capítulo 15

       O Confronto na Frente da Escola

Na manhã seguinte, Luana acordou com uma sensação de inquietação,havia algo no ar, um pressentimento de que o dia não seria tranquilo,mesmo assim, ela se arrumou, fez sua higiene matinal e saiu de casa, onde, como de costume, Dylan a esperava com o carro estacionado em frente.

- "Bom dia, linda," ele disse, abrindo a porta para ela.

- "Bom dia," Luana respondeu com um sorriso tímido, ainda sentindo o impacto do apoio de Dylan no dia anterior.

No caminho para a escola, eles conversaram casualmente, mas Luana não conseguia afastar o pressentimento ruim que pairava sobre ela,ao chegarem na escola, o estacionamento estava cheio de alunos entrando e conversando, mas algo chamou a atenção de Luana imediatamente,ao longe, ela avistou Noan parado perto da entrada, seus olhos fixos no carro de Dylan,a expressão em seu rosto estava sombria e cheia de desprezo.

Dylan desligou o carro e notou a presença de Noan,seu corpo ficou tenso, mas ele manteve a calma.

- "Parece que seu amigo não gosta muito de mim," ele comentou com um sorriso irônico.

- "Ele não é meu amigo," (Luana respondeu, suspirando. )"Por favor, não faça nada, Dylan. Vamos só entrar."

- "Não vou procurar briga, mas se ele vier até mim... não vou ficar quieto," Dylan afirmou com firmeza, abrindo a porta para que Luana saísse.

Assim que os dois desceram do carro, Noan caminhou diretamente até eles,seu olhar estava fixo em Dylan, como se estivesse prestes a explodir, Luana tentou caminhar na direção da escola, mas Noan bloqueou seu caminho, ficando entre ela e Dylan.

- "Você acha que é esperto, né?"( Noan disparou, olhando diretamente para Dylan. )"Se aproveitando da Luana... você não tem vergonha?"

Luana ficou surpresa com a agressividade de Noan.

- "O que você está falando, Noan? Não se meta na minha vida!"

- "Eu me importo com você, Luana," (ele rebateu. )"Esse cara... ele não é quem você pensa que é."

Dylan cruzou os braços, observando Noan com uma calma fria.

-"E o que você acha que sabe sobre mim, moleque?"

- "Eu sei que você é um problema," (Noan falou, avançando um passo.) "Você não pertence a este lugar,e não vou deixar você estragar a vida da Luana."

Luana tentou intervir, mas Dylan levantou a mão, pedindo que ela esperasse.

- "Eu não vou discutir sobre a vida dela com você,"( Dylan disse.) "Mas vou deixar algo claro: se você acha que pode controlá-la ou decidir com quem ela deve andar, está muito enganado."

Noan bufou, furioso.

- "Você acha que pode intimidar todo mundo com essa pose de durão? Não vai funcionar comigo."

Nesse momento, vários alunos que estavam próximos começaram a perceber o confronto. As vozes foram diminuindo à medida que todos paravam para assistir à cena. O ambiente se encheu de tensão, com olhares curiosos se voltando para o trio.

Dylan deu um passo à frente, aproximando-se de Noan,ele não levantou a voz, mas a ameaça em seu tom era clara.

- "Eu não estou aqui para brigar, garoto, mas se você continuar me provocando, vai se arrepender,não sou alguém com quem você queira mexer."

Noan, cheio de raiva, avançou mais um passo, como se estivesse prestes a atacar.

- "Você é só um playboy arrogante,eu te vejo pelo que você realmente é!"

Antes que pudesse dizer mais, Luana se colocou entre os dois, com os olhos cheios de raiva e determinação.

- "Chega, Noan! Você não tem o direito de se meter na minha vida! Se você se importa comigo, então me respeite!"

Noan a olhou, incrédulo.

- "Você está defendendo ele?"

- "Sim, estou," (ela respondeu firme.) "Dylan nunca me tratou mal, ao contrário de você, que só quer me controlar."

A multidão em volta ficou em silêncio, esperando o próximo movimento, Noan, percebendo que estava perdendo terreno, olhou para Dylan uma última vez antes de recuar.

- "Você vai se arrepender, Luana,vai perceber quem ele é de verdade, e quando isso acontecer, não venha me procurar."

Sem esperar resposta, ele se virou e saiu, deixando o ambiente ainda mais carregado. Dylan suspirou, relaxando os ombros, e virou-se para Luana.

-: "Você está bem?"

