A Noite do CEO

Alex Carter observava a cidade através da grande janela de vidro de seu escritório no 42º andar do edifício Carter Enterprises. A cidade iluminada à noite parecia um mar de luzes cintilantes, um reflexo da sua própria ascensão ao poder. O terno escuro que vestia ajustava-se perfeitamente ao seu corpo, e a gravata, impecavelmente amarrada, era um símbolo de sua posição de comando. No entanto, mesmo com todo o sucesso e prestígio, uma inquietação começava a se instalar em sua mente.

Às vezes, a altura do seu escritório não era suficiente para protegê-lo dos perigos que espreitavam abaixo. A cidade estava cheia de segredos e, recentemente, Alex havia começado a notar movimentos incomuns ao seu redor. Reuniões estranhas, contatos inesperados e uma sensação crescente de estar sendo observado eram agora parte de sua rotina diária.

Naquela noite, enquanto a lua cheia brilhava intensamente no céu, Alex não podia deixar de sentir que algo estava prestes a mudar. Ele se lembrava do aviso que um velho amigo lhe havia dado semanas atrás: "Quando o luar estiver alto, as sombras se movem de maneira diferente." Embora tivesse descartado essas palavras como superstição, não pôde ignorar o fato de que eventos estranhos começavam a se desenrolar.

O escritório estava silencioso, exceto pelo som ocasional do tráfego abaixo e o leve zumbido dos equipamentos eletrônicos. Alex estava sozinho, mas a sensação de presença parecia palpável. Ele se virou para a mesa de reuniões, onde uma série de documentos importantes aguardavam sua atenção. Uma nova proposta de negócios estava em discussão, e o futuro de sua empresa poderia depender das decisões tomadas nas próximas horas.

À medida que Alex analisava os papéis, um lembrete de sua assistente piscou em seu telefone: "Reunião com o fornecedor às 22h." Ele franziu a testa. Era incomum marcar reuniões tão tarde, especialmente em uma noite como aquela. Algo não estava certo. Decidiu que precisava verificar mais a fundo e talvez adiar o encontro para o dia seguinte.

Enquanto ponderava sobre a situação, ouviu um leve som na porta de seu escritório. Era uma batida suave, quase imperceptível. Alex se aproximou da porta e, ao abrir, encontrou apenas um envelope branco, sem remetente. Ele o pegou e o levou de volta à mesa. O envelope estava vazio, exceto por um cartão pequeno, em que estavam escritas apenas duas palavras: "Estamos observando."

Um calafrio percorreu sua espinha. Quem poderia estar por trás de uma mensagem tão enigmática? E por que agora, justo quando ele começava a sentir que algo estava errado? Alex sabia que deveria tomar cuidado, pois havia muito em jogo. A máfia, o mundo dos negócios e até mesmo coisas que ele não conseguia explicar completamente estavam interligados.

Ele olhou novamente pela janela, observando as sombras das construções que se estendiam até onde a vista alcançava. Algo nas sombras parecia diferente. O que era apenas uma ilusão, ou algo mais sinistro se escondia ali?

O telefone de Alex tocou, interrompendo seus pensamentos. Era uma ligação de um número desconhecido. Hesitante, ele atendeu. Do outro lado, uma voz rouca e desconhecida disse: "Senhor Carter, temos um problema. Precisamos falar pessoalmente."

O pressentimento de Alex se intensificou. O que começara como um simples desconforto agora parecia estar se transformando em algo muito mais sério. Ele sabia que, para proteger não apenas sua empresa, mas também sua própria vida, precisaria desvendar esse mistério e agir rapidamente.

Alex desligou o telefone e olhou para o envelope novamente. As palavras "Estamos observando" ecoavam em sua mente. A cidade lá fora parecia mais ameaçadora do que nunca, e a noite estava apenas começando. Ele se preparou para enfrentar o desconhecido, consciente de que a verdadeira batalha estava apenas começando.

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