Agora só falta pegar umas folhas para cobrir o chão
Bebê Kacchan
Deku...
Izuku
Hum?
Bebê Kacchan
Notou que aqui está ficando mais frio
Izuku
*olha em volta
Izuku
Neve...
Izuku
Mas um segundo atrás não tinha neve
Bebê Kacchan
Vamos sair daqui, não vai ser uma boa ficar aqui
Izuku
Fica aqui, eu vou procurar uma saída
Bebê Kacchan
*entra na toca
Izuku
*cobre com galhos
Izuku
*agacha
Não vou demorar, qualquer coisa me grita
Bebê Kacchan
Como se eu precisasse
Enquanto me distanciava do Kacchan mais frio sentia, após andar uns minutos vi uma grande árvore e resolvi subir para ver onde estava, sem bons resultados... Avistei somente neblina cobrindo as árvores, era como se fosse para prender alguém lá dentro. Lembrei-me imediatamente que já ouvi falar de uma floresta assim, uma das histórias da minha mãe contava sobre uma floresta coberta por neblina e sem vista para o horizonte onde criaturas viviam.
Tomei a decisão de pegar o Kacchan e sair o mais rápido possível da floresta, desci da árvore e quando andava senti um cheiro estranho de podridão, era como carniça, mas o cheiro estava bem forte, ignorei e continuei meu caminho.
Quando não faltava muito, ouvi o som de um grunhido grosso que soava de forma lenta, arrepiei-me a espinha e minha curiosidade falou mais alto. Olhei por de trás de um grupo espresso de plantas de pouca altura, nesse segundo vi uma criatura ignóbil...
Quando vi que havia mais dessa criatura, meu corpo travou por um momento, mas, lembrei-me do Kacchan que estava vulnerável a essas criaturas e voltei a mover meu corpo.
Sai nas pontas dos pés evitando som, mas num piscar de olhos criatura a frente das outras olha para mim fixamente, devolvo o olhar e por um segundo aquilo me parece famíliar...
Quando a criatura deita o rosto quase como se me reconhecesse corro com todas as minhas forças, enquanto corro escuto as pisadas fortes contra o chão atrás de mim. Com o coração acelerado e adrenalina, corro esquecendo do corpo exausto e a minha mente pensa somente no meu loiro.
Izuku
KACCHAN!!
Bebê Kacchan
*empurrando os galhos
Deku!
Bebê Kacchan
Droga de galhos!
*ansioso
Quando finalmente alcanço a toca tiro quase todos os galhos, mas ao olhar para o lado uma das criaturas pula para me atacar, defendo me pegando o maior galho e em instantes aquela coisa morre com o galho atravessado no seu peito, olho os seus olhos e vejo alívio, quase como se ele me agradece-se por tirar a sua vida.
Jogo de lado o corpo e por momentos a exaustão me ataca, engatinho até a toca e pego Kacchan, levanto-me e corro aumentando a velocidade a cada passo e quando penso ter distraído as criaturas uma me surpreende pulando de uma moita atrás de mim.
Via-me cercado e com um filhote nos meus braços, vejo um penhasco não muito longe, quando penso que consegui um deles alcança-me e arranhe-me as costas profundamente... Por segundos quase desequilibro-me, mas uma voz soou nos meus ouvidos me dizendo "Você consegue". Corro mais rápido e num ato de desespero pulo o penhasco, por um mero triz não sou pego, mas encarando uma queda desconhecida abraço Kacchan com o meu corpo tomando o maior impacto contra as pedras.
Quando percebi que parei de rolar, solto Kacchan que havia se ferido na panturrilha esquerda. Não entendo o que ele dizia ou sentia quando me empurrava, com meu corpo pesado apenas perdi a consciência.
Apenas pensava que deixaria Kacchan sozinho, essa era a minha única preocupação.
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