- "Estou," (Luana respondeu, apesar de sentir seu coração batendo acelerado. )"Obrigada por não brigar com ele."

- "Eu não preciso brigar com alguém assim," (Dylan disse com um sorriso calmo.) "Mas se ele te machucar de novo, não vou deixar passar."

Luana sentiu uma mistura de gratidão e apreensão,por mais que estivesse irritada com Noan, sabia que ele era impulsivo e poderia causar mais problemas no futuro. Mas naquele momento, ela só queria deixar tudo para trás e seguir em frente.

- "Vamos sair daqui,"( Dylan sugeriu, pegando sua mão. )"Eu te levo para um lugar mais tranquilo."

Luana assentiu, e eles caminharam juntos para o carro, deixando a escola e o confronto para trás, pelo menos por enquanto.

Após o confronto intenso na frente da escola, Luana se acomodou no carro de Dylan, ainda com os pensamentos agitados,ela não conseguia acreditar no que havia acontecido, mas estava aliviada por estar longe de Noan e daquele ambiente sufocante.

Dylan dirigia em silêncio, mas ela sentia que ele tinha algo em mente,seus olhos observavam atentamente a estrada, e, a cada quilômetro que avançavam, o clima dentro do carro ficava mais leve,então, de repente, ele reduziu a velocidade e estacionou o carro em uma pequena estrada afastada.

- "Por que parou aqui?" Luana perguntou, surpresa.

Dylan sorriu de lado, aquele sorriso que ela começava a reconhecer como algo cheio de segredos.

- "Quero que você espere um pouco,tenho algo para você."

- "Algo para mim?" (Luana perguntou, confusa, mas acenou com a cabeça. )"Tudo bem."

Dylan saiu do carro, deixando-a sozinha por alguns minutos,enquanto esperava, Luana olhava pela janela, sentindo o vento suave e tentando imaginar o que ele estava aprontando,será que isso tinha a ver com o que ele havia dito antes sobre querer levar o relacionamento deles com calma? As emoções ainda estavam à flor da pele por conta de tudo o que havia acontecido naquela manhã.

Pouco tempo depois, Dylan voltou, mas não estava sozinho,ele segurava um lindo buquê de flores nas mãos, flores que Luana reconheceu de imediato como sendo suas favoritas,o sorriso que ele trazia no rosto era sincero, caloroso, e ao vê-lo se aproximar, Luana sentiu seu coração acelerar.

- "Para você," Dylan disse suavemente, entregando as flores a ela com um olhar cheio de ternura.

Luana ficou sem palavras por um momento, surpresa com o gesto.

- "Dylan... são lindas," ela sussurrou, segurando o buquê com cuidado, como se fosse a coisa mais preciosa que já havia recebido. O aroma das flores a envolveu de imediato, e por um instante, toda a tensão e o estresse do dia desapareceram.

- "Eu queria te dar algo para lembrar que, não importa o que aconteça, você merece coisas boas,"( Dylan explicou, seus olhos brilhando enquanto observava a reação dela. )"Eu sei que sua vida não tem sido fácil, e que você está passando por muita coisa agora... mas eu estou aqui. Sempre que você precisar."

Luana sentiu uma onda de emoção e se viu lutando contra as lágrimas. Ela não estava acostumada a ser tratada com tanto carinho, principalmente após os problemas com seus pais e o distanciamento de Sara.

- "Obrigada, Dylan. Eu nem sei o que dizer..."

Ele se aproximou, colocando delicadamente uma mecha de cabelo atrás da orelha dela.

- "Você não precisa dizer nada, Luana. Só quero que saiba que estou aqui. E que você pode confiar em mim."

Ela assentiu, ainda segurando as flores como se fossem uma promessa de dias melhores. O gesto de Dylan a tocou profundamente, mais do que ela poderia expressar com palavras.

- "Agora,"( Dylan disse, mudando o tom para algo mais leve, )"vamos sair daqui. Tenho outro lugar para te levar."

- "Outro lugar?" Luana riu, sentindo-se um pouco mais leve.

-"É surpresa," (ele piscou para ela, voltando ao volante. )"Mas prometo que vai gostar."

E assim, eles seguiram viagem, deixando para trás os problemas do colégio e as tensões recentes. Luana sentia, pela primeira vez em muito tempo, que talvez tudo ficasse bem. Dylan era mais do que ela esperava, e, ao olhar para o buquê em seu colo, ela sabia que aquele dia seria lembrado como um dos momentos em que tudo começou a mudar.

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