. Quanto a mim? Esta não foi a primeira vez que fui pega com um homem que pertencia a outra.

Não era minha responsabilidade verificar e garantir que cada homem estivesse ligado antes de tocá-lo. Não é minha responsabilidade manter outras pessoas honestas. Ainda assim, esse negócio não tinha nada a ver comigo. Portanto, fiz a coisa madura. Ou seja, tentei me misturar à multidão e me esgueirar para longe.

Provavelmente, já que tínhamos aula juntos, ela me confrontaria em dois ou três dias. Eu diria a ela que ele nunca me contou e que me senti tão traída quanto ela (mentira, claro, eu realmente não me importo), e então nunca mais nos falaríamos. Em um mundo de sorte, ela estaria em tal estado que nem se lembraria do meu rosto.

Quanto ao cara? Se ele se aproximasse de mim, eu poderia dar meu número a ele e encontrá-lo no fim de semana, presumindo que ele termine com a garota. Nem eu sou ruim o suficiente para querer ser a outra garota.

Eu também estava quase fora de vista quando o olhar da garota de repente saltou para mim. “Você…”

Os olhos dela ficaram escuros, e ela fez uma das caras mais feias que eu já tinha visto. Não que ela fosse particularmente gostosa, para começar. Quer dizer, ela tinha que ter percebido que o cara sarado com quem ela estava saindo era muito fora do seu alcance, certo?

A menos que ela fosse uma aberração absoluta na cama, era só uma questão de tempo até que ele começasse a se meter. Afinal, estávamos na faculdade. Eles provavelmente eram namorados do ensino médio ou algo assim.

“Desculpe, já estou indo.”

Eu precisava ser suave como um band-aid. Dor rápida, então estou fora da sua vida. Exceto que, no fim das contas, ela não era esse tipo de garota. Eu temi o tipo de pessoa que ela era no momento em que a vi. Ela era uma culpada. Ela é o tipo de mulher que distorce a realidade para ser favorável a si mesma.

Eu podia ver isso em seus olhos. Eu era muito boa em ler as pessoas. Naquele momento, ela estava pensando que seu namorado não a trairia. No entanto, ela o pegou. Isso deve ter significado que ele foi coagido.

Não, ele foi coagido. Foi a mulher. Ela fez isso. Ela o forçou a fazer coisas com ela. Ela usou seus modos selvagens para tentar roubar meu namorado. Ela é um monstro. Eu devo destruí-la. Sim... isso é exatamente o que aqueles olhos disseram enquanto se estreitavam como um abutre em mim perturbado.

Eu realmente não queria fazer uma cena. Como minha mãe sempre dizia, eu adorava começar confusão, mas odiava as consequências. Eu sou mais o tipo de pessoa que se esconderia em um canto ou correria, do que ter que enfrentar as pessoas com raiva de mim.

“Já vou indo.” Virei-me rapidamente e comecei a ir em direção à escada. Ela desce para o primeiro andar. Lá eu poderia sair deste prédio e correr de volta para o meu dormitório. Talvez eu pudesse ficar lá por alguns dias, deixar essas coisas esfriarem. Deixar a garota psicopata que estava olhando para mim esfriar.

“Sua vadia!” Ouvi passos correndo em minha direção.

Eu mal tinha conseguido virar meu corpo para trás quando a vi, avançando em minha direção como um linebacker, com um olhar enlouquecido nos olhos. Suas mãos bateram em meu peito. Dei um passo para trás, errando a escada e tropeçando. O resto parecia se mover em câmera lenta. Eu estava caindo para trás. Poderia haver um ou dois espectadores com olhares arregalados ou preocupados.

Enquanto eu caía para trás, minhas pernas se moveram para cima e minha cabeça caiu. Enquanto isso, a garota continuou a me encarar com os olhos semicerrados. Ela não tinha um olhar de surpresa pelo que tinha feito. Ela não parecia culpada ou preocupada. Seus olhos pareciam quase mortos, talvez cheios de ameaça, e determinados a me ver cair o resto do caminho.

Bati a cabeça e o mundo ficou branco.

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