chegou a hora de contar a verdade...

Júnior:

minha mãe ainda assustada se vira para nós e fala

— eu fiz aquele arroz branco de nozes e também salada de figos

— minha mãe que não me escute mas vocês duas são as duas melhores cozinheiras do mundo, amor eu vou ir ao banheiro

Mili apenas me informa que vai ao banheiro mas não me pergunta onde fica para falar a verdade eu estou adorando que as lembranças da Elena estão voltando com tudo parece que ela aqui

— onde você conheceu essa menina Júnior? você não percebeu que ela está fazendo as mesmas coisas que a Helena, chamou de tia Sil e os pratos, chamou a Vera de Verinha do meu coração como ela sempre chamava

— dona Silvia isso leva tempo para a senhora entender, se você confia em mim como diz que confia essa é uma menina é uma boa menina ela não vai fazer nenhum mal para o Júnior, não vai brigar com ela logo você vai descobrir sozinha quem é essa menina?

— eu estou muito assustada Vera é impressionante a semelhança dela com a Carla quando tinha essa idade

— cheguei meus amores, meu filho que bom ver você aqui novamente e ainda mais com a notícia de que finalmente arrumou uma mulher, e para comemorar eu fui até o empório e trouxe Geisse Terroir

pai mostra a garrafa de champanhe e ao mesmo tempo em que Mili retorna

— E aí Verinha esse assado vai ficar pronto logo ou eu vou ter que abrir o forno para roubar um pedacinho

meu pai se vira repentinamente para Mili, Helena era a única que chamava a Vera de Verinha e sempre tentava roubar um pedaço do assado antes de ficar pronto era uma cena comum em casa por isso meu pai se assustou com uma maneira dela falar, mas assim que ele se virou e olhou para Mili deixou a garrafa de champanhe cair no chão

— me desculpa tio Marcos eu assustei o senhor

neste momento achei que minha mãe ia desmaiar e o meu pai estava muito assustado

— Marcos deixa que eu limpo essa sujeira vão para a mesa que eu vou servir o almoço

Vera se pronuncia enquanto eu segura a mão da Mili e vou parar a sala de jantar e meus pais seguem, mesa já estava posta e eu olhei em volta precisava de uma desculpa para ir falar com a Vera então vi que faltava a torrada de parmesão que a Helena gostava

— meu amor fica aqui só um pouquinho que eu vou ir buscar aquela torrada de parmesão que você gosta

ela concorda comigo e eu vou rapidamente na cozinha e olho para Vera

— você nunca ia superar a partida dela não é Júnior?

— você sabe quem é ela?

— sim eu sei, Deus te deu mais uma oportunidade de ser feliz e trouxe a sua amada de volta agora você vai ser feliz meu menino

— meus pais estão assustados com ela tenho medo que eles façam ela sofrer o que ela descubra quem é e passa mal

— a mente dessa menina está confusa, as duas vidas estão misturadas, você tem que se preparar meu filho que a vida antiga vai voltar e muito em breve ela vai se lembrar quem era, paz hoje mesmo vão descobrir quem ela é, agora eles estão assustados pela aparência ela idêntica a Carla nessa idade

eu pego a cestinha de torrada de parmesão e volto para mesa estão todos em silêncio

— Passou um gato aqui comeu a língua de vocês

— é que estamos impressionados como ela se parece com

eu não deixei o meu pai falar por mais que a minha mãe já tinha falado o nome da tia Carla a Mili não estava prestando atenção pois estava reconhecendo a Vera e a minha mãe e não ouviu quando a minha mãe mencionou a tia Carla

— a melhor amiga da mamãe a Vera já disse, apenas semelhança vamos comer

nós começamos a comer então minha mãe finalmente começou a conversar com ela perguntou sobre a família e como nos conhecemos, e ela voltou a ser a Mili conversando sobre assuntos atuais e após finalizar o jantar fomos nos sentar na sala de estar

— e agora meu filho a semana que vem você vai para fazenda ou não

meu pai me perguntou e Mili me olha

— vocês tem uma fazenda?

— eu tenho uma, às vezes eu ia lá quando queria ficar sozinho, mas agora eu tenho você não tem porque eu voltar para lá ainda mais na próxima semana que é o seu aniversário

— É o seu aniversário minha querida

minha mãe pergunta colocando a xícara de café na boca

— sim no dia 19 de agosto eu comemoro 24 anos

minha mãe se engasga com o café e o meu pai faz cara de assustado e a vontade de dizer que era a Helena aqui na frente deles está me consumindo não consigo guardar esse segredo, mas pera me disse que eles mesmos vão descobrir Então vou me manter em silêncio fingir que não percebi que ele se assustaram com a coincidência nas datas

— esta data não é tão significativa para a gente então agora vamos ter que mudar, O que você acha da gente fazer uma comemoração simples um jantar para nós e sua família?

— Claro o meu pai queria mesmo conhecer vocês se o senhor acha melhor fazer no dia do meu aniversário eu concordo, falar em aniversário eu gostaria de dar uma pequena lembrança para vocês

— você trouxe presentes mas não precisava se incomodar conosco, e você está fazendo o nosso filho feliz já é o melhor presente que poderíamos receber

— eu não poderia vir aqui em branco, este aqui é para o senhor tio Marcos eu sei que o senhor adora relógios então vi este que parecia muito familiar e resolvi comprar para o senhor para a senhora tia Sil eu comprei este colar eu sei que a senhora estava de olho nele fazia um tempo eu vi você olhando na revista

meus pais se olham e começam a chorar Mili fica feliz eu acho que ele ainda queria muito dar esses presentes para os meus pais

— Helena...

minha mãe fala indo seu encontro e abraçando

— eu não estou entendendo nada, Júnior essa menina teve contato com o Roger

— Ela não conhece ele pai

minha mãe está agarrada a Mili chorando muito eu não estou entendendo o porquê disso

— Eu não acreditava nessas coisas Marcos mas é verdade, somente Ela poderia saber que eu estava interessada nesse colar

minha mãe se levanta e vai até o escritório Mili estava parada sem entender nada

— o que está acontecendo Júnior?

— meus pais são estranhos mesmo

eu tento a todo custo desviar a atenção dela até que minha mãe volta com uma caixa de veludo igualzinha a caixa em que está o colar que Mili deu de presente ela abre a caixa e outro colar idêntico aparece

— tia Sil me desculpe eu não sabia que a senhora já tinha comprado o colar, deveria ter comprado os brincos e o anel para fazer o conjunto

minha mãe tira do bolso uma caixa igualzinha a do relógio entrega para o meu pai

— não acredito que o senhor também já tinha comprado o relógio tio Marcos

— eu não acertei nada hoje meu amor

— não tem problemas minha querida pelo menos se estragar já temos o outro

— eu acho melhor eu voltar para casa Júnior tenho um problema resolver

— vou levar a Mili para casa e depois eu volto para nós conversarmos

meus pais apenas concordam com a cabeça e eu vou levar ela em sua casa me despeço dela no portão e volto para casa dos meus pais chegou a hora de contar a verdade.

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