Capítulo 5: A Revelação Sob a Chuva

(Narrador – Autor)

A noite foi longa e agitada para Lucas. A tempestade continuava lá fora, e cada trovão parecia ecoar dentro de seu peito, amplificando os sentimentos que ele vinha tentando suprimir. Deitado em sua cama, ele sentia que algo precisava mudar, mas ainda não sabia como. A confusão, o medo, e agora, uma nova sensação de urgência dominavam seus pensamentos. Ele sabia que não poderia continuar assim.

Na manhã seguinte, o céu ainda estava cinzento, mas a chuva havia parado. A água acumulada nas ruas e o cheiro fresco de terra molhada davam ao dia um ar renovado. Lucas, no entanto, não se sentia renovado. O peso da noite anterior ainda o acompanhava, e agora ele sabia que não poderia continuar ignorando o que estava sentindo. Algo dentro dele estava prestes a explodir, e ele precisava falar com Sofia.

(Lucas – Protagonista)

“Hoje é o dia,” ele disse para si mesmo, levantando-se da cama com determinação. “Eu não posso continuar escondendo isso dela.” Lucas sabia que o que vinha sentindo era mais do que a simples ansiedade pelo clube de exploradores. Havia algo mais profundo que ele vinha reprimindo — algo que ele temia, mas que sabia ser verdadeiro.

(Narrador – Autor)

Lucas saiu de casa decidido. Ele se dirigiu ao parque onde sempre encontrava Sofia, esperando que ela estivesse lá, como de costume. E lá estava ela, sentada sob a árvore mágica, mexendo em seu caderno e rabiscando mais ideias para o clube. Ao vê-lo, seu rosto se iluminou, mas Lucas percebeu que havia uma sombra de preocupação em seus olhos.

(Sofia – Personagem Secundária)

“Lucas! Você está bem?” ela perguntou, fechando o caderno e se levantando para ir até ele. “Ontem você estava tão estranho… Fiquei preocupada.”

(Lucas – Protagonista)

“Sofia, eu… a gente precisa conversar,” disse Lucas, com a voz trêmula. Ele olhou para o chão, tentando organizar seus pensamentos, mas as palavras pareciam escapar de sua boca antes que ele pudesse controlá-las. “Tem algo que eu preciso te contar, e não posso mais esconder.”

(Narrador – Autor)

O coração de Sofia acelerou. Ela sentiu o peso das palavras de Lucas e percebeu que a conversa seria importante. Sem saber o que esperar, ela assentiu e se sentou de novo sob a árvore, indicando que Lucas fizesse o mesmo. O ambiente, ainda úmido pela tempestade, parecia refletir a tensão entre eles.

(Sofia – Personagem Secundária)

“Tudo bem, Lucas. Eu estou aqui. O que está acontecendo?” Sofia perguntou calmamente, embora pudesse sentir a ansiedade crescendo dentro dela.

(Narrador – Autor)

Lucas respirou fundo, lutando contra o medo de expor seus sentimentos. Ele sabia que a amizade deles estava em jogo, e essa era a parte que mais o assustava. No entanto, ele não podia mais fingir que tudo estava bem, que o que ele sentia era passageiro.

(Lucas – Protagonista)

“Eu… Eu não sei bem como explicar isso, Sofia. Eu venho me sentindo estranho há algum tempo,” Lucas começou, olhando para ela. Seus olhos estavam cheios de incerteza, mas também de sinceridade. “Eu achei que era só ansiedade por causa do clube, ou por causa da escola… Mas não é isso.”

(Sofia – Personagem Secundária)

Sofia o observava atentamente, sem interromper. Ela sabia que Lucas estava tentando encontrar as palavras certas, e sentiu que algo importante estava prestes a ser dito.

(Lucas – Protagonista)

“Eu não sei quando começou, mas… eu sinto algo por você,” Lucas confessou, finalmente encarando-a diretamente. Seu coração parecia bater tão forte que ele mal conseguia ouvir seus próprios pensamentos. “Não é só como amigo, Sofia. Eu… eu acho que estou apaixonado por você.”

(Narrador – Autor)

O silêncio que seguiu à confissão de Lucas foi pesado, quase tangível. Sofia ficou parada, processando o que acabara de ouvir. Nunca havia imaginado que Lucas sentia algo além de amizade por ela, e agora, diante dessa revelação, seu coração se acelerou.

