Indo para o castelo, em uma sala particular, está a rainha Esmeralda reunida com seus conselheiros
Conselheiro 1: os industriários conseguiram retomar a cidade larkamara
Esmeralda: já é a sexta vez que perdemos essa cidade... E quanto ao complexo militar perto do oriente?
Conselheiro 2: continuamos com o controle dele, mas os soldados relataram que viram pássaros de ferro voando perto do complexo
Esmeralda: provavelmente estão planejando retomar o complexo. São pássaros grandes ou pequenos?
Conselheiro 2: pequenos
Esmeralda: então estão observando o lugar para saber como atacar... Falem para eles utilizarem a tática do espinho invisível
Conselheiro 1: quer que os industriários invadam a base para os magos atacarem?
Esmeralda: sim, e pra matarem todos os soldados, já não temos como alojar tantos prisioneiros. Vamos encerrar a reunião, tenho outros assuntos para resolver
Os dois conselheiros saem da sala
Esmeralda: ficou bastante quieto hoje, conselheiro Aron
Aron: estou surpreso por suas decisões hoje. Seus planos táticos estão evoluindo
Esmeralda: devo receber como um elogio?
Aron: apenas continue assim. O rei anterior queria continuar tendo piedade dos inimigos, mas isso resultou em prisioneiros fugindo e retornando para as linhas inimigas, fortalecendo as forças industriárias. Está na hora de irmos com tudo! Somos magos, temos poder suficiente para destruir montanhas! E não temos a capacidade de lidar com meros exércitos que carregam apenas ferro?
Esmeralda: da última vez que fomos com tudo, inocentes morreram! Não podemos abusar do nosso poder, conselheiro
Ele põe a mão no ombro de Esmeralda
Aron: numa guerra, sempre vai haver mortes inocentes, não temos como evitar. Hora de nós, não... Você acabar com isso, e se consagrar a melhor rainha que as nações mágicas já teve!
De repente, ele começa a passar a mão de uma forma inadequada em Esmeralda, mas que por algum motivo, não reage, mesmo demonstrando está incomodada. Ele para quando alguém bate na porta
Esmeralda: entre
Um cavaleiro com rabo de cavalo e uma cicatriz na bochecha esquerda entra na sala
Esmeralda: Wickal? O que foi?
Wickal: perdão o incômodo, rainha. Sei que tem outros assuntos para resolver
Esmeralda: não, chegou no momento certo
Aron encara Esmeralda
Aron: diga o que aconteceu
Wickal: aconteceu um assalto ao banco minutos atrás
Esmeralda: bem que reparei fumaça subindo. Houve mortos?
Wickal: apenas alguns feridos, mas quem parou o assaltante não foi nenhum cavaleiro, e sim uma figura inesperada
Esmeralda: quem?
Wickal: um industriário
Aron: um industriário? Como ele passou pelos golens?
Wickal: ainda não sabemos. Além de industriário, ele também é um restrito, já que um cavaleiro usou magia nele, e ainda está intacto
Esmeralda: um industriário restrito? Faz tempo que não ninguém ouve falar de um restrito
Wickal: o que vim falar para a senhora, é que devemos melhorar as defesas do castelo, por segurança
Aron: por quais motivos?
Wickal: o industriário disse que se não o levassem até a rainha Esmeralda em até meia hora, ele viria por conta própria até você
Esmeralda: ele viria até mim?
Aron: os industriários devem tê-lo mandado para lhe assassinar! Reforce a segurança, e não deixe que nenhum homem seja capaz de se aproximar do castelo!
Indo para um calabouço, Donovan está em uma cela escura e úmida. Ele vê alguns prisioneiros próximos
Donovan: cavalheiros, posso fazer perguntas para vocês?
Prisioneiro: o que você quer, novato?
Donovan: diga-me, qual foi seu delito? O que fez para parar aqui?
Prisioneiro: sujeito estranho você...
Donovan: desde que cheguei aqui, falam algo semelhante
Prisioneiro: tô sem nada pra fazer mesmo... Sou prisioneiro de guerra, mas não inimigo, eu sou mago
Donovan: porquê está preso então?
Prisioneiro: meti o pé no meio da batalha, tentei me esconder, mas os magos me acharam e me prenderam por ter traído a nação
Donovan: foi preso por deserção. Lhe entendo, também não gostaria de lutar numa batalha sem sentido
Prisioneiro: todo mundo aqui também foi preso por isso. E você?
