Capítulo 12

Jasha deixou a mulher largada no hotel e foi para o seu apartamento. Lá, deitado de costas, refletia sobre tudo o que tinha acontecido nesses dois meses com o Alek, chegando à conclusão de que gostava dele mais do que pensava. Não podia acreditar que se tinha apaixonado por um maldito gay. Não estava disposto a aceitar isso, ele é um homem que sempre desfrutou das mulheres, ele não é um maldito fenómeno. Enquanto divagava nos seus pensamentos, Alek via no seu telemóvel as fotos que tinham acabado de tirar do Jasha na discoteca.

ALEK: A sério que não sentes nada por mim, Jasha? Só fui o teu brinquedo todo este tempo?

Depois de ver aquelas fotos, Alek tomou a decisão de ligar para o Jasha.

JASHA: 📱O que é que queres, maldito fenómeno, já te disse que não queria saber mais nada de ti, dás-me nojo.

ALEK: 📱Jasha, porque me falas assim, eu só te liguei porque tenho algo importante para te dizer.

JASHA: 📱Tu e eu não temos nada para falar, se ainda não ficou claro, repito-te de novo, não me magoes mais, dás-me nojo e repulsa, só fiz sexo com um maldito afeminado como tu para te apaixonar e deixar-te largado como o lixo que és, um maldito depravado como tu não devia existir. Gente como tu é uma maldita praga que tem de acabar. Hahaha foi divertido brincar contigo.

ALEK: 📱É a sério que é isso que pensas, Jasha? (Disse com lágrimas nos olhos, na realidade tudo isso era o que o Jasha pensava dele, só o considerava um lixo, um depravado que não devia existir)

JASHA: 📱hahahaha, o quê? Acreditaste que gostavas de mim? Achas que um homem como eu, que pode ter todas as mulheres que quiser, se ia apaixonar por um ser desprezível como tu? Hahahahahaha, não me faças rir… não me ligues nem me procures mais. (Disse para depois desligar)

Ao desligar a chamada, Alek ficou totalmente destruído, a realidade do que o Jasha pensava dele atingiu-o de forma contundente, agora o que ia fazer com o seu pequeno bebé que crescia na sua barriga, ele acreditava que aquele bebé em algum momento receberia um pouco de carinho do seu pai, mas agora apercebe-se de que aquele bebé é produto da brincadeira tão estúpida que lhe proporcionou o Jasha e ele tinha caído tolamente nela… Jasha, por seu lado, depois de desligar a chamada, foi à casa de banho tomar um duche, com a cabeça e os seus pensamentos mais claros, pôs-se a pensar que talvez tivesse sido muito severo com o Alek, mas não se retrataria do que disse, quer manter o Alek o mais longe possível de si para tirar de si aqueles sentimentos que está a experimentar por outro homem.

JASHA: Eu sou um homem, não um maldito fenómeno… Não posso ter sentimentos por um puto asqueroso.

No dia seguinte, Anton foi ao hospital ver o Alek.

ANTON: Como amanheceste, querido?

ALEK: Estou melhor, já me quero ir para casa.

ANTON: Dentro de algumas horas estaremos lá. Há que esperar que o médico nos dê as indicações para os teus cuidados e te dêem alta.

ALEK: Percebo, já falaste com a mãe?

ANTON: Ainda não, não saberia o que lhe dizer se ela perguntar por ti.

ALEK: É melhor assim, não a quero preocupar.

ANTON: Concordo.

Jasha, por sua vez, não tinha ido trabalhar para a empresa, tendo ido com o Yuri passar o fim de semana à praia.

YURI: Estou feliz por me teres convidado para passar o fim de semana juntos.

JASHA: Ainda bem que estás feliz, só não quero ouvir as tuas parvoíces.

YURI: Está bem, mas lembro-te de que no domingo temos a reunião com os nossos pais.

JASHA: Essa reunião pode esperar.

YURI: Como quiseres.

Igor, por seu lado, andava desesperado porque o Andrei não lhe ligava nem lhe respondia. Estava habituado a que este lhe atendesse o telefone logo que ele ligasse, pelo que a situação atual o deixa desesperado e stressado. Não percebe a atitude do Andrei.

IGOR: Meu Drei, onde estás? Porque não me respondes?

((Será que se cansou de mim? Não, não, isso não pode ser.))

Por outro lado, nem o Jasha nem o Alek estão na empresa. Terão ido a alguma reunião fora?

Já eram 15h00 e o Alek saía do hospital, o Anton levou-o com todo o cuidado até casa, onde devia ficar em repouso absoluto devido ao seu estado.

ANTON: Fica tranquilo na cama, vou preparar alguma coisa para comeres.

ALEK: Está bem, papá.

Ao fim de uma hora, o Anton levou comida ao Alek.

ANTON: Gostas?

ALEK: Está tudo muito bom, obrigado, papá.

ANTON: De nada, querido, come tudo para tomares os medicamentos.

ALEK: Sim… Olha, sobre a demissão, envio a carta na segunda-feira cedo para ser processada.

ANTON: Está bem, mas que seja verdade e que não estejas a ganhar tempo para não te demitires… Por outro lado, quando pensas dizer ao Jasha sobre o bebé?

ALEK: Não é para ganhar tempo, prometo que a envio na segunda-feira cedo. Sobre o outro assunto, ainda não decidi quando lhe vou dizer.

ANTON: Pensa bem e toma a melhor decisão para ti e para o teu bebé.

O Jasha estava a andar à beira-mar quando um jovem bonito se aproximou dele a flirtar e a passar-lhe as mãos pelo peito sem aviso prévio, por isso o Jasha agarrou-o pelo pescoço e bateu-lhe até que dois homens se meteram para defender o jovem.

JASHA: Malditos desgraçados, não se metam, vou ensinar este gay a respeitar-me, só um puto depravado se atreve a meter-se com outro homem. ((Maldito infeliz, o único homem que lhe permito que me toque é o Alek.))

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