capitulo 𝟒

“Saint” olha para Auria, que ainda está em choque com tal situação. Para ele, matar é apenas o seu trabalho, mas para ela é algo assustador.

— Você não precisa saber quem sou. Irei deixá-la ir, em alguns minutos. — Responde sem muita importância. — Só peço que não comente sobre isso ou tente ir a delegacia, caso contrário irá morrer.

Auria não consegue dizer uma palavra sequer ao homem a sua frente.

— Matar uma pessoa é errado... — Fala para ele que não contém a risada.

— Haha! Então essas são as palavras que saem dos seus lábios? — Sarcasticamente — Nem mesmo um “Obrigado”. — Sorri de lado e se aproxima ainda mais dela, que tenta se afasta, mas ele a segura.

— Solte-me! — O coração dela acelera de medo.

— Olha gracinha, se eu não tivesse matado aquele rato, ele teria nos matado primeiro ou abusado de você. — Sussurra no ouvido dela — Bem, seja como for, logo não iremos nos ver, então esqueça isso. Não quero que os meus colegas mate você, por eu a ter salvado — Se afasta e dá risada.

— C-como assim, matar? — Gagueja — Oh céus! Quer dizer que vou morrer!? — Começa a chora e “Saint” Revira os olhos.

— Se fizer o que lhe disse, você não irá morrer. Ao sair tome cuidado o que fala. — Diz num tom calmo.

Auria respira fundo e tenta se acalma. — Ok, farei o que me pede. — Respira.

— Bom! Agora desça e coma algo. Os meus subordinados vão atender você. — Fala antes de sai do quarto.

“Saint” é um homem bem de vida, ele tem muitos negócios fora do país, caso precise mudar, se algo der errado nas suas missões. Ele é o melhor agente da agência em que trabalha, por isso muitos o respeitam e o temem, e isso inclui até mesmo o seu chefe.

Auria põe os seus pés sobre o chão e sai devagar, chegando ate a porta do quarto. Ela desce pelos degraus da escada e chega na sala.

A casa de “Saint” é um prédio enorme, então tem espaço para todos que trabalham para ele.

— Senhorita, venha. — Um mordomo a chama, após vê-la.

— O-oh sim! — Fala desajeitada.

Ela anda atrás dele e ao chegar na sala de jantar se senta numa cadeira.

— Irei mandar trazer o seu café. — Diz calmamente, e com um sorriso gentil.

— O-ok..

Ela se sente a mesa, enquanto olha ao redor.

— Marco, descubra quando o comandante do bairro, irá agir novamente. — Uma voz soa nos corredores, mas Auria não está escutando, pois está pensando em outra coisa.

— Certo, senhor. Irei fazer como me pediu. — Fala num tom calmo.

— Ok, conversaremos durante a noite. — “Saint” diz, antes de chegar na sala de jantar. — O café está do seu agrado? — Pergunta ao entrar.

— Oh, s-sim. — Responde sem jeito.

Auria é uma pessoa fácil de lidar com as coisas e resolver, porém ao olhar Saint, ela sente medo.

A sua vida foi um inferno completo, desde do dia em que nasceu. O seu pai era um viciado em drogas, e devia em muitos pontos. Um belo dia quando Auria havia completado dez anos, homens armados vieram atrás dele e o encontram assistindo tv e tomando algumas bebidas. Foi nesse exato momento que os homens armados mataram ele na frente da pobre Auria, que estava brincando com uma boneca velha de pano.

Os bandidos pouparam a vida da criança e da mãe, que no momento estava vendendo o seu corpo.

Tudo foi um completo caos na vida de Auria e tudo piorou ao ser abandonada por sua mãe, que fugiu com outro homem. Era uma prostituta, que judiava da pobre criança, que aos poucos estava numa depressão profunda.

Auria teve que lutar sozinha e em momentos da vida, ela queria tira a própria vida, quando ainda era ainda uma pequena criança.

— Você não demonstrava medo antes, então não precisa mostrar isso agora, só porque matei um homem. Eu matei os outros também. — Sorri, mas isso parece ter deixado ela ainda mais com medo.

— Eu sou grata por ter me salvado, mas ver uma pessoa morrer na minha frente mais uma vez… É algo muito traumático. — Responde pensativa, pegando “saint” de surpresa.

— Alguém vai deixa-la em casa, assim que tomar café. — Fala, antes de sair novamente.

Auria olha para aquela figura alta, antes dele sumi sobre os cômodos da casa. Essa seria a “última” vez que ela o veria.

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