Donovan: sou industriário, mas não sou militar
Prisioneiro: sério?
Donovan: sim. Vim aqui para ajudar os magos e me tornar um herói
Prisioneiro: se tornar um herói?
Todos os prisioneiros riem de Donovan
Prisioneiro: que piada! Não existem heróis, seu idiota! Uma hora vocês, industriários, vão ganhar da gente, e vão matar todo mundo, e quem bancar o herói vai sofrer ainda mais
Donovan: eu discordo, não acho que iremos ganhar
Prisioneiro: porquê?
Donovan: porquê... O tempo acabou. Meia hora se passou
Prisioneiro: é o quê?
Donovan se levanta do chão, separa as barras da cela na força bruta e sai
Donovan: quer um recomeço?
Ele separa as barras das celas dos prisioneiros
Donovan: aproveitem a liberdade de vocês. Façam coisas boas, e se fizerem algo ruim para alguém, sofrerão as consequências cedo ou tarde
Donovan sai do calabouço já derrubando os cavaleiros que faziam a guarda, e os magos apenas o observam sair
Prisioneiro: cara bizarro...
Correndo rapidamente pela cidade, ao ponto de atrair vento consigo, Donovan chega até o castelo, onde vários cavaleiros esperam por ele
Donovan: vamos checar a segurança
Com poucos socos, Donovan derruba os cavaleiros facilmente. Ele vai até a porta da frente
Donovan: trancada, mas talvez...
Ele empurra a porta com bastante força
Donovan: vamos!
Do outro lado, cavaleiros haviam congelado a porta, mas o gelo com a se rachar, e conseguindo abrir uma pequena fresta, Donovan encara os cavaleiros, que já se assustam com seu olhar que mal é visto
Donovan: tá... Essa porta é muito dura e pesada, hora de achar outro caminho
Ele olha para o alto da torre. Quando se aproxima da parede, vê que é uma superfície lisa, então olha para suas mãos e principalmente para seus dedos
Donovan: você não ficou até dos onze até os doze anos pra não funcionar neste momento
Ele consegue enfiar os dedos das mãos na parede, e assim, vai perfurando a parede com os dedos até uma janela. Quando ele chega até uma janela, Donovan logo atravessa e repara em algumas estátuas pequenas
Donovan: aqui daria um bom museu
Uma empregada vê Donovan e se assusta, logo, começa a gritar e chamar por ajuda
Donovan: e lá vamos nós...
Na sala do trono, Esmeralda está sentada em seu trono enquanto Wickal e Aron ficam ao lado dela. Os cavaleiros escutam o som de seus aliados sendo derrubados um por um, e um deles chega até a ser arremessado por mais de quarenta metros, do corredor até a sala do trono. Donovan finalmente aparece e olha para Esmeralda
Donovan: vossa majestade, eu sou Donovan, e vim para...
Aron: matem ele!
Os magos começam a atirar flechas de luz em Donovan, que corre rodeando os cavaleiros e depois passa direto por eles, derrubando alguns no chão. Quando está subindo as escadas que tem mais de cinquenta degraus, Wickal lança raios em Donovan, que aparenta não se afetar e continua correndo direto. Aron cria uma espada mágica e tenta atacar diretamente Donovan, que desvia do ataque, e com um soco no queixo, atordoa Aron, e quando Wickal vai o atacar diretamente com uma lança mágica, Donovan toma a lança e a usa para bater em Wickal, que cai degraus abaixo. Quando ele está próximo de Esmeralda, ela conjura um cajado esverdeado longo e com seis pontas, semelhante a uma coroa, e quando vai usar para atacar Donovan, ele facilmente retira o cajado dela apenas o puxando
Donovan: não possui firmeza em sua mão, isso pode ser fatal, sabia?
Os magos se aproximam, mas logo param de avançar por Donovan está com o cajado de Esmeralda apontado para ela
Donovan: rainha, peço que me perdoe pela péssima primeira impressão, mas não tive escolha
Ele devolve o cajado gentilmente
Donovan: por favor, peço humildemente que me aceite como um de seus cavaleiros!
Ele se curva para Esmeralda, o que deixa ela e seus cavaleiros surpresos
FIM DO CAPÍTULO 10
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Atualizado até capítulo 74
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