(Sofia – Personagem Secundária)

“Lucas…” ela começou, sua voz suave e hesitante. “Eu… eu não sabia que você sentia isso.”

(Narrador – Autor)

O mundo de Lucas pareceu parar enquanto ele esperava a resposta de Sofia. O medo de perder a amizade dela era esmagador, mas ao mesmo tempo, ele sentia uma espécie de alívio por finalmente ter dito a verdade.

(Lucas – Protagonista)

“Eu sei que é estranho, e eu não espero que você sinta o mesmo,” Lucas disse rapidamente, tentando controlar o pânico que ameaçava crescer dentro dele. “Eu só… eu só precisava ser honesto com você.”

(Narrador – Autor)

Sofia permaneceu em silêncio por alguns segundos, mas para Lucas, aqueles segundos pareciam horas. Ela olhou para ele com uma mistura de surpresa e confusão. Nunca havia considerado a possibilidade de algo além da amizade entre eles. Mas agora que Lucas havia aberto seu coração, ela também se viu refletindo sobre os sentimentos que guardava.

(Sofia – Personagem Secundária)

“Lucas, você é meu melhor amigo,” Sofia começou, escolhendo cuidadosamente suas palavras. “Eu me importo muito com você. E… eu não sei o que dizer sobre isso agora. É muita coisa para processar.”

(Narrador – Autor)

Lucas sentiu uma pontada no coração. Ele sabia que estava colocando Sofia em uma posição difícil, mas havia esperado que, talvez, ela pudesse sentir o mesmo. Agora, vendo a confusão no rosto dela, ele começou a se arrepender de ter falado.

(Lucas – Protagonista)

“Eu não quero que isso mude nossa amizade,” ele disse, rapidamente. “Eu não quero perder você, Sofia. Você é muito importante para mim.”

(Sofia – Personagem Secundária)

“Eu sei, Lucas,” Sofia respondeu, sua voz calma e firme. “Eu também não quero perder o que temos. E eu realmente preciso de um tempo para pensar sobre isso.” Ela respirou fundo, tentando organizar seus próprios sentimentos. “Eu não estou dizendo que nunca poderia sentir o mesmo… Eu só… preciso de tempo.”

(Narrador – Autor)

Os dois ficaram em silêncio novamente, mas desta vez, o silêncio não era de desconforto. Era um silêncio de compreensão, um silêncio que permitia que ambos processassem o que havia acabado de acontecer.

A chuva começou a cair levemente outra vez, criando um som suave ao redor deles. Nenhum dos dois parecia se importar com as gotas que molhavam suas roupas e cabelos. Para Lucas, as palavras de Sofia não haviam sido uma rejeição total, e isso lhe deu uma centelha de esperança. Para Sofia, a revelação de Lucas havia mudado a maneira como ela via a amizade deles, e ela sabia que isso exigiria tempo e reflexão.

(Lucas – Protagonista)

“Eu entendo, Sofia,” Lucas finalmente disse, quebrando o silêncio. “Eu só precisava dizer o que eu estava sentindo. Obrigado por me ouvir.”

(Sofia – Personagem Secundária)

“Claro, Lucas,” Sofia respondeu, oferecendo-lhe um pequeno sorriso. “Eu sempre vou te ouvir.”

(Narrador – Autor)

Enquanto a chuva caía com mais intensidade, os dois amigos se levantaram, ainda processando a nova realidade entre eles. Sofia sabia que as coisas nunca mais seriam as mesmas, mas também sabia que, independentemente do que acontecesse, Lucas sempre seria uma parte importante de sua vida. Eles caminharam em silêncio até a saída do parque, com a promessa implícita de que essa conversa não seria o fim, mas o começo de algo novo — algo que ambos precisariam descobrir juntos.

(Lucas – Protagonista)

“Nos vemos amanhã?” Lucas perguntou, com cautela.

(Sofia – Personagem Secundária)

“Sim, nos vemos amanhã,” Sofia respondeu, olhando-o nos olhos com sinceridade. “Ainda temos um clube para fundar, não é?”

(Narrador – Autor)

Com essas palavras, Lucas sorriu pela primeira vez em horas. A tempestade que havia se formado em seu coração parecia estar começando a se dissipar, mesmo que o céu ainda estivesse coberto de nuvens. E, embora nada estivesse completamente resolvido, havia uma nova sensação de esperança. A amizade deles era forte, e o que viesse a seguir seria algo que ambos enfrentariam juntos